Quem primeiro logrou realizar as
idéias de Noverre foi Salvatore Vigano, que imprimiu dramaticidade ao argumento e
magnífica mise en scène às montagens. Com Carlo Blasis, o bailado italiano tomou grande
impulso. Foi diretor da Academia Imperial de Dança e Pantomima, anexa ao Scala de Milão.
Mais tarde, ensinou na Escola de Teatro de Moscou, sendo um dos pais do balé russo. Nesse
período tornaram-se famosas as bailarinas italianas Maria Taglioni,Fanny Cerrito,
Carlotta Grisi, a austríaca Fanny Elssler e a dinamarquesa Lucile Grahn. Todas elas
atuaram principalmente na Ópera de Paris. Em meados do séc. XIX começaram a aparecer na
Europa as bailarinas russas e, a partir de então, impuseram-se definitivamente nos
teatros europeus. Predominou o sexo feminino em virtude da idealização da mulher,
fenômeno próprio do romantismo. Essa anulaçao do bailarino somente terminou com
Cecchetti, Fokine e, principalmente, Nijinski.
Por sua parte, os compositores davam grande atenção à música de balé e os mestres da
dança continuaram a desenvolver a técnica e arte, coma Charles Louis Didelot, Jules
Perrot, Louis Duport e Arthur de Saint-Léon.
Com Maria Taglioni inaugura-se o
Romantismo na dança, que antes já dominara a literatura, a música, o drama e a pintura.
As bailarinas se tornaram seres etéreos, quase irreais. Desejando realizar esse ideal de
imaterialidade, Taglioni revolucionou toda a técnica e a estética da dança. Criou o
sapato de ponta, que deu à bailarina a possibilidade de flutuar nas pontas dos pés e
executar proezas técnicas, e o vestido que se tornou obrigatório para as bailarinas
clássicas: o tutu -vestido semi-longo, de tule, com um corpete jus- to, que possibilita
total liberdade para os movimentos. Sua mais famosa criação foi La Sylphide (1832),
ainda hoje apresentado nos palcos.
Em 1841, Jean Coralli criou
Giselle, considerado o maior dos bailados tradicionais por exigir qualidades emotivas de
suas intérpretes. Em 1845, Jules Perrot produziu Pas de quatre, ainda hoje encenado, e em
1870 Arthur de Saint-Léon criou Coppélia, com música de Delibes, componentes do grupo
de bailados tradicionais (chamades clàssicos, mas na verdade românticos) que ainda
perduram.
Quem melhor retratou neste séc. as bailarinas, foi o artista Edgar Degas.
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