Balealemao


BALÉ ALEMÃO


Na Alemanha nasceu a dança
expressionista que se propunha objetivar a manifestação de processos anímicos, com a
superação do objeto e a renúncia a toda ilustração das sensações. A emoção é que
determina a forma, espontânea entre os partidários de Wigman, e elaborada, entre os de
Von Laban. O bailarino clássico busca a beleza, o aluno de Wigman busca o efeito da
ruptura da harmonia corporal na deformação eloqüente. No expressionismo alemão, como
havia sucedido com Isadora Duncan, o peso, a
gravidade, novamente se apoderam do bailarino, como uma força estética. Os estudos de
Rudolf Von Laban resultaram na introdução do Realismo e do Naturalismo na dança. Para
Von Laban, o bailarino deve sentir o gesto, pois este nasce do sentimento. Sua doutrina é
essencialmente um raciocínio sistematizado. Parte da análise do movimento e considera a
dança como uma arte do espaço, situando o dançarino dentro de um icosaedro. Por esse
caminho, conseguiu realizar obras de alguma importância, como Agamemnon. Também ele
elaborou um sistema de notação da dança.

Mary Wigman, aluna de Von Laban como Kurt
Jooss, e ainda de Jaques-Dalcroze, influenciou toda uma geração de bailarinos. Dançou
como solista em muitas cidades da Europa e dos EUA, e fixou sua escola em Dresden. Wigman
queria libertar a dança da música, e exprimir o que existe de mais sensível no mais
profundo do ser. Segundo sua teoria, o corpo é um instrumento completo. Assim, partia ela
da dança em silêncio, com um mínimo de sonoridade, seguindo-se pouco a pouco a música.
A personalidade vigorosa de Wigman afirmou-se nas coreografias para solistas mais do que
nas de conjunto, e sobretudo em seus ensinamentos.

Kurt Jooss foi provavelmente o
maior artista do Expressionismo alemão. Organizou uma companhia e visitou, com sucesso,
diversos países. Sua criação mais conhecida é "A Mesa verde", uma sátira
das conferências diplomáticas e da guerra. Seus bailados eram narrativos e a técnica
empregada uma forma sintética de combinação da força e leveza do balé com a liberdade
e a fluidez da dança moderna.

John Cranko – inglês da cidade
do Cabo, onde produziu, aos 16 anos de idade, "The Soldier’s tale", de
Stravinsky, fez carreira no Sadler’s Wells (Pineapple Poll, The Lady and trie fort, The
Prince of trie pagodas), trabalhou par algum tempo na Ópera, de Paris, no La Scala, de
Milão, e no Royal Ballet de Londres. Em 1961 assumiu a direção do balé da Ópera do
Estado de Wurttem- berg, em Stuttgart, que ia fazer internacionalmente famoso. Entre seus
sucessos, contam-se Romeo and Juliet, The Taming of trie shrew, Eugène Onegin.

Foi sucedido pela bailarina
brasileira Marcia Haydée, geralmente aclamada coma uma das grandes bailarinas
contemporâneas. Na segunda metade do século a dança moderna, ou contemporânea, tem-se
desenvolvido principalmente nos EUA, com Alwin Nikolais, Paul Taylor, Ted Shawn, Alvin
Ailey, Ruth Sàint Denis, mas sobretudo a grande Martha Graham. Cada vez mais o balé e a
dança contemporânea se interpenetram: esta usa a técnica clássica na formação de
seus intérpretes e o primeiro compõe bailados cada vez mais vanguardistas. No entanto,
para sua propagação e ensinamento a dança moderna ainda enfrenta um
óbice: a falta de
codificação e teorização. Cada mestre forma sua escola e seu grupo de passos,
dando-lhes nomes peculiares.

 

[
Balé Bolshoi
] [
Balé no Século XIX
]
[
Balé Russo ] [
Estrelas do Balé
]

[
Galeria de Fotos ] [
História
da Dança
] [
Danças Folclóricas
Brasileiras
]