Pio De Parnaiba Pi 3

admin37109
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O presente estudo procurou identificar a equiparação entre o conceito sobre a prática do turismo médico de saúde e o processo de desenvolvimento das atividades clínicas e hospitalares realizadas com os usuários do SUS na cidade de Parnaíba/PI.

Resumo

O presente estudo procurou identificar a equiparação entre o conceito sobre a prática do turismo médico de saúde e o processo de desenvolvimento das atividades clínicas e hospitalares realizadas com os usuários do SUS na cidade de Parnaíba, onde buscam por tratamento de suas enfermidades, a realização de exames, além de descobrir as estratégias de enfrentamentos utilizadas por eles ao se deslocarem para outras cidades com maior suporte em saúde. Neste sentido, foram considerados os conceitos principais de uma pesquisa qualitativa, através da observação direta do campo de estudo, relacionada com análise de dados, conteúdos de questionários e entrevistas individuais com trinta usuários da população geral de munícipes dependentes deste serviço nesta relevante categoria. Observa-se que a situação desses usuários é cada vez mais agravante e que devem ser tomadas medidas no sentido de se evitar maiores consequências.

Palavras-chave: Turismo de Saúde. Turismo médico-hospitalar. Hospitalidade.

Abstract

The present study sought to identify the equivalence between the concept of the practice of medical tourism in health and the process of development of clinical and hospital activities performed with SUS users in the city of Parnaiba, where they seek to treat their illnesses, Exams, and discover the coping strategies used by them when moving to other cities with greater support in health. In this sense, we considered the main concepts of a qualitative research, through direct observation of the field of study, related to data analysis, questionnaire contents and individual interviews with thirty users of the general population of citizens dependent on this service in this relevant category. It is noted that the situation of these users is increasingly aggravating and that steps must be taken to avoid further consequences.

Keywords: Health tourism. Hospital-medical tourism. Hospitality.

1 Introdução           

O presente artigo trata do turismo de saúde e de suas atividades nesta categoria, na cidade de Parnaíba, buscando priorizar as dificuldades existentes na vida dos usuários do SUS, quando eles necessitam recorrer a tratamentos médico-hospitalares de qualidade em outros municípios considerados de maior expressão em saúde, onde se desenvolve esta prática com excelência. Neste sentido, procurou-se investigar se estes usuários estão cientes de seus direitos como cidadãos, de que forma procuram o serviço, como são acomodados ao chegarem às cidades de referência em saúde e se estão sendo orientados conforme preconiza o Ministério da Saúde Portaria Nº 1.820 de 13 de Agosto de 2009, que dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde; considerando a Lei Nº 8.080 de 19 de Setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde a organização e funcionamento dos serviços correspondentes.

            Este estudo vem alcançando grande destaque no turismo e se desenvolvendo em todo país, porém, é na cidade de Parnaíba que pretendemos dar total relevância por se observar uma grande demanda no munícipio da segunda maior cidade do estado do Piauí e por acreditarmos no seu desenvolvimento num futuro bem próximo, uma vez que a saúde das pessoas que viajam esteja exposta a grandes riscos tanto individuais quanto coletivos ocasionados pelo deslocamento dos usuários do serviço de saúde e como também do contato desses indivíduos com vários setores ambientais.

            Durante a evolução histórica do turismo de saúde nota-se que o governo tem se mostrado bastante preocupado com esta questão, por isso, a necessidade da ação preventiva através de vacinas e a questão educativa sobre riscos que poderão surgir durante as viagens, como a distribuição de cartilhas e outras práticas educativas promovidas pelos órgãos municipais de saúde representados pela vigilância sanitária e epidemiológica.

            Espera-se por meio desta investigação, poder levantar dados suficientes que permitem a compreensão dos principais motivos considerados pelos viajantes como os responsáveis pelos sofrimentos enfrentados tanto pelos pacientes quanto pelos seus acompanhantes durante a viagem e nas acomodações e alimentações, além dos deslocamentos aos hospitais e clinicas para tratamentos e exames.

            Junto à problemática existe a grande demanda destes viajantes que se apresentam de forma inversamente proporcional às propostas de saúde conforme preconiza o ministério da saúde, como também dos que usufruem desta modalidade do turismo, influenciando negativamente na vida desses munícipes, independente da complexidade do cuidado.

            Apresenta-se como um recorte na realidade social de usuários tanto do turismo quanto da saúde, inseridos no contexto do turismo Médico-hospitalar  de um município de Parnaíba no Piauí. O interesse em estudar este tema surgiu da observação da realidade social do município durante o transporte de pacientes que requeriam cuidados médico-hospitalares para um hospital público, que no caso é referência para outras localidades circunvizinhas e que também recebe pacientes de outros estados como Ceará e Maranhão e também de outros estados do País.

2 Referencial teórico

2.1 Evolução histórica do turismo no Brasil           

Para que se possa entender como funciona este processo em relação às atividades do turismo de saúde, se faz necessário conhecer um pouco da sua evolução histórica, uma vez que outros países têm se beneficiado dos recursos do governo no objetivo de produzir efeitos no tratamento de saúde e isso de certa forma influenciou outros países no sentido de obter resultados positivos, incentivando esse interesse na busca de recursos de tratamento de saúde em outras cidades.

            Essa ação de ir à busca de tratamento em saúde em outros lugares surgiu da necessidade de beber agua de boa qualidade que proporcionasse um bem comum à população, como também o tratamento para cura de diversas enfermidades, isto aconteceu no final do século XVIII, por meio da procura das aguas provenientes de fontes naturais, conforme Godoi (2004). Desta forma, os proprietários daquelas terras passaram a explorar e atrair pessoas de várias localidades vizinhas.

            Com isso, se deu o desenvolvimento dos estudos científicos destas águas que passaram a ser considerada uma grande referência para as terapias de doenças quanto através de seu termalismo, ou seja, os benefícios adquiridos por meio de sua temperatura. Após esta feita, os cientistas passaram a aplicar outros processos de controle destas aguas, agora para transformá-las em aguas medicinais (SILVA: BARREIRA, 1995). Desta forma, ocorreu uma grande transformação do turismo, no sentido de estimular o deslocamento dessas pessoas a outras cidades a procura de saúde.

            Depois surgiram outras propostas em saúde vinculada ao lazer, ou seja, outros investimentos, além do uso de aguas para o banho e o tratamento de doenças, a associação com os jogos (PAIXÃO, 1999). Para isso foram construídos grandes hotéis no intuito de acomodar uma grande quantidade de turistas no Brasil. Depois disso, vários fatores contribuíram para que houvesse uma decadência desse negócio, exclusivamente no século XX, como a proibição, a urbanização, a expansão dos meios de transporte à evolução da medicina e o avanço das indústrias farmacêuticas, além da descoberta da penicilina e dos antibióticos incentivaram as pessoas a busca por outras formas de cura para suas enfermidades.

            Outros fatores tiveram grandes relevâncias para o processo de evolução desta modalidade de turismo, a saber: o estresse e a preocupação com a estética fez com que uma grande quantidade de pessoas se mobilizasse a procura de tratamento em outras cidades trazendo de volta a procura por balneários e fontes de aguas importantes a terapia em saúde como os spas e hotéis de lazer.

            Diante do que foi visto, observa-se que o declínio do turismo no século XX, serviu para dar ascensão ao mesmo, quando as pessoas passaram a mostrar interesse em outras atividades deste setor, ou seja, a expansão do turismo de saúde que surgiu no século XXI.

3 Conceituação           

De acordo com os estudos relacionados ao turismo de saúde, contextualizando a questão do deslocamento de pessoas em busca da promoção de saúde em cidades com excelência neste assunto, especialmente nas últimas décadas, permitiu a definição de uma referência focada em pesquisas sobre a natureza das atividades turísticas, o incentivo aos turistas, como também suas características. Com isso foram discutidas algumas questões e construídos alguns pensamentos surgindo assim à necessidade da retificação de um conceito elaborado pelo Ministério da saúde a partir do ano de 2006 que passou a ser da seguinte forma:

3.1 Turismo de saúde

            De acordo com a Organização Mundial de Turismo (OMT, 2001): “turismo é o movimento de pessoas a lugar diverso do qual habite por tempo inferior a 360 dias, desde que esta não realize atividades econômicas”. Neste caso, esta pessoa deverá ser considerada um paciente, por conta do tratamento em saúde, porém, poderá ter outro tratamento, turista, devido ao planejamento e estruturação de destinos turísticos locais.

            Segundo o Ministério da Saúde, turismo de saúde, “é a constituição das atividades turísticas decorrentes da utilização dos meios e serviços para fins médicos”. Essa modalidade turística engloba diversos setores como: turismo hidrotermal, turismo hidromineral, turismo hidroterápico, turismo termal, turismo de bem-estar, turismo de águas, turismo medicinal, turismo médico-hospitalar, entre outras categorias, podem ser compreendidos como Turismo de Saúde, porém, existem dois tipos de turismo de saúde: o turismo de bem estar e o turismo médico-hospitalar.

O que hoje se denomina Turismo de Saúde, ao longo da história desenvolveu-se mais fortemente calcado na busca pela cura, até mesmo pela tradição da medicina ocidental, que enfatiza mais a doença e a intervenção do que a prevenção. Entretanto, atualmente existe em âmbito mundial, uma crescente preocupação com a manutenção da saúde em seu aspecto preventivo e não apenas com a recuperação, no aspecto curativo. (BRASIL, 2010c, p. 11).

3.2. Turismo médico-hospitalar           

            O Ministério da Saúde criou um conceito para o turismo médico-hospitalar: são “Deslocamentos motivados pela realização de tratamentos e exames diagnósticos por meio do acompanhamento de recursos humanos especializados e integrados em estruturas próprias, tendo como objetivo tanto a cura ou a amenização dos efeitos causados por diferentes patologias, como fins estéticos e terapêuticos”.

            Para esta categoria existe a promoção de vários serviços de saúde como: procedimentos e tratamentos médicos cirúrgicos e não cirúrgicos, serviços odontológicos, exames diagnósticos. Para isto devem ser obedecidos alguns critérios. Esses serviços tem que ser realizados em locais próprios como hospitais, consultórios, clínicas estéticas e odontológicas. Por isso a denominação de Turismo Médico-Hospitalar.

            Neste sentido, quem se desloca de uma cidade para outra em busca de tratamento de saúde pode ser observado sob dois olhares distintos, porém, dentro de um mesmo contexto, uma vez que mesmo viajando, o individuo também deve ser considerado turista, pois faz com que seu dinheiro de certa forma circule na cidade de destino e também se utilize dos atrativos históricos, mesmo que indiretamente, sem falar da necessidade de acompanhantes devido ao seu estado de fragilidade e impotência. Neste caso, o turismo é realizado de forma diferente, no momento em que o viajante utiliza este beneficio para o tratamento de sua própria saúde. Esta categoria se destina a obtenção de cura.

4 A hospitalidade

            A hospitalidade é um dos fatores do turismo de grande importância, pois faz parte de todos os processos dessa categoria, desde admissão do visitante até a sua saída, além deste termo ser muito antigo, esta palavra tem origem francesa e significa “hospice”, ou seja, ajuda, abrigo aos viajantes. Surgiu no século XIII. Na Europa, as pessoas tinham o costume de receber bem e de graça os viajantes.

            O turismo hoje em âmbito nacional e internacional é visto com uma necessidade para todas as pessoas, isso porque vivemos segundo um modelo capitalista, onde a ideia é o lucro, fazendo com que os trabalhadores tenham que acumular muitos empregos, no sentido de ser bem remunerados, mas esta situação gera algumas consequências, inclusive com respeito a saúde dessas pessoas, então, observa-se que a maioria delas por acumular muitos vínculos empregatícios passam a serem alvos de adoecimento. Um deles podemos dar destaque, por ser muito conhecido hoje em dia que é o caso do estresse.

            Nota-se que é quase impossível viver sem estresse. A maioria das pessoas trabalha em tempo integral, pois temos que dar conta das despesas da família, onde só um de emprego não seria necessário para se viver razoavelmente, inclusive se tem alguém com problema de saúde, os problemas tendem a aumentar cada vez mais, esse é alguns problemas dentro de sua casa, sem falar dos outros que lhe perturbam todos os dias, como é o caso daqueles no seu local de trabalho, com: rixa de amigos, concorrência entre os colegas do setor, e por aí vai.

            Por tanto, quando o individuo trabalha demais e não tem tempo para outras atividades, como, por exemplo, atividades saudáveis, esse individuo poderá estar propenso a ser afetado pelo estresse e outros adoecimentos.

            Na tentativa de recorrer aos valores ou aos colegas de trabalho, este sofrimento se agrava e o profissional se torna agressivo por não conseguir amenizar a situação e passa a produzir sintoma ali onde o próprio trabalho deveria servir como apaziguador dos conflitos entre trabalhador e organização do trabalho (DEJOURS, 1992).

            Nesse sentido, o trabalhador precisa de uma alternativa para solucionar este problema, mas o tempo é o grande obstáculo na vida deste trabalhador, então, só lhe resta apelar para as férias, onde o turismo seria um dos fatores fundamentais para todos estes impactos, as viagens com certeza seria uma ótima opção para esquecer todas as preocupações.

            Com isso, o turista passa a criar expectativas em relação à hospitalidade e começa a se preocupar com a qualidade de vida, com o lazer e inicia pesquisas sobre os serviços oferecidos, os hotéis, o conforto e sua satisfação total, a certeza de que precisa estar à procura de seu bem estar e passa a se sentir feliz.

            Então, isso prova que a hospitalidade faz realmente parte de uma necessidade e desejos das pessoas, onde a intenção do visitante é ser bem atendido.

Para os hospedes que fazem algum tipo de tratamento médico-hospitalar ou que se utiliza de outros serviços de saúde na cidade de Teresina, existe uma pensão para abrigar tanto os pacientes quanto seus acompanhantes nas proximidades dos hospitais públicos e privados. Neste estabelecimento são servidas refeições para eles, onde poderão permanecer durante os procedimentos. Esses usuários para terem direito a este serviço bastam procurar a Secretaria Municipal de Saúde onde são orientados e cadastrados no sistema e serão atendidos conforme preconiza o Ministério da Saúde.

Tabela 01. Dados dos profissionais da saúde entrevistados na pesquisa

DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS

IDADE

20 a 30 ANOS

15

30 a 40 ANOS

09

40 a 50 ANOS

06

SEXO

MASCULINO

07

FEMININO

23

GRAU DE ESCOLARIDADE

NÍVEL SUPERIOR

27

NÍVEL MÉDIO

03

ESTADO CIVIL

CASADO

15

SOLTEIRO

11

SEPARADO

04

TEMPO DE EXPERIÊNCIA

01 a  05

14

05 a 10

10

10 a 15

03

15 a 25

02

LOCAL DE TRABALHO

PREFEITURA DE PARNAÍBA

16

OUTRA INSTITUIÇÃO

14

DIAS DE TRABALHO POR SEMANA

01 a 02

15

02 a 05

12

05 a 10

03

 

Os participantes desse estudo foram 30 (trinta) funcionários que participam do serviço de promoção em saúde oferecido pelo SUS através da prefeitura municipal de Parnaíba, de acordo com a lei nº 8.080 de 19 de Setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde a organização e funcionamento dos serviços correspondentes. Na primeira fase refere-se a um processo de formação estrutural de decifração direcionada para a entrevista, da analise do discurso e da narrativa, como da psicanalise de forma não sistemática, flexível devido o material utilizado em relação á fala do sujeito.

Foram utilizados dois questionários: um sócio demográfico a fim de caracterizar a amostra (idade, sexo, grau de escolaridade, estado civil, tempo de experiência, local de trabalho e dias de trabalho semanais) e o outro laboral semiestruturado. Já a outra fase está relacionada à desconsideração dos estímulos do entrevistador e de cada entrevista anterior, mas ao mesmo tempo se utilizando dos conhecimentos práticos e teóricos exteriores amadurecimentos pela primeira fase, o que Lacan chama de transversalidade temática.

O interesse de analisar os entendimentos formalizados socialmente em relação à problemática do trabalho. Os dados do questionário foram analisados através dos dados obtidos por meio do roteiro de entrevista e analisados através de Análise de Conteúdo proposto por Bardin (2011).

O uso deste recurso de cunho qualitativo, semiestruturado é essencial à utilização da entrevista, como um método de investigação cientifica para obtenção de um material verbal rico em informações subjetivas e complexas que vão contribuir para formação de opiniões que serão registradas e transcritas integralmente, onde nela será inclusa hesitações, risos, silêncio e também os estímulos dos entrevistados. Aproveitar a fala dos entrevistados de forma espontânea.

Tabela 02. Resultado demonstrativo do Questionário Laboral

RESULTADO DE ANÁLISE DE CONTEÚDO

PERGUNTAS

RESPOSTAS

QTDE DE PESSOAS ENTREVISTAS

OPINIÃO SOBRE O SERVIÇO DESENVOLVIDO

IMPORTANTE

17

RECONHECIDO

03

GRATIFICANTE

10

PONTOS POSITIVOS EM RELAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE VIAGEM

SERVIÇO SATISFATÓRIO

08

SATISFAÇÂO EM AJUDAR

06

TRABALHO EM EQUIPE

16

PONTOS NEGATIVOS EM RELAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE VIAGEM

SOBRECARGA DE TRABALHO

15

FALTA DE INCENTIVOS

10

EXPOSIÇÃO A RISCOS

05

ENTENDIMENTO SOBRE SOFRIMENTO NA VIAGEM

DESMOTIVAÇÃO

19

PERDA DE PACIENTES

08

SOBRECARGA

03

ENTENDIMENTO SOBRE PRAZER NA VIAGEM

BOA REMUNERAÇÃO

13

SATISFAÇÃO

07

AJUDAR

10

CONDIÇÕES DE SAÚDE EM RELAÇÃO À VIAGEM

EXPOSIÇÃO A RISCOS

12

EXCESSO DE TRABALHO

11

PERDA DE SONO

07

ASPECTO DO TRABALHO QUE PRODUZ IMPACTOS NA VIDA DO VIAJANTE

MÁS CONDIÇÕES

16

ESTRESSE

09

TRABALHO REPETITIVO

05

REAÇÃO DIANTE AS DIFICULDADES NA VIAGEM

INTERAGIR

13

MANTER A CALMA

10

DESCONTROLE EMOCIONAL

07

ESTRATÉGIA

DE ENFRENTAMENTO

SATISFAÇÃO

16

ÉTICA

07

SATISFAÇÃO

07

CONCEPÇÃO DA PALAVRA TURISMO DE SAÚDE

SATISFAÇÃO

15

BENEFICIO

05

RESPONSABILIDADE

06

GRATIDÃO

04

 

6 Discussão dos dados

Após analisar o material coletado pude perceber a existência de alguns viajantes que já usufruíram deste serviço, tanto de instituições públicas quanto privadas no sentido de formarem opiniões contrárias as expectativas consideradas antes de serem relacionados para este benefício, principalmente no que diz respeito às condições de viagem e acomodações, em relação ao transporte que realiza o deslocamento dos usuários até os hospitais e clínicas e também a forma como a gestão municipal organiza esses serviços.

Tais questões referem-se a necessidade dos usuários de se submetem às situações de forma frustrante, causando resistência à realização de certas atividades como: Intervenções cirúrgicas, cardiológicas, oftalmológicas, bariátricas; Tratamentos de oncologia, cardiologia e de reprodução assistida; Tratamentos odontológicos; Check-ups e exames variados. Por meio das respostas obtidas através de entrevistas cedidas por estes usuários procuramos encontrar estratégias no intuito de aliviar suas tensões na busca de uma solução.

Como este desejo não encontra uma satisfação viabilizada por nenhum meio acessível no plano institucional, alguns usuários procuram transformar esta frustração na satisfação focada em si mesma, ao desempenharem suas funções, em forma de atendimento humanizado como o acolhimento e respeito ao próximo, porém deparamos com uma parcela considerável de outros usuários que não conseguem inverter tal situação e o trabalho referido se torna desanimador.

Outro fator preponderante causa bastante interesse aos pesquisadores é o fato de que existe uma parte da população de usuários do SUS que não têm real conhecimento de seus direitos.

De acordo com o que mostra esses os dados observam-se os que definem o turista como passivo de problemas de saúde e que precisa de aconselhamento médico antes da viagem e de orientações a respeito de vacinações, onde acreditam que esses turistas não se encontram preparados para as diversas situações de vulnerabilidade durante as viagens.

7 Considerações finais

Acredito que este estudo poderá contribuir de maneira relevante para alavancar o processo de trabalho na área do turismo, com exclusividade do turismo médico-hospitalar por existir uma demanda considerável no município de Parnaíba no sentido de elaborar questões e discussões que irão possibilitar na construção de novos entendimentos sobre alguns fenômenos individuais, uma vez que cada usuário da amostra de uma população de pessoas que já necessitaram do auxílio da secretaria de saúde para aquisição de benefícios tanto para o próprio paciente como também para o seu acompanhante.

 

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Autores

Carlos Gomes da Silva: Bacharel em Psicologia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI e Graduando em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Bruna Pires Candeira Mota: Graduanda do Curso de Turismo pela Universidade Federal do Piauí  – UFPI. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Maria Clara Silva Araújo: Graduanda do Curso de Turismo pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.