A APRENDIZAGEM NO CONSTRUTIVISMO
Sebastiana Fátima Palermo Mendes
RESUMO
Existe certo consenso de que a educação deva promover o desenvolvimento integral das pessoas e sobre a aprendizagem de determinados conteúdos da cultura necessários para que elas sejam membros da abordagem sócio-cultural de referência. Mesmo assim, problemas aparecem quando se trata de explicar o que se entende por desenvolvimento e aprendizagem e quais são as relações entre os dois processos. A psicologia da aprendizagem trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação. O construtivismo é uma teoria que tenta explicar esse processo de aprendizagem estudando as relações entre o indivíduo e o meio.
UNITERMOS: Construtivismo, aprendizagem, escola
SUMMARY
There is a general agreement that education ought promote personal complete development as well as promote the development of certain areas of knowledge, so that people can be prepared do assume their papers as reference members in regard to social and cultural affairs. Even though, there is some difficulties when it’s supposed to explain the meaning of learning and development and the relations concerning these two affairs. Learning Psychology studies the mechanism by which people understand, learn, recall, and think about the information. Constructionism is a theory which tries to explain the process of learning through the investigation of the relationship between the individual and the environment.
KEY WORDS:. Constructionism, Learning, School.
INTRODUÇÃO
Construtivismo é uma das correntes empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do principio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio (Carretero, 2002). A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento de forma cada vez mais elaborada (Taille, Oliveira e Dantas, 1992). Dessa forma pode-se dizer que o conhecimento consiste numa reestruturação de saberes anteriores, mais que na substituição de conceitos por outros. A passagem de uma didática centrada na transmissão do conhecimento para outra baseada na sua construção não nasce de um dia para outro. Assim, as abordagens construtivas para qual contribuíram os trabalhos de Piaget, Ausubel, Vygotsy e Bruner tem denominado a investigação nos últimos anos sobre o construtivismo e a aprendizagem. Fonost 1999, salienta que Piaget deu sua contribuição para o construtivismo, ao salientar o processo dinâmico e auto- regulador de que se reveste o equilíbrio que permite adaptação e organização, crescimento e mudança. Existe certo consenso de que a educação deve promover o desenvolvimento integral das pessoas e sobre a aprendizagem de determinados conteúdos da cultura necessários para que elas sejam membros da abordagem sócio-cultural de referência.
Primeiramente, é necessário considerar que o processo de aprendizagem se inscreve na dinâmica da transmissão da cultura, que constitui a definição mais ampla da palavra educação , e que não diz respeito só à criança, mas também a família e as instituições que ensinam. Mesmo assim, problemas aparecem quando se trata de explicar o que se entende por desenvolvimento e aprendizagem e quais são as relações entre os dois processos.
Segundo Piaget 1978, o equilíbrio oscila entre dois pólos: assimilação e acomodação, portanto, a assimilação e a acomodação são, pois, os motores da aprendizagem. A adaptação intelectual ocorre quando há o equilíbrio de ambos. Franco 1998, destaca a necessidade de substituir um saber estático por um conhecimento dinâmico realçando o papel da contradição e do erro na construção do conhecimento. Enquanto Ausubel 1980, baseia-se na idéia de que para que ocorra a aprendizagem, é necessário partir daquilo que o aluno já sabe. Ele preconiza que os educadores devem criar situações didáticas com a finalidade de descobrir esses conhecimentos, que foram designados de conhecimentos prévios.
Isso evidencia que em sua teoria Ausubel investiga e descreve o processo de cognição segundo uma perspectiva construtivista. Esta teoria ficou conhecida como teoria da aprendizagem verbal significativa, por investigar o papel da linguagem verbal.
A partir desse contexto, observa-se que no construtivismo a noção central é a de que a compreensão e a aprendizagem são processos ativos, construtivos, generativos e de reorganização. As palavras do professor não ficam simplesmente gravadas diretamente na mente dos alunos, pois elas agem depois de serem implementadas por eles ( Franco , 1998).
A contemporânea teoria construtivista da aprendizagem reconhece que as crianças são agentes ativos que se comprometem com a construção do seu próprio conhecimento, integrando a nova informação no seu esquema mental e representando-a de uma maneira significativa O paradigma construtivista conduz a compreender como a aprendizagem pode ser facilitada através da realização de determinados tipos de atividades atraentes de construção. Segundo Gardner 2000, uma forma de integrar os princípios construtivistas nas salas de aula é através da realização de projetos. O seu desenvolvimento, envolve a observação da vida extra-escolar, propiciando aos alunos a oportunidade de organizar os conceitos e habilidades previamente estabelecidas, utilizando-os ao serviço de um novo objetivo ou empreendimento. Um elemento crucial da participação ativa de atividades colaborativas é o dialogo nas experiências partilhadas, indispensável para suportar a negociação e a criação da significação e da compreensão.
CONCLUSÃO
Pode –se concluir que para alguns teóricos como Piaget, Vygotsky, Bruner e Ausubel construtivismo é uma teoria, que procura descrever os diferentes estágios pelos quais passam os indivíduos, no processo de aquisição de conhecimentos, de como se desenvolve a inteligência humana e de como o individuo se torna autônomo. Em busca de descobertas feitas pelas teses construtivistas, muito se tem escrito sobre como se poderia ser o processo de ensino fundamentado nessa teoria, há várias críticas sobre o construtivismo que advêm de uma tradução feita por alguns educadores para a pedagogia, objetivando justificar a adoção de determinados procedimentos no ensino.
Assim, essa teoria não é remédio miraculoso, nem instância normativa pedagógica para os problemas que afetam o ensino, de modo que a introdução de novas tecnologias como o uso de computadores nas escolas, não resolvem por si a situação da educação. Nesse sentido, tem-se que recordar a existência de diferentes posturas teóricas sobre um mesmo objeto de conhecimento e que a ação-reação deve sempre estar baseada em um processo de reflexão fundamentado criticamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.AUSUBEL, David Paul, Novak, Joseph e Hanesian, Helen. Psicologia Educacional, Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
2.BRUNER, Jerome. Uma nova teoria de Aprendizagem. Rio, Bloch; Brasilias, INL, 1975.
3.FIALHO, Francisco ª P. Introdução ao estudo da Consciência. Curitiba: Gêneses, 1998.
4.FOSNOT, C.T. Construtivismo e educação.Lisboa:Instituto Piaget.1999.
5.GARDNER, H. Estruturas da Mente: A teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul 1994. In: Inteligência : Um Conceito reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.
6.PIAGET, J. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar. 1978.
7.VYGOTSKY, L.S.A> A formação social da mente. 6? edição. São Paulo: Martins Fontes. 1998.
Publicado em 05/03/2008 15:26:00
Sebastiana Fátima Palermo Mendes – Pedagoga formada pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Presidente Venceslau-SP com Especialização em Metodologia da Educação Infantil e das Séries Iniciais do ensino fundamental pela Faculdades Integradas de Fátima do Sul-MS.
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