O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO ORIENTADOR DA DESCOBERTA DA INTENCIONALIDADE DOCENTE
Waldirene Amorim de Jesus Araujo
SINOPSE: O presente trabalho trata da importância do Coordenador Pedagógico/Gestor Escolar, intervindo no processo de descoberta da intencionalidade docente, ao que cerne sua atuação pedagógica e ao favorecimento do processo ensino-aprendizagem.
O objetivo é refletir sobre a prática pedagógica e o desejo de tornar-se autor e favorecer ao outro a oportunidade de vivenciar a sensação de autoria, transformando a realidade. Construindo um novo modelo de atuação, baseado no sujeito e em sua necessidade de desejar, para construir conhecimento. Ressaltando que o desejo do professor pode influenciar no desejo do aluno.
1.INTRODUÇÃO
Na prática do trabalho docente, prevê-se que o professor tenha como foco a aprendizagem de todos os seus alunos. Sua intenção então é o sucesso de seu trabalho, o que queremos crer seja o do processo ensino-aprendizagem, através de uma atuação coerente com os discursos ouvidos nas Reuniões Pedagógicas e Conselhos de Classe.
Acontece que na maioria dos casos o discurso tem sido muito distinto da prática e os bancos escolares têm se tornado lugares de queixas, fracassos, indisciplina e atitudes que possam manifestar a insatisfação daquele que deveria ser o motivo do professor estar ali, o aluno. Aquele que é ensinante / aprendente e que incentivado pelo desejo do ensinante pode sentir-se autônomo o suficiente para tornar-se.
“Para poder aprender o sujeito precisa apelar simultaneamente, ás duas posições, aprendente e ensinante. Necessita conectar-se com o que conhece e autorizar-se a mostrar, a fazer visível aquilo que conhece. Além disso, o pensar é sempre um apelo ao outro, uma confrontação com o pensamento do outro”. Alicia Fernandes ( O saber em jogo p. 42)
É nesta posição que o Coordenador Pedagógico/Gestor Escolar, se coloca. Como alguém que facilitará ao professor a identificação de sua intencionalidade. É esta intencionalidade que pode determinar o sucesso do sujeito cognoscente. E após esta identificação, auxiliar na preparação do caminho para que esta (intencionalidade) aconteça, surgindo assim a aprendizagem dos agentes ensinantes e aprendentes.
2.DESENVOLVIMENTO
Refletir sobre as ações cotidianas em sala de aula pode ser um dos primeiros passos para identificar sua intencionalidade. O que o professor pretende todos os dias quando entra em sala com o discurso de que vai ensinar?
Qual é verdadeiramente o primeiro pensamento do professor quando acorda e sai de casa para exercer seu ofício? Será o de promover um ambiente favorável para a aprendizagem significativa ? Ou será o de se manter no mercado e não perder o emprego?
Acreditamos que a priori o pensamento seja o de manter-se no mercado como profissional de sucesso, mas o que o mantém é justamente sua posição neste mercado. Que professor tem sido ao longo dos anos, e que atitudes tem tido frente aos desafios de todos os dias? E o maior e mais intrigante destes é o desafio de facilitar a aprendizagem de todos.
É verdade que alguns educadores se desumanizaram, já não acreditam mais na sua capacidade de intervenção na realidade, parecem não acreditar mais no próprio trabalho. Celso Vasconcelos (Avaliação como compromisso com a prendizagem de todos, p. 55)
O Coordenador Pedagógico pode promover alguns momentos para reflexão cotidiana. Não é necessário grandes eventos para que isto ocorra. Pequenos questionamentos para futuros debates podem ajudar nesta reflexão. Se no início do dia, antes de entrar em sala de aula o professor é indagado sobre “o que você veio fazer aqui hoje?”
A partir desta pergunta muitas respostas podem surgir e facilitar o contato com a intencionalidade do professor.
É importante ressaltar que esta atitude de inconsciência não é um indício de má fé ou descompromisso com a educação, mas simplesmente falta de consciência, nada além. Portanto o Coordenador Pedagógico precisa diariamente, instigar o professor para que reconheça sua intencionalidade de fato.
Já sabemos que a intenção do professor deve ser a de favorecer a aprendizagem de todos, mas os professores precisam descobrir como fazer isto. Que caminhos percorrer para alcançar este objetivo? Entrar em contato real com esta intencionalidade, criando vínculos com o aprendente e tornando-se ser cognoscente, aquele que ensina e aprende enquanto desenvolve sua ação emancipatória de tornar-se.
Nesta reflexão alguns embates conceituais aparecerão e estes deverão ser esclarecidos e discutidos. Alguns procedimentos do dia-a-dia serão derrubados e outros sugeridos, resgatando seu sentido de compromisso com a efetiva aprendizagem de todos.
Comprometer-se com a aprendizagem de todos revelará falhas não intencionais cometidas todos os dias com a intenção de promover a aprendizagem, mas que só a dificultam. Analisar os limites, as dificuldades e traçar novas formas de intervenção pedagógica, são ações determinantes nesta descoberta da intencionalidade.
Este contato com as carências docentes fará do professor um agente consciente de sua prática e capaz de avaliar seu fazer cotidiano. O que nem sempre é uma tarefa fácil, mas que com certeza é possível, parafraseando Freire.
Tocar no compromisso do professor será como um “reascender do desejo do primeiro amor” aquele pelo qual somos capazes de tudo para a conquista. Assim ocorrerá com o desejo pelo ensinar, ter certeza que todos aprenderam, indistintamente, independente das condições de trabalho, salários, predisposição dos alunos, condições familiares ou outros argumentos que muitos professores usam para encobrir ou justificar o fracasso diante da inércia e frente a seu desafio cotidiano que é o de atingir a todos com o desejo de aprender, de despertar em si mesmo o desejo pelo aprender e pelo ensinar. Permitindo que seu aluno se revele construtor de sua aprendizagem, relatando suas descobertas, tendo espaço para errar sem críticas ou rótulos.
Ser capaz de mostrar sua autoria e autorizar-se a ser autor e realizador de novas aprendizagens.
Nota-se aqui a necessidade da determinação em desejar, que pode ser instigada pelo Coordenador Pedagógico, para que o professor não perca o foco. Manter esta luz acesa todo o tempo propiciará ao mestre a direção de seu esforço e a manutenção de sua clareza em relação a seu fazer. Qualquer distração é suficiente para que este foco se perca, qualquer discurso envolvido num engajamento político vazio pode confundir aquele que estava determinado. Somos todos influenciados e influenciáveis por nossos colegas com suas falas rebuscadas e distantes do compromisso real que é a aprendizagem. Muitos destes discursos são apenas nuvens de confusão e servem para nos enredar na fraqueza daqueles que o proferiram. São discursos de falsidade pedagógico-profissional que mascaram a impotência de alguns e tentam minar o desejo daqueles que pretendem nutrir o “ primeiro amor” a “paixão dos primeiros dias”.
“Examine-se pois o homem a si mesmo” diz Jesus. Conhece-te a ti mesmo, diz Sócrates. Quando se observa, o professor tem a oportunidade de avaliar sua prática e ouvir certas falas, perceber atitudes, que possam dificultar o processo de ensino-aprendizagem e também reconhecer aquelas que possam facilitá-la. E dar maior ênfase a estas.
“Poder ser um professor suficientemente bom não se consegue com técnicas . Requer um trabalho constante consigo mesmo para construir uma postura, um posicionamento como aprendente, o qual resultará em modos de ensinar. Um bom ensinante é um bom aprendente. A difícil tarefa do professor pode tornar-se prazerosa quando almeja fazer consigo mesmo o que propicia aos outros”. (Alicia Fernandes em o “saber em jogo” p. 36)
Tornar-se este professor “suficientemente bom” é uma tarefa de todo dia, é constante, incansável, persistente, firme e libertadora do sujeito autor ensinante e aprendente que se esforça e reforça seu fazer no cotidiano das conquistas e dos fracassos ( sim, por que também a partir dos erros e não-acertos, aprende-se) , mantendo-se “na e com a” intenção de aprender a tornar-se , tornando-se o ser cognoscente aprendente e ensinante. O esforço constante em construir uma postura, é sempre um desvio das armadilhas do dia-a-dia, p.ex. a tentação de esperar mais cinco minutinhos quando toca o sinal do fim do intervalo e o professor deve assumir sua classe. A vontade de suspender uma aula por algum motivo corriqueiro, mas que pode se fazer parecer importantíssimo, tudo sem nenhum objetivo.
Essa corrupção pedagógica é vergonhosa e derruba qualquer postura.
O professor sério, comprometido, conhece a real necessidade de cada minuto que não pode ser desperdiçado. Sabe da seriedade que as atitudes de compromisso demonstram e criam uma áurea de profissionalismo em torno daqueles que a executam. A importância que o professor dá a si mesmo e a seu trabalho, determinarão a importância que o aluno dará a este professor e a seu trabalho.
Quando o Coordenador Pedagógico sinaliza a importância da execução destes detalhes importantíssimos no dia-a-dia da universidade, toda a comunidade escolar percebe a seriedade intencionada e responde positivamente em sua maioria, buscando atender as expectativas do grupo- escola.
“os vestígios do caminhar ficam nos pés” Alícia Fernandes (Os idiomas do aprendente, p.70)
“pensar supõe entrar nos desejos, vendo o possível e o impossível, para depois poder trabalhar na direção de fazer provável algo do possível. (Os idiomas do aprendente, p.72)
Pensar na atuação do professor e propor ações que incrementem seu fazer , que o autorize a tornar-se e o faça mergulhar nos seus desejos e os reconheça , pode ser um caminho tomado pelo Coordenador Pedagógico/ Gestor Escolar para propiciar a caminhada.
É importante que o professor se autorize a “criar” enquanto cria a ele mesmo. Enquanto descobre sua modalidade de aprendizagem ele torna possível ao aluno a aprendizagem provável que perpassa pelo vínculo e pela relação de desejo pelo aprender , dele mesmo e de seu aluno, aprendente e ensinante.
Ao autorizar-se a criar e ser autônomo o docente autoriza e favorece a autoria do outro. Compreende seus erros, permite-se construtor de uma nova realidade transformadora. E não se envolve na descrença e no descompromisso de alguns poucos que se justificam e valorizam seus des-desejos esvaziando e transparecendo no cotidiano, o seu discurso estanque da prática.
É nesse “autorizar-se” que o Coordenador Pedagógico/ Gestor escolar, pode instigar o professor no cotidiano. Permitindo –lhe que se decubra, que creia mais intensamente no seu poder transformador. Oportunizando momentos de reflexão sobre sua prática e favorecendo ao mestre a avaliação de sua atuação.
É importante que o professor conheça novas formas, novos conceitos, novos modelos, e acima de tudo que desenvolva sobre sua experiência uma maneira diferente de fazer.
“olhar com os olhos do estrangeiro, encontrando sempre o novo como diferente não-conhecido, como um desafio a conhecer, mas sem perder a possibilidade de estabelecer relações com o antigo”
( Alícia Fernandes, (Os idiomas do aprendente, p.101)
Encontrar novas formas de vincular-se ao compromisso com a aprendizagem e com a promoção da autoria do aprendente-ensinante e do ensinante-aprendente.
Muita poeira estará presa nos pés destes, que caminham com tanto desejo de tornar-se e permitem ao outro construir-se autônomo.
Manter este desejo ardendo pode ser uma tarefa do Coordenador Pedagógico/ Gestor escolar, com o cuidado de ascender o desejo naqueles que ainda não o possuem e reascendendo naqueles que já não o fazem mais brilhar.
Sabendo-se que o Coordenador Pedagógico/ Gestor escolar encontrará dificuldades e que não é o detentor do poder de convencer a todos do que acredita, mas que poderá insistentemente provocar , instigar, tocar, fazer refletir e experimentar, permitir a confrontação das idéias e das ações, propagar os sucessos e tentar incansavelmente , despertar e reascender o desejo no professor e consequentemente no aluno. Já que, sabemos ,
“o meu desejo pode influenciar o seu desejo” Paulo Freire (crônicas)
Permitir ao professor o relato
“quando alguém relata, posiciona-se como ensinante” Alicia Fernandes (Os idiomas do aprendente, p.105)
Portanto, o professor e o aluno posicionam-se como aprendentes e ensinantes quando se permitem relatar.
Quando há o relato, acontece a re-significação do ocorrido e re-significando, o que relata se autoriza e cria.
Assim percebemos a importância da relação entre ensinante-aprendente e aprendente-ensinante e o quanto o papel do vínculo no cotidiano do fazer pedagógico e na construção do conhecimento, favorecem a interação e propiciam os espaços para o relato e para a manifestação do desejo de aprender-ensinar-aprender.
Portanto, o Coordenador Pedagógico/ Gestor Escolar pode oportunizar e favorecer os momentos de troca de experiência e debates que possam trazer à tona o relato. Permitindo ao professor que re-signifique seu fazer e crie uma nova maneira de olhar sua prática, o Coordenador Pedagógico/ Gestor Escolar estará favorecendo a auto-avaliação do mestre , o que lhe fornecerá um norte de como está sua atuação docente.
Que caminhos novos devem percorrer? Que passos não serão mais necessários dar? Onde pretende chegar? Quanto já caminhou?
Tais questões podem auxiliar o mestre em sua auto-avaliação. E estas perguntas deverão ser feitas por eles mesmos, em torno deles mesmos e em volta do próprio movimento de reconstrução, que a universidade favorecerá em seu cotidiano, a partir desses questionamentos.
3.CONCLUSÃO
Refletir, Comprometer-se, Examinar-se, Caminhar (o movimento), Autorizar-se, Permitir o relato. Essas ações demonstram e favorecem a qualidade do desejo do professor em sua atuação pedagógica.
É no sentido do desejo que o Coordenador Pedagógico/ Gestor Escolar vai dirigir-se e conduzir seu grupo de professores e, em conseqüência desta ação os alunos e toda a universidade.
Constatamos que a intencionalidade de cada indivíduo, seja ele professor ou aluno, na construção de sua história e seu movimento em direção ao desejo, vai determinar a qualidade do desenvolvimento das tarefas cotidianas de aprendente-ensinante-aprendente.
Destacamos a importância da intencionalidade do Coordenador Pedagógico/ Gestor Escolar na orientação da descoberta da intencionalidade do professor , favorecendo seu desenvolvimento e mantendo o desejo de tornar-se autor autorizando a autonomia do ensinante-aprendente enquanto se descobre aprendente-ensinante.
É o movimento do caminhar, isto é, a necessidade de tornar-se, o desejo de aprender e ensinar que faz do professor diariamente um sujeito cognoscente, autor e criador, transformador de sua realidade, da realidade da sala de aula e da realidade de seus alunos. Que em muitos casos, dependem do mestre para que o estimule a crescer e a desenvolver potencialidades escondidas, num breu de descrédito em si mesmo e despreparo para continuar sozinho.
Durante este caminhar, ele o mestre, precisa estar atento aos seus passos, refletindo sobre suas palavras e ações. E o quanto pode influenciar seus alunos comprometendo-se com a qualidade de seu trabalho.
Olhando num espelho imaginário, o professor se observa e examina-se a cada instante. Verifica se está atuando como agente de transformação, autorizando-se e permitindo ao outro tornar-se o grande autor de sua própria história. Reconhecendo seu poder transformador e realimentando diariamente a crença nos valores e no desejo de aprender.
Ao autorizar-se, já se permite expor seus pensamentos, suas idéias, seus saberes mais escondidos, de entregar-se aquele que sempre foi seu maior desejo: o de ensinar enquanto aprende e aprender enquanto ensina. Verdadeiramente. Sem o discurso vazio e fora da realidade. Mas um discurso cheio de si mesmo, cheio das palavras que fala e das ações comprobatórias de teoria e prática contextualizadora, emancipatória e libertadora do ser cognoscente que pretende abrir-se á oportunidade de tornar-se , enquanto se autoriza e autoriza ao outro ser o que pretende.
Se tornando e autorizando, se permite o relato das re-significações e dos conceitos ainda não transformados, mas que ajudarão na mudança de paradigmas docentes-pedagógicos alienantes e que precisam ser exorcizados do dia-a-dia, entranhado de tantas armadilhas e prisões falsas, que podem ser destruídas a partir do forte desejo de reconstruir na realidade sonhada.
Assim, nesta crença de possibilidades infinitas vindas do desejo do homem, afirmamos que o professor tem sim, o poder transformador de mudar sua realidade e de mudar assim a realidade do ser humano. Visto que é capaz de, com sua palavra, ação e pensamento transformar a realidade que o cerca e propagar no seu entorno a mesma crença na possibilidade do outro. Contagiando a todos quantos desejar com esta nova forma de se enxergar e de enxergar o próximo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
De livros
VASCONCELOS, Celso. Avaliação como compromisso com a aprendizagem de todos. SP: Libertad, 2003.
FERNANDEZ, Alicia. Os idiomas do aprendente. SP : Artmed, 2001.
_______. O saber em jogo. SP : Artmed, 2001.
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_______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
LIBÂNEO, José Carlos; PIMENTA, Selma G. Formação de profissionais da educação: visão crítica e perspectiva de mudança. Educação e Sociedade. Campinas: Cedes, n. 68/especial, 1999.
De artigos na internet
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LIMA, Marilene. Psicanálise e Cultura. Net, Rio de Janeiro, março.2006. Seção: Artigos. Disponível em http://www.profala.com/artpsico41.htm Acesso em 31 de mar.2006.
GONÇALVES, Yara Pires. A Relação Entre a Intencionalidade Docente e formação da sua Consciência no Processo de Ensino- Aprendizagem. NET, Rio de Janeiro, mar.2006.Disponível em http://www.dtp.uem.br/rtpe/v5n10_02.html Acesso em 31 de mar. 2006
Publicado em 02/05/2010 10:36:00
Waldirene Amorim de Jesus Araujo – Pedagoga, Psicopedagoga Clinico-Institucional, atua no Núcleo de Apoio
Psicopedagógico da Universidade Augusto Motta- UNISUAM
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