Dançarina norte-americana
(San Francisco, 27/05/1878 – Nice, 14/09/1927)
Revolucionou a dança ao repudiar
as restrições técnicas artificiais de origem clássica, adotando um novo estilo, com
inspiração nos ritmos da natureza. Sua fama fixou-se após sua primeira exibição em
Paris (1902). Dançou depois em toda a Europa e nos EUA. Sua trágica vida (afogamento dos
dois filhos em 1913; suicídio do marido, o poeta russo Sergei Esenin, em 1922) e sua
morte (enforcada pela própria écharpe, que se enrolou nas rodas do automóvel que
dirigia) comoveram o mundo. Escreveu "My Life" (1927; Minha vida), traduzida no
Brasil por Gastão Cruls.
O bale sui generis de lsadora
Duncan. A americana Isadora Duncan (1878-1927), autodidata, representa um fenômeno
especial na história da dança e do balé. Repudiando todos os artificialismos e
restrições técnicas, vestia túnicas leves e trazia os pés descalços ao dançar.
Improvisava. Nunca usou qualquer das regras acadêmicas. Chamaram-na de impressionista,
pois sugeria as emoções em lugar de ordená-las em relato racional. Dançava só, sem
corpo de baile ou companheiro. Não fez uso do formal, do convencional, do narrativo, nem
do dramático. Imitava antigas danças gregas, as ondas do mar, o vôo dos pássaros. Suas
criações, pelo menos na idéia, influenciaram Fokine e Nijinski.
O ineditismo de sua arte inaugurou uma nova forma de dança, hoje denominada ‘dança
moderna’. Isadora, no entanto, de uma extrema pobreza técnica, não deixou escola, pois
era demasiado individualista e não se conformava com regras. Mas suscitou imitadores e
seguidores na Alemanha e nos EUA, como Mary Wigman, Rudolf Von Laban, os Sakharolf, Kurt
Jooss, Martha Graham e José Limón. Na mesma época de Isadora Duncan, o professor e
compositor suíço Émile Jaques-Dalcroze criou um sistema geral de educação do
indivíduo, baseado na ginástica, no solfejo e no ritmo – a eurritmia. Este sistema
interessou a diversos artistas. Marie Rambert, aluna de Jaques-Dalcroze, colaborou com Nijinski na criação de "A Sagração da Primavera".
Mary Wigman, Kurt Jooss e Fokine também serviram-se do método rítmico de
Jaques-Dalcroze e, hoje em dia, as melhores escolas de balé não prescindem dele,
especialmente na educação das crianças.
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