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admin37109
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A DIVERSIDADE CULTURAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Adelita Martinez

Chegamos a um ponto na Educação Brasileira em que todos os educadores que atuam em sala de aula estão conscientes de que as crianças aprendem de maneiras diferentes e em momentos diferentes; que numa mesma sala de aula, temos alunos com bagagens e habilidades muito diferentes e principalmente de a estrutura familiar e realidade social diferentes. Como trabalhar com tanta diversidade num espaço tão limitado?
Em minha prática lido muito com a diversidade cultural, já que possuo alunos de toda parte do mundo em minha sala de aula. Detalhe: são crianças de 2 e 3 anos que na sua maioria estão tendo sua primeira experiência escolar e estão começando a falar sua língua materna. Não preciso dizer que a dificuldade aí aumenta uma vez que não tenho a menor noção do idioma japonês, árabe ou polonês!
Mas esses anos de magistério me ensinaram que existe um idioma que todos sem exceção entendem. Chamo de afetividade, conhece?
Por incrível que pareça, as crianças tem o dom de entender nossas caras, gestos e principalmente a felicidade em proporcionar oportunidades para elas descobrirem coisas novas em sala de aula. É num piscar de olhos que a choradeira, muito comum na adaptação de crianças na escola, desaparece e é trocada por um sorriso amigo ao chegar na escola.
Sentir-se respeitada, e acolhida faz com que a criança sinta segurança em estar numa sala de aula onde tudo é muito diferente de onde ela veio.
Essa ainda é a melhor estratégia de ensino que exite: o amor em ser uma educadora. Ver uma criança progredir academicamente e em paralelo desabrochar suas habilidades sociais é simplesmente realizador.
Aprender com as diferenças dos outros. Não existe uma aula específica para isso. Na educação infantil, a criança assimila o que ela vivencia, o que ela experimenta. É no brincar com os colegas de sala que ela, muitas vezes sem a interferência de adultos, vai poder vivenciar como ser amiga, como fazer conexões sociais e como resolver conflitos e problemas que encontrar no decorrer do seu dia. E nós como educadores devemor saber a hora certa de intervir e a preciosa hora de deixar os alunos, por si mesmos descobrirem as coisas como elas são.
Mas isso é assunto para um outro artigo, para finalizar esse, concluo dizendo que ser professora demanda sim bastante trabalho, planejamento e estudo. Porém, quando você olha bem nos olhinhos se seus alunos e percebe que eles te respeitam e te consideram uma preciosa fonte de informação, você entende que a afetividade é um idioma que abre portas para todo e qualquer conteúdo a ser ensinado.

Publicado em 23/03/2009 10:49:00


Adelita Martinez – Pedagoga, Psicopedagoga e  professora de Educação Infantil Bilingue

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