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PIA E PIÁ AMBIENTAL: UMA VISÃO HUMANA E ECOLÓGICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Dirceu Moreira

(publicado originalmente na revista Direcional Educador em dez/07)

Veja, se eu o enviar para dormir no meio dos lobos, seja esperto como as serpentes e inofensivo como os pombos. Jesus Cristo

É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve. Victor Hugo (+/-1840)

O laço essencial que nos une é que todos habitamos este pequeno planeta. Todos respiramos o mesmo ar. Todos nos preocupamos com o futuro dos nossos filhos. E todos somos mortais. John Kenedy (+/-1940)

Faz muito tempo que estamos sendo alertados: a terra precisa de homens serpentes e pombos para ouvi-la melhor porque somos filhos dela e co-responsáveis pelo que lhe acontecer.
Vivemos um conturbado momento nas suas relações com o planeta, fruto de um descaso e objeto de especulação e ganância onde o lucro e a exploração foram às palavras de ordem em prol do desenvolvimento, que por ironia do destino tornou-se insustentável. Ao acordar para realidade este mesmo homem quer torná-lo sustentável de um dia para o outro e se possível através de uma medida provisória, desde que para isso não afete o pseudo desenvolvimento sustentável. Não bastaram as palavras de cientistas e de grandes seres que por aqui passaram, nos alertando sobre um futuro catastrófico. Até as crianças e jovens nos alertaram como em 1956 em S.Lourenço-Mg e na Eco 92. Não precisa ser nenhum especialista em meio ambiente para aceitar que a Terra é um ser Vivo, um organismo pulsante. A ciência caminhou a passos de tartaruga sobre esta questão, enquanto que nas antigas tradições isto já era um fato aceito. No meio do século XX o prof. Henrique José de Souza chamava atenção do mundo para o fato ao se referir ao planeta como um ser vivo, mas não foi ouvido. Neste caso a humanidade está cometendo um “terricidio” e ao cometê-lo se torna homicida das suas próprias ações: caça e caçador ao mesmo tempo.
Dando apenas algumas pinceladas das tradições relatadas em livros “sagrados” sobre cosmogênese, Wladimir Ballesteros (Missão Terra: editora Landy), Paulo Albernaz (A Grande Maya-Editora IGB) e outros nos relatam que existe um cinturão, uma faixa ecológica numa região onde hoje se localiza o planeta terra propicia ao desenvolvimento da vida como ela é hoje. Por esta região ecológica já passou Mercúrio onde teria se desenvolvido uma raça humana, conhecida como Lêmures (lemurianos-raça negra) que deu ênfase ao desenvolvimento do corpo físico, depois foi à vez de Vênus adentrar a este cinturão ecológico e ali se desenvolveu a raça Amarela com ênfase no desenvolvimento vital (energia). A Lua, portanto, ocupando a região ecológica teria como missão o desenvolvimento da raça branca com ênfase no emocional e ainda recebeu os remanescentes Venusianos. A terra seria o 4º planeta e estava sendo preparado para adentrar a esta região. Houve no entanto um problema sério. O 5º astro sofreu uma explosão provocando o deslocamento da terra que ainda estava em preparação para adentrar a esta região ecológica. O que sobrou desta explosão é hoje conhecida como Marte. A lua sendo menor, em função da força gravitacional foi expulsa de sua órbita, tornando-se satélite da terra perdendo gradativamente sua condição de abrigar a continuidade da vida humana. Diante de tamanha catástrofe o ETERNO, o Supremo Arquiteto do Universo, Deus, determinou que toda vida fosse transferida para planeta terra que já havia recebido os Lêmures tendo em vista que os outros planetas não ofereciam condições à vida. Temos aqui um fato extremamente significativo, mesmo que você considere isso uma lenda ou um mito, historia da carochinha ou história para boi dormir: o planeta terra é o planeta da Inclusão, porque acolheu aqui três raças. Vivemos a diversidade na adversidade. Antes mesmo que o homem surgisse foi preciso que o Eterno tivesse que criar outros reinos:o mineral, o vegetal, o animal e então o nosso, “os hominais”, que diferencia dos demais pela capacidade de pensar e criar.
As questões ecológicas englobam um ambiente planetário e mais que isso o cósmico. Buscamos a todo custo à vida extraterrena e quanto a nós mesmos? O segredo é sempre o que está fora, a felicidade, o planeta. Num ponto o homem tem suas razões, quando busca suas origens tentando responder a três questões cruciais perante o enigma da esfinge: Quem és tu? De onde vens? E Para onde vais? É o decifras-me ou te devoro. Assim tem sido Cronos, cujo tempo que nos dá é ao mesmo tempo uma oportunidade ou ameaça. A oportunidade é o amor, e a ameaça é a dor. Mudamos pelo amor ou pela dor, mas mudamos.  Este enigma da esfinge é a mais importante das questões ecológicas a qual denominei de “ECO”-Ecologia do Coração (O Semeador de Estrelas-Editora Ceitec). É esse coração que pulsa a essência do amor sabedoria como base de todas as pedagogias. À vontade, o ímpeto, a perseverança, a motivação humana dela se utilizar para responder a estas três situações. A outra questão ecológica se localiza fora do homem, portanto, seu “meio ambiente” que com toda razão deixou de ser inteiro há muito tempo. A corrida humana para uma nova “Ordem Ambiental” se mobiliza para uma ação corretiva e de imediato, porque as barreiras já trincaram e a água começa a jorrar. Vemos ações as mais elogiáveis possíveis em todos os seguimentos, que vem mobilizando locais, regiões e paises, numa ação global em prol de nossa casa “Planeta Terra”. Da pia batismal onde muitos foram batizados, temos a pia ambiental cujo rio Jordão o Cristo foi consagrado e que muitos projetos ambientais se apóiam, tendo a água como o elemento vital para sustentabilidade da vida humana na terra. Na PIA ambiental encontramos os projetos voltados ao meio ambiente e na PIÁ (guri, criança) batismal estão os projetos que envolvem o trabalho com crianças e jovens. Ambos são essenciais para um projeto de educação ambiental, mas o humano deve ser o foco principal, do contrário nada adiantará preservar áreas, limpar rios, despoluir o ar e etc., mas continuar prendendo pessoas. Não se muda estado de consciência através de MP – medidas provisórias.
Ao preparar a base deste edifício humano através das crianças estaremos dando sustentação às futuras gerações, pois elas estão mais sensíveis a esta questão ecológica do que o adulto possa imaginar. Elas trazem em essência um outro estado de consciência, mas paradoxalmente elas precisarão de ajuda e, neste sentido a educação vai desenvolver um papel fundamental ao incluir a família como co-responsável e a sociedade como mantenedora do projeto de uma nova Ordem Ambiental.
A educação ecológica deve olhar para seus próprios pés, seu micro-cosmo e ampliar sua visão para o que acontece à sua volta, dar um giro maior de 360 graus e se defrontar com a globalidade, depois levantar a cabeça e olhar para o céu e repensar o significado e a grandeza do que é a vida. Um planeta não se faz de um segundo para outro. Tudo envolve um trabalho que ocultamente passa despercebido dos homens, mas nem por isso ele deixa de existir, muitos são capazes de ver. São estes que farão as diferenças e quero pensar que os educadores tenham esta visão estratégica, holística, profética e futurista para que saibamos reconhecer nosso verdadeiro papel de Seres Humanos. Quero deixar a cada um que estiver lendo este artigo, um alerta que merece profunda reflexão por parte de todos os educadores e que pode ser trabalhado em sala de aula a partir de hoje:Você sabe onde está localizado o maior depósito de lixo do planeta? No oceano pacífico, e tem dez milhões de milhas quadradas, mais conhecido como deserto oceânico. É para ali vão os entulhos do mundo inclusive, o plástico que não é biodegradável, mas fotodegradável de tal forma que suas partículas continuam sendo polímeros de plásticos que são ingeridos pelos animais marinhos e que o homem se alimenta. A cadeia (no sentido literal) está formada.  Vamos incentivar a produção do plástico biodegradável que já é fabricado no Brasil e isto significa que o homem tem inteligência suficiente para reverter o processo. Além do mais, o que estamos fazendo com 250 mil toneladas/dia de lixo produzidos no Brasil, sendo que na capital de S.Paulo são 15 mil toneladas diárias? O que fazer para preservarmos o Aqüífero Guarani de 1,2 milhões de km2 e deste total 840 mil km2 estão no Brasil. Micros projetos escolares terão macro reflexos nestes problemas de âmbito mundial, para que a água não seja o petróleo de amanhã. Pense com seus alunos um micro projeto atuando a partir das estruturas e da área ecológica onde ela se localiza adote a agenda 21, 22…. Sua escola estará fazendo a diferença. Sem petróleo nós sobrevivemos, mas sem água morreremos. O homem não é sábio porque sabe, ele é sábio porque ama, disse o prof. Henrique José de Souza. Vamos amar com sabedoria, conjugar e praticar este verbo em prol de nosso planeta Terra.

Publicado em 09/09/2008 16:06:00


Dirceu Moreira – Psicólogo, psicoterapeuta, palestrantes, 10 livros publicados  –
Finalista do Premio Educador do ano-2006

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