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AUSÊNCIA DE LIMITES Carla Elias da Silva Pereira
RESUMO PALAVRAS-CHAVE: LIMITES. CRIANÇAS. SEIO FAMILIAR. ESPAÇO ESCOLAR INTRODUÇÃO A crise econômica obrigou famílias a repensarem e reformularem suas estratégias de vida, sobretudo no que concerne à obtenção dos rendimentos, tendo em vista fugir o máximo possível do impacto da recessão, do desemprego e da perda do seu poder aquisitivo. Contudo, os atos de vandalismo, desrespeito as regras das instituições familiares e escolares são evidentes, e merecem atenção e estudo por parte dos educadores. Vê-se que existe uma constante busca para impor as regras da sociedade a crianças e adolescentes na contemporaneidade. E para tanto, pais e educadores utilizam-se de instrumentos característicos para impor normas e princípios. O que acontece é que muitos pais tentam compensar a ausência enchendo a criança de brinquedos para que ela não cobre sua presença constante. Na verdade são os pais que se sentem bem achando que esta atitude preencherá o vazio. Serve como uma válvula de escape. Medidas como essas, são comuns na sociedade atual, principalmente, nas relações onde ocorrem divórcios, e as mães unem-se com novos cônjuges, para ter outros filhos. A frustração do período de separação, seja ela momentânea ou definitiva, acaba fazendo com que os as famílias adotem medidas paliativas para tratar os traumas vivenciados. Por sua vez, a criança ou adolescente, aceitam as situações que as favorecem momentaneamente, mas como seus desejos internos e profundos não são satisfeitos, acabam apresentando atitudes desafiadoras para com os pais e educadores. ZAGURY (1996, p.31) apud FLORÊNCIO, BARRETO E SABRINA, nos diz que (2009): Sentir limites é para criança uma questão de segurança – uma necessidade básica. Não estabelecer limites é uma opção que um pai pode fazer. Mas é importante que, se o dizer, o faça sabendo que, ao contrário do que possa parecer, é também através dos limites que a criança percebe que alguém se preocupa com ela e a protege. O limite faz com que ela perceba também que esse alguém é um alguém forte, que sabe e tem segurança do que faz. (p.11) E como a criança e o adolescente passam grande parte de seu tempo dentro das instituições escolares, nada mais natural, que eles manifestem as suas angústias no cotidiano escolar. Porém, nota-se que a comunidade docente, vem agindo como a família que não impõe limite aos seus filhos. Pois hora é complacente com as más atitudes dos alunos e hora é rígida em demasia, utilizando-se do poder da atribuição de nota, para coagir ou beneficiar os que agem conforme o exigido. Por isso é fundamental que os pais comecem a impor limites e regras desde os primeiros anos de vida, para que a criança aprenda que tudo tem seu horário, que não se deve realizar as atividades quando tem vontade e sim quando pode. É preciso aprender a respeitar a autoridade dos pais, para que mesmo sozinhas, obedeçam às regras e façam as tarefas que foram solicitadas pelos adultos. É fundamental que uma criança cresça em um ambiente cheio de harmonia, paz e carinho, onde haja cooperação, solidariedade e principalmente diálogo, para que assim cada membro compreenda as opiniões do outro e aprenda a respeitá-las. O comprometimento com educação do indivíduo é uma discussão contínua, onde a eterna dúvida é: até onde deve ir à obrigatoriedade da educação familiar e até onde deve ir à obrigatoriedade da educação escolar. E há uma linha tênue que divide as responsabilidades educativas dessas duas instituições. É preciso lembrar que a escola é o lugar que por excelência deve dedicar-se integralmente ao processo de aprendizagem de seus freqüentadores, e para tanto, deve estar em constante estudo, revendo valores, metodologias, e principalmente, que tipo de ser humano pretende-se formar, e para que tipo de sociedade. REFERÊNCIAS Publicado em 07/10/2010 10:15:00 Carla Elias da Silva Pereira – Graduada em Pedagogia com habilitação em Supervisão Escolar pelo IESF – FUNLEC, Campo Grande/MS
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