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Artigo Entrid 1066

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DESENVOLVENDO UMA IDENTIDADE VOCACIONAL

Lidia Maria Kroth

JUSTIFICATIVA
A realização deste projeto vem atender  uma necessidade premente de esclarecimento e orientação de jovens adolescentes que se encontram em um momento  difícil e crucial de suas vidas. Nesta fase de desenvolvimento em que ele está definindo sua identidade: quem ele quer ser e o que gosta ou não de fazer, coincide também com os seus confrontos entre as expectativas internas e externas aos projetos futuros.
Momento de decisão que lhes apresenta como questão inadiável e que requer um maior auto-conhecimento  bem como autonomia e independência para que suas escolhas recaiam em uma atividade profissional que venha preencher suas necessidades de realização vocacional e pessoal. Por esta razão, um projeto de vida deve estar baseado no conhecimento e na informação:

  • Sobre o próprio sujeito, seus interesses., aptidões e recursos econômicos;
  • Sobre  as possibilidades e expectativas do núcleo familiar de pertencimento;
  • Sobre a realidade social, econômica, cultural e política em que vive.

Mais do que um processo de orientação profissional este trabalho visa a que os jovens possam optar de forma consciente, sem deixar-se influenciar por pressões sociais ou familiares e que consigam inclusive, perceber quando da necessidade de alterar uma escolha feita substituindo-a por outra que lhe parecer mais adequada com o mínimo possível de angústia e ansiedade.
A decisão da escolha é do adolescente. Portanto, sabendo do elevado número de alunos que desistem de seus cursos ou trocam solicitando transferência para outros cursos, cabe a nós orientarmos sua compreensão frente a esta tomada de decisão, desenvolvendo nos alunos a conscientização para a importância da escolha profissional com base em sua essência  enquanto “SER HUMANO”, agente de  transformação da sociedade.
Orientar tem, em primeiro lugar, um sentido espacial, “buscar o oriente” o que significa: situar um horizonte partir do qual a coisas, os seres, têm um lugar e também um sentido.

OBJETIVO GERAL
Facilitar o momento da escolha ao educando, auxiliando-o a compreender sua situação específica de vida, na qual estão incluídos aspectos intervenientes pessoais, familiares e sociais, que afetam a tomada de decisão no que tange à  escolha da profissão.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • introduzir a importância da formação do auto-conhecimento no processo de escolha vocacional.
  • Refletir sobre sua identidade, conhecendo-se mais profundamente.
  • Identificar seus reais interesses, quanto uma escolha profissional.
  • Identificar o que espera de sua visa e do seu futuro.
  • Conhecer as profissões que estariam vinculadas ao seu interesse.
  • Reconhecer a importância da escolha profissional.
  • Conhecer o campo de atuação das profissões em destaque.
  • Planejar metas a serem atingidas para a realização de seus objetivos.
  • Propiciar o desenvolvimento do senso crítico na questão das escolhas e os pressupostos relativos às potencialidades e responsabilidades delas decorrentes.

CONTEÚDOS

  • Adolescência como fase de estruturação para ser adulto.
  • A formação da identidade adulta.
  • A formação da identidade profissional.
  • A identidade e o papel profissional como agentes de mudança na sociedade.
  • O conhecimento das profissões.
  • Esclarecimento sobre cursos superiores.

METODOLOGIA
Cada encontro é sempre um momento rico de trocas, de reflexão e de conhecimento de si mesmo. Por esta razão, utilizaremos procedimentos que vão dede a leitura-crítica e textos, técnicas de dinâmica de grupo até improvisação  e teatro.

  • Textos sobre o auto-conhecimento, os interesses e as aptidões.
  • Leitura do livro: “O adolescente e a profissão”.
  • Questionário individual.
  • Autobiografia dirigida.
  • Técnica QUEM SOU EU.
  • Técnica: Aquecimento – Caminhar profissional.
  • Entrevista familiar.
  • Vídeo sobre profissões.
  • Visita ao Campus da PUC.
  • Discussão em pequenos grupos.
  • Fichas para registro de observações e questionários realizados com os alunos.

ANÁLISE DOS DADOS
Qualitativa: Para saber como chega a conclusão da identidade vocacional.
Quantitativa: Para saber qual a percentagem de alunos que atingiram esta identidade.

RECURSOS

  • Textos
  • Livros
  • Filmes sobre as profissões.
  • Revistas, tesouras, cola, papel pardo.
  • Material de expediente.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Orientação Educacional visa estabelecer uma relação do homem com a natureza e para que a mesma aconteça, é necessário que exista um trabalho coletivo, transformador onde o indivíduo se desenvolverá a partir de condições sócio-econômicas. Também é importante salientar o individualismo, pois este se estruturaria como decorrência das relações estabelecidas entre o individual e o social.
Segundo Gramscim, “se a individualidade é o conjunto das relações homem/natureza, conquistar uma personalidade significa  adquirir consciência destas relações; modificar a própria personalidade significa modificar o conjunto destas relações.”
A preocupação de situar o homem na sociedade global, em todos as níveis (social, econômico, político e cultural) julgamos necessários definir e refletir, na tentativa de dar uma abrangência maior e para que seja realizada uma análise da realidade efetiva e enriquecedora temos que partir da compreensão do homem em sua relação com os demais componentes envolvidos.
O homem, enquanto transformador da natureza, torna-se homem pelo trabalho e este é o princípio da produtividade e do lucro, que por sua vez aliena o homem.
Apesar do trabalho ser considerado apenas como forma de sobrevivência, não valorizando a realização pessoal sendo considerado apenas como atividade produtiva.
A Orientação e a Informação Profissional deveriam desenvolver na pessoa a percepção crítica do trabalho e da realidade, instrumentando o indivíduo para a compreensão da realidade social, econômica, política e cultural, de modo a poder fazer opções mais conscientes e críticas quanto ao desempenho de sua atividade produtiva.
Na sociedade atual, o homem é cada vez mais sujeito de sua escolha profissional, pois está envolvido com situações coletivas que participam de sua escolha. Neste sentido, a Orientação Profissional visa atender a opção do homem a um trabalho produtivo.
O homem é, pois, síntese e articulação de uma diversidade e complexidade de elementos, de um lado, puramente subjetivos e individuais e, de outro, elementos de massa, ou seja, objetivos e materiais. Nesse sentido, na medida em que o homem transforma o mundo (o coletivo) transforma a si mesmo (o individual).
Daí a importância de a Orientação e a Informação Profissional virem a ser um instrumento de conhecimento crítico da realidade sócio-econômica e de desenvolvimento das potencialidades individuais.
Sem sombra de dúvida o mundo é de mudanças, tecnológico, onde o homem, a cada minuto que passa, está sendo substituído pela máquina. Máquina que ele criou e que acaba de escraviza-lo, retirando-lhe as fontes de trabalho, a fonte de sua própria subsistência, especialmente em sociedades que têm como objetivos maiores, a produção, o lucro e o capital.

AVALIAÇÃO
É importante fazer uma avaliação do processo de Orientação Vocacional/Profissional. Para o adolescente, porque permite que ele perceba o seu crescimento pessoal e lhe viabiliza uma avaliação do grupo em relação a si. Para o coordenador, porque, além de ser um feed-back do seu trabalho, permite-lhe analisar e compreender todo o processo grupal e o desfecho de cada aluno.

BIBLIOGRAFIA
PIMENTA, Selma G. Orientação vocacional e decisão – estudo crítico da situação no Brasil. São Paulo. Loyola, 1990.
SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo, 1980.
Caderno do MEC. Orientador educacional: agente integrador na área escolar. MEC, Departamento de Ensino Médio, Escola Técnica Federal do Paraná, 1978.
LÜCK, Heloisa. Ação integrada, administração, supervisão e orientação educacional. 11ª ed. Rio de Janeiro, Vozes, 1981.
MINICUCCI, Agostinho. Orientação educacional: sondagem de aptidões e iniciação profissional. São Paulo, Cortes & Moraes, 1976.
PIMENTA, Selma G. , KAWASHITA, Nobuko. Orientação Profissional: um diagnóstico emancipador. Ed. Loyola. São Paulo, 1986. 2ª ed.
MAIA, Eny M., GARCIA, Regina Leite. Uma orientação educacional nova para uma nova escola. Ed. Loyola. 5ª ed. São Paulo.
FADEL, Beatriz M. e outros. Org., FOLBERG, Maria N. Orientação educacional em questão. Ed. Movimento. 2ª ed. POA, 1986.

Publicado em 24/06/2008 11:14:00


Lidia Maria Kroth – Pedagoga Orientadora EducacionalEscola Estadual de Ensino Fundamental Paraíba – POA – RS; Orientadora Educacional Escola Estadual de Ensino Fundamental Tancredo Neves POA – RS;Professora de 2 série do Ensino Fundamental.

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