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EXCLUSÃO SOCIAL E SUA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM: UM ESTUDO DE CASO

Sebastiana Fátima Palermo Mendes

RESUMO
A Exclusão social e sua relação com o processo de ensino aprendizagem é um tema que vem sendo acompanhando dentro das escolas e suas causas têm sido objeto de estudos e pesquisas no âmbito nacional e internacional.As dificuldades de aprendizagem estão relacionadas principalmente à falta de relações interativas de natureza cognitiva, lingüística e cultural nos primeiros anos de vida da criança; quanto menos ela vivencia processos de mediação ou relação com pessoas mais capacitadas, maiores as chances de surgirem dificuldades no seu desenvolvimento cognitivo e consequentemente na sua aprendizagem escolar.
Portanto o presente artigo tem como finalidade identificar as causas da exclusão social que interferem no processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, foi elaborado um Estudo de caso, explorando teoricamente as dificuldades de aprendizagem e o objetivo foi realizar uma avaliação destas dificuldades, intervindo para que a criança recupere todo seu potencial para aprender, além de resgatar e fortalecer a auto-estima de crianças e adolescentes, bem como contribuir no sentido de fortalecer a parceria escola-comunidade, traduzindo-se em maior interação entre estas instituições.

UNITERMOS:  Família, Escola, Exclusão Social

SUMMARY
The social exclusion as well as its relation with the teaching learning process is a theme that has been treated in schools and its causes have been target of studies and research in national and international sphere. The learning difficulties are mainly related to the deficiency of interactive relations of cognitive, linguistic and cultural nature in the first years of children’s lives; The less they experience mediation processes and relations with more skilled people, there will be more chances that these children will have difficulties in the cognitive development and consequently in the teaching learning process. 
Thus, the purpose of this article is the identification of the causes of exclusion, which interfere in the teaching learning process. So, the formulation of this article was based upon a case study, exploring theoretically learning difficulties, and its objective is to evaluate these difficulties, so that children and adolescents can restore their full ability to learn, besides redeeming and strengthening their self esteem, as well as contributing to the fortification of the partnership between school and community, promoting more interaction between these institutions.
 
KEY WORDS: Family, School, Social exclusion.

INTRODUÇÃO
A Exclusão social e sua relação com o processo de ensino aprendizagem é um assunto que tem sido estudado por muitos pesquisadores, principalmente naquilo que se refere a suas causas e conseqüências, pois se sabe que ainda há muito que se precisa pesquisar a respeito. Em se tratando de problemas de aprendizagem escolar, deve-se levar em consideração as dificuldades que a criança apresenta na escola e as dificuldades que a escola apresenta em relação aos problemas das crianças, fatores que devem ser analisados reciprocamente.
Como não há consenso no que se refere à definição e caracterização do termo dificuldade de aprendizagem, geralmente aqueles que iniciam pesquisas nesta área enfrentam dificuldades. No entanto, a cada dia vemos que cresce o número de alunos do nosso sistema de ensino, caracterizados como tendo dificuldades de aprendizagem. Portanto, os problemas de aprendizagem não se constituem em um fenômeno de fácil análise, podendo estar relacionados a fatores orgânicos, cognitivos, lingüísticos e outros inerentes à individualidade de cada ser humano.
Segundo Pain (1992), há dois tipos de condições básicas para o desenvolvimento da aprendizagem: as externas que se referem aos estímulos, e as internas que se referem à estrutura individual, única de cada sujeito. As duas podem ser estudadas de forma dinâmica como processo e/ou, em seu aspecto estrutural como sistemas. É claro que uma análise sócio-econômica dos sistemas educacionais nos permite compreender porque um indivíduo se torna alienado, porém é imperativo identificar as causas de atraso no desenvolvimento intelectual de estudantes, e como isso ocorre [4].

Os fatores fundamentais que precisam ser levados em considerações no diagnóstico de um problema de aprendizagem são citados por Pain (1992):
a) Fatores orgânicos: relacionados a aspectos anatômicos e fisiológicos do indivíduo, como problemas de visão, de audição, funcionamento neurológico, etc.
b) Fatores Específicos: relacionados a dificuldades de aprendizagens específicas; não identificados organicamente, como problemas na área perceptivo-motora que interferem no desenvolvimento da leitura e da escrita e de organização espacial e temporal, que interferem no desenvolvimento da fala, etc.
c)Fatores psicológicos: neste caso a dificuldade de aprendizagem está relacionada a dois fatores diferentes: No primeiro caso refere-se a um processo de auto-repressão, onde o aprendizado é reprimido de forma inconsciente, por algum fator psicológico que impede o aprendizado da criança, é o caso de crianças rotuladas como incapazes de desenvolver-se intelectualmente, estas assumem o comando como uma ordem, que uma vez interiorizada, incapacita-os para ser livres para pensar, agir e aprender.   No segundo caso, trata-se de retração intelectual ou inibição neurótica, com diminuição das funções cognitivas que acarretam problemas para aprender; normalmente relacionado a fatores ambientais, tratando-se de casos de crianças desnutridas desde o período intra-uterino até a idade escolar, bem como de fatores relacionados a dependências químicas, problemas econômicos e carências afetivas, e outras causas relacionadas com desagregações familiares.
d) Fatores Ambientais: referem-se à qualidade, quantidade e freqüência de estímulos que estruturam o campo de aprendizagem habitual da criança, favorecendo ou não sua aprendizagem; é importante destacar aqui o papel do educador na estruturação de um ambiente adequado para o desenvolvimento intelectual e afetivo dos alunos, haja vista que ele representa um modelo de comportamento para os educandos, podendo se tornar um catalisador do desenvolvimento das personalidades das crianças, com possibilidade de tornar esta, uma tarefa prazerosa, dedicando-se com amor, sem esmorecer e acreditando no potencial do ser humano; por outro lado deve-se considerar que para se obter sucesso neste desafio, torna-se indispensável uma forte parceria entre escola, família e comunidade.

Dentre os fatores ambientais, a escola destaca-se como uma instituição que pode compensar ou não as deficiências dos educandos. Segundo Fernandez (1990), é fundamental reconhecer a importância da prevenção, diagnóstico precoce e intervenção psicopedagógica para minimizar as dificuldades de aprendizagem.

Para compreender a patologia do não aprender, é importante observar cuidadosamente a maneira pela qual as pessoas se relacionam dentro do contexto familiar e escolar, ou seja, como se dá interação entre família e escola e as conseqüências dessas relações. É importante identificar o tipo de vínculo existente entre a criança e a comunidade escolar, e entre esta e a criança, bem como da interação existente entre a família e a instituição escolar.

Alguns genitores se referem às dificuldades escolares, atribuindo a responsabilidade pela dificuldade de aprendizagem de seus filhos à metodologia inadequada do professor; ou identificam o problema como sendo decorrente de deficiência da criança, negando, inconscientemente, qualquer responsabilidade própria [1]. Ao investigar o comportamento da criança, dizem que está tudo bem, ou apontam inadequações que lhes causam angústia e ansiedade. Porém quando se elabora uma investigação mais apurada, percebe-se uma total desorganização da criança ao lado de atitudes facilitadoras dos pais, que impedem o rompimento do vínculo de dependência do filho, ou seja, os pais mantêm as estruturas psicológicas e cognitivas da criança infantilizadas. Trata-se de crianças extremamente dependentes dos genitores, imaturas do ponto de vista psicológico e afetivo, tornando-se impossibilitadas de desenvolver raciocínio lógico que lhes possibilite uma aprendizagem assimilativa, suprimindo a espontaneidade para pensar por medo de errar. Às vezes essa dependência é resultado de atitudes compensatórias dos pais, por auto culpa, rejeição ou por dependência dos próprios genitores, com dificuldades marcantes em assumir o papel de pais.

Na leitura e na escrita, não acontece o mesmo que na fala, basta salientar que dois terços da população humana não lê e nem escreve, enquanto toda população mundial fala. Portanto fica claro que a leitura e a escrita não são características genéticas da espécie humana sendo assim, sua aquisição requer esforços e a existência de um ambiente estimulante. Entretanto a leitura e a escrita não podem ser consideradas isoladas no processo de desenvolvimento da criança.
Dessa forma, este trabalho têm como tema a relação família e escola e seu desenvolvimento visa resgatar nos alunos, a auto estima-estima e o amor próprio, componentes fundamentais para desenvolvimento e manifestação do potencial que caracterizam aquela comunidade estudantil, e que no entanto não tem sido devidamente identificado, circunstância imprescindível quando o assunto se refere a formulação de políticas públicas educacionais para o desenvolvimento de comunidades periféricas.

DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
Este Estudo de Caso foi realizado em uma Escola Estadual, na cidade de Ivinhema, Mato Grosso do Sul, durante o período de 12 meses, e foram avaliadas, através da aplicação de entrevistas e questionários, famílias de crianças que estudam no do 2º e 3º ano do ensino fundamental, num universo de 60 famílias, onde há crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem como conseqüência de problemas diversos como baixa auto-estima, falta de afetividade, distúrbios neurológicos e outros distúrbios de ordem afetiva, emocional e econômica.
Foi entrevistado o corpo docente da escola, através de entrevistas e questionários, com a finalidade de obter informações relevantes sobre comportamento e vida funcional dos alunos, bem como avaliar o nível de socialização destes.
Os trabalhos de pesquisa foram realizados de forma individual e grupal, através da aplicação dos questionários durante entrevistas, bem como através de reuniões para discutir, avaliar e obter dados relevantes para a condução deste Estudo de Caso. Com a realização deste trabalho foram analisados aspectos sócio-econômicos e afetivos das vidas familiares destas crianças, cuja maioria apresentam dificuldades para obtenção de sucesso em sua aprendizagem.

RESULTADOS DA PESQUISA COM OS 3 EDUCADORES  DO 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL /IVINHEMA/MS 2007.
Foram observados que, 66,7% dos professores entrevistados, responderam que sempre a relação disciplina e emoções é um fator importante para não se obter por parte das crianças comportamentos negativos e 33,3% dos entrevistados responderam que quase sempre trabalham essa relação, não dando muita importância a mesma. Nenhum professor respondeu que às vezes  ou nunca  se preocupam com esse fator. Assim é evidente que a maioria dos professores estão desenvolvendo com mais ênfase a relação disciplina/emoções para não obterem resultados negativos no comportamento de seus alunos.
Também,  verificou-se que o total de educadores entrevistados, que corresponde a 100%, responderam que os pais quase sempre participam das reuniões sobre o baixo rendimento escolar de seus filhos. Isso evidencia-nos que a relação escola e família vem se tornando cada vez mais forte, o que vem contribuindo para tomadas de decisões no processo de ensino com maior qualidade.

Segundo o que se observa, é que 65% dos professores opinaram que sempre costumam indicar maneiras alternativas das crianças lidarem com conflitos e dificuldades, como estratégias de auto-avaliação e 35% opinaram que quase sempre não costuma indicar maneiras alternativas das crianças lidarem com conflitos e dificuldades como estratégia de auto-avaliação.

Conforme demonstrado, 100% dos professores entrevistados opinaram que às vezes a  metodologia e a estrutura das aulas variam constantemente.

No gráfico no 1 foi demonstrado que 100% dos professores entrevistados responderam que sempre  que os alunos têm dificuldades para entender o material, costumam adaptar ou modificar a maneira de apresentá-lo para que todos o entendam e possam acompanhar as atividades.

Gráfico 1: Opinião dos três Professores sobre o assunto: “Costumas adaptar ou modificar a maneira de apresentar os conteúdos para que todos os alunos entendam e possam acompanhara as atividades.”

Gráfico 2: Opinião dos três Professores sobre o assunto: “Crianças que não prestam atenção às aulas recebem algum tipo de repreensão sempre.”

Observa-se no gráfico no 2, que 100% dos professores entrevistados responderam que sempre as crianças que não prestam atenção às aulas são colocadas em outras carteiras, longe daquilo que as faz se distrair, como alguns colegas, portas ou janelas. E continuam a participar normalmente da aula.

DESCRIÇÃO DAS PERGUNTAS ABERTAS REALIZADAS AOS PROFESSORES

1)Que atividades específicas costumas realizar para melhorar a aprendizagem de teus alunos/as ?

Os professores destacaram que para realizarem a aprendizagem de seus alunos a maioria usa recursos audiovisuais, leitura, jogos, brincadeiras e muita conversação para que possam comparar os diversos tipos de escritas e muito material de apoio concreto, para estimular nas crianças uma aprendizagem prazerosa.

2)Queres agregar algo com relação à tarefa que realizas como docente do 2º e 3º ano do ensino fundamental?

Os professores gostariam de agregar um dia específico para trabalhar com jogos,..vídeos, filmes, teatros e passeios turísticos com seus alunos.

RESULTADOS DA PESQUISA COM OS 60 PAIS DOS EDUCANDOS DO 2º E 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL /IVINHEMA/MS 2007.

O gráfico n° 3 demonstra o resultado da pesquisa de opinião dos sessenta pais e mostra que 76,7% dos pais entrevistados opinaram que sempre a responsabilidade educacional escolar não é exclusivamente do professor, mas da relação existente entre a família e a escola; 10% dos pais entrevistados opinaram que quase sempre a responsabilidade é exclusivamente da família, enquanto 10% dos pais opinaram que às vezes a família é o segmento responsável; 3,3% dos pais opinaram que nunca a responsabilidade é da família, o que evidencia que, segundo a opinião destes, a escola e os seus atores são únicos responsáveis pela educação de seus filhos.
Gráfico 3: Opinião dos Sessenta Pais sobre o assunto: “A Responsabilidade de educar as crianças não é exclusivamente do professor, mas também da família”

 

No gráfico n° 4  pode-se observar que 13,4% dos pais responderam que sempre não encontram empecilhos em deixar que seus filhos percam aula sem um motivo justo, sendo que 13,4% responderam que às vezes o permitem; fato que chama atenção é que 3,2% dos pais responderam que quase sempre deixam seus filhos se ausentarem da escola e 70% dos pais entrevistados nunca permitem que seus filhos faltem às aulas sem um motivo justo.Desta maneira, percebe-se que os pais estão se conscientizando da importância de não permitir que seus filhos faltarem às aulas sem motivos justos, o que contribui para o rendimento escola de seus filhos.
 

Gráfico 4:  Opinião dos Sessenta Pais sobre o assunto: “Permitir que a criança perca um dia de aula porque qualquer motivo que não seja causa justa”; 
 
O gráfico n° 5 mostra que 46,6% dos pais dos alunos responderam que sempre as crianças sabem os objetivos de suas tarefas; 20% desses pais responderam que quase sempre as crianças sabem os objetivos de suas tarefas, e outros 20% responderam que às vezes as crianças sabem os objetivos de suas tarefas e 1,34% dos pais respondeu que as crianças nunca sabem os objetivos de suas tarefas. Isso demonstra que ainda há carência de comunicação e interação entre professor e aluno; haja vista que menos da metade dos alunos sempre sabem o “porque” de seus deveres de casa.

Gráfico 5: Opinião dos sessenta pais sobre o assunto: “As crianças sabem os objetivos de suas tarefas escolares”.
 
No gráfico n°6 observa-se que 66,6% dos pais dos alunos responderam que sempre costumam elogiar seus filhos quando os mesmos se comportam bem; 13,4% dos pais responderam que quase sempre costumam elogiar seus filhos quando se comportam bem; 15% dos pais opinaram que às vezes costumam elogiar seus filhos quando se comporta bem e 5% dos pais nunca costumam elogiar seus filhos quando se comportam bem.
Assim, percebe-se que os pais estão se conscientizando da importância de seu papel na educação de seus filhos, haja vista que esse “elogio” pressupõe a existência de diálogos entre pais e filhos, o que facilita o interesse da criança pela aprendizagem.

Gráfico 6: Opinião dos Sessenta Pais sobre o assunto: “Costuma elogiar seus filhos quando se comportam bem”. 

Também foi observado a opinião dos sessenta pais sobre o assunto: “As opiniões de seu filho são levadas em consideração” e 45% dos pais dos alunos responderam que sempre levam em consideração as opiniões de seus filhos e sentem  que podem aprender com eles; 38,3% dos pais responderam que quase sempre levam em consideração a opinião de seus filhos e que sentem que podem aprender com eles; 13,3%  dos pais responderam que às vezes  consideram as opiniões de seus filhos e sentem que podem aprender com eles e 3,4% dos pais responderam que nunca as opiniões de seus filhos são levadas em consideração e nunca sentem que podem aprender com eles. Esse resultado demonstra que tem havido melhoria significativa na relação entre pais e filhos, fato que tem ocorrido em decorrência da influência da escola, que através dos educadores, durante as reuniões pedagógicas, sempre chamam a atenção para a importância da valorização dos conhecimentos adquiridos pelas crianças , e levados até a família.
A opinião dos sessenta pais sobre o assunto: “As crianças participam abertamente das reuniões familiares” também foi coletada e observou-se que 56,6% dos pais entrevistados responderam que sempre costumam fazer reuniões em família para estabelecer responsabilidade e organizar as tarefas; 18, 4% dos pais responderam que quase sempre costumam fazer reuniões em família; 23,3% dos pais responderam que às vezes costumam fazer reuniões em família para estabelecerem as responsabilidades e organizarem as tarefas e 1,7% dos pais responderam que nunca costumam fazer reuniões em família para estabelecer responsabilidades e organizar as tarefas de cada um.
Esse resultado demonstra que existe uma organização familiar, e que esta deve ser respeitada pela Escola e por outras instituições da comunidade; haja vista que essa organização acontece em virtude da necessidade de sobrevivência, uma vez que os pais, em sua grande maioria, trabalham como diaristas, dividindo a responsabilidades domésticas com os filhos.

CONCLUSÃO
Ainda há quem duvide que o poder do exemplo dos pais na educação dos filhos reflita na educação destes. É imprescindível que se tenha coragem e percepção para romper com padrões negativos que possam interferir no relacionamento entre pais e filhos. Com o propósito de criar filhos felizes, saudáveis e ajustados demanda-se atitudes equilibradas e mais conscientes por parte dos pais, por que estes representam modelos de comportamento social que irão se refletir na formação da personalidade e do caráter destes jovens, pois as crianças procuram exemplos em seus pais, professores e líderes sociais como forma de orientação, direcionamento e compreensão da realidade social em que estão inseridas. É comum confundir-se AMAR e EDUCAR, a junção destas práticas, no lar e escola, interfere positivamente para o processo de aprendizagem, contribuindo para concretizar atitudes mais saudáveis e corretas do ser humano: o amor por si mesmos e pelas pessoas. O amor, como fonte natural de energia proporciona saúde paz, equilíbrio e vida mais longa.
Recomenda-se que a escola direcione seu trabalho, assumindo o papel de fonte de valores que contribuem para a construção e revitalização da unidade familiar, ao invés de destruí-las, construindo propostas de ensino que libertem o educando, despertando-o para o desenvolvimento de sua plena potencialidade. É fundamental que o educador tenha coragem suficiente para resgatar, compreender, valorizar e relatar  sua própria história  para que os alunos, espelhando-se nos exemplos de seus mestres,  aprendam a construir e respeitar  sua história de vida. Sugere-se que a relação existente dentre família e escola seja mais acentuada, pois a intensificação  desta integração se desenvolve a partir desta ação conjuntiva e ativa, ajudando a contribuir para a segurança e melhoria no desempenho escolar. Recomenda-se também que o acompanhamento psicológico seja feito de forma integral, dispondo-se de assistência psicológica na escola em tempo integral, propiciando acompanhamento e apoio a toda comunidade escolar.
Recomenda-se, também a construção de uma escola diferenciada para uma clientela que possa passar mais tempo na instituição, onde as crianças possam interiorizar mais valores, de forma que esta intensificação de interação de valores entre corpo docente e discente viabilize a solidificação, fortalecimento e interação priorizando os laços familiares, de forma que o educando esteja melhor preparado para exerce sua plena cidadania preparado para atuar como agente de transformação dentro da família,  que por sua vez deve ser revitalizada, pois é o núcleo onde se inicia a educação e transformação social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1)CHAMAT, J.S.L; Relações Vinculares e Aprendizagem: Um Enfoque Psicopedagógico. Vetor Editora Psico-pedagógica LTDA.p.15-95.1997.
2)MILICIC. N. Abrindo Janelas. Editora Psy II p. 70-73. 1994.
3)FERNANDEZ, A. A Inteligência Aprisionada: Abordagem Psicopedagógica Clínica da Criança e sua Família. Editora Artes Médicas Sul LTDA. p.261. 1990.
4)PAIN, S. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Editora Artes Médicas Sul LTDA.p. 86. 1992.
5)MACLEOD, T. O ciclo de vida da rã. Blumenau /SC: Copyright, 1996.
6)DICIONÁRIO MINI AURÉLIO Editora Nova Fronteira. 2000.

Publicado em 18/04/2008 16:20:00


Sebastiana Fátima Palermo Mendes – Pedagoga formada pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Presidente Venceslau-SP com Especialização em Metodologia da Educação Infantil e das Séries Iniciais do ensino fundamental  pela Faculdades Integradas de Fátima do Sul-MS. 

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