E A FAMÍLIA? VAI BEM OBRIGADO…
Carlos Alberto Matoso Caldas
A escola e a família a despeito de seus problemas institucionais têm algo em comum e, logicamente, não é fumar FREE, mas sim a Educação.
Historicamente escola e família têm, isoladamente, buscado a adequação
necessária às mudanças sociais que se apresentam cada vez mais desafiadoras não
só para si próprias, no que diz respeito à manutenção daquilo que
representam, como também para os membros que a compõem e seus papéis
arraigados de valor social.
A família tem suportado a desagregação provocada por relacionamentos egoístas
e imaturos, que beiram a superficialidade e que não duram diante das primeiras
dificuldades encontradas pelos cônjuges; mas mostra uma outra face que tem se
apresentado possível, quando contorna, com sabedoria, situações do dia-a-dia
que envolvem diferentes casas e pessoas como referência. É o mundo que
compreende: padrastos, madrastas, namorados e namoradas dos pais e meio-irmãos.
A escola na expectativa de atender os inúmeros estudos que são colocados a
serviço da Educação, oriundos de correntes filosóficas, pensadores e
estudiosos no assunto, vive de tempos em tempos as mudanças que passam a fazer
parte do que podemos chamar de unanimidade pedagógica temporária. E, muito
embora, algumas escolas mantenham-se firmes em suas convicções pedagógicas é
difícil fechar os olhos para as contribuições de Montessori, Piaget, Freinet,
Paulo Freire e outros para a Educação. Certamente, toda essa flexibilidade se
por um lado traz incertezas metodológicas, demonstra também um interesse
profundo de melhor desempenhar essa complexa tarefa que é EDUCAR.
A escola e a família a despeito de seus problemas institucionais têm algo em
comum e, logicamente, não é fumar FREE, mas sim a Educação. Considero assim,
na medida em que, principalmente a Educação Infantil tem caráter formativo,
logo, fundamental para o desenvolvimento do ser humano.
A família forma e a escola informa, nesse contexto dicotomizado está talvez a
raiz de uma série de desencontros dessa relação tão íntima que se quer tão
distante.
A escola não vê com bons olhos interferências pedagógicas suscitadas pela
família, que por sua vez, nem sempre aceita orientações psicopedagógicas de
caráter formativo da escola.
Nesse jogo de forças quem perde são as crianças e, conseqüentemente, todos
os envolvidos. O sucesso está na unidade e na coerência de atitudes, eis um
desafio constante que sem dúvida merece ser perseguido, mãos à obra.
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Publicado em 01/01/2000
Carlos Alberto Matoso Caldas – Psicopedagogo, Coordenador Pedagógico do Centro Educacional Miraflores no Rio de Janeiro
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