3383 Aplicacao Dos Contos De Fadas No Espaco Psicopedagogico 2

O importante de desenvolver esse estudo é que através dos contos de fadas, conseguimos identificar os conflitos vividos que vão espelhar em  dificuldades cognitivas, emocionais.

Resumo

O importante de desenvolver esse estudo é que através dos contos de fadas, conseguimos identificar os conflitos vividos que vão espelhar em  dificuldades cognitivas, emocionais.  O conto de fadas é um instrumento que liga a fantasia a realidade. Dessa forma aprendizagem escolar representa a oportunidade de resolver conflitos internos. Os contos de fadas no espaço psicopedagogico, no processo de aprendizagem das crianças, que pode favorecer desenvolvimento infantil, visando um novo olhar sobre a infância.  A simbologia dos contos e essencial, pois a criança se compara com  personagens buscando conhecer a si própria, ficando confiante em si mesma. Para que a criança desenvolva o hábito da leitura é necessário utilização de recursos que facilitem o processo ensino/ aprendizagem, mesmo que não saiba ler , sua imaginação entra em contato com esse mundo maravilhoso que são os contos , a criança escuta a história ,faz com que  desenvolva sua compreensão da idéias percebidas durante  a leitura do texto, fazendo com que a criança compreenda o que esta lendo ,incentivando aspectos que dizem respeito ao seu potencial criativo. A aplicação dos contos de fadas no espaço psicopedagógico deve ser uma atividade prazerosa onde envolva o aluno. Utilizando deste material para auxiliar a criança, cada conto tem um valor pessoal. As crianças se sentem atraídas pelo maravilhoso mundo do conto de fadas, esse fascínio se deve aos contadores de histórias que difundiram essas narrativas, que através dos séculos, contribui para formação de varias gerações.

Introdução

    A pesquisa bibliográfica apoiou toda elaboração desta pequisa, teve como base os contos de fadas no espaço psicopedagogico, no processo de aprendizagem das crianças, que pode favorecer desenvolvimento infantil, visando um novo olhar sobre a infância. O importante de desenvolver essa pesquisa e, que através dos contos, conseguimos identificar os conflitos vividos que vão espelhar em suas dificuldades cognitivas, emocionais.  Os sentimentos como medo e angústia ¸para que a criança possa enfrentar seus problemas. Os contos são de grande importância na construção da personalidade, por meio do processo de assimilar os contos. Esse conhecimento e acolhido pela criança de maneira natural.     Pois os contos são de grande aceitação do público infantil, e conhecendo os diferentes tipos de contos, uma leitura de maneira criativa, ligando a leitura ao prazer de aprender.

      O conto de fadas é um instrumento que liga a fantasia a realidade. Dessa forma, aprendizagem escolar representa a oportunidade de resolver conflitos internos. A simbologia dos contos é essencial, pois acriança se compara com as personagens buscando conhecer a si própria, ficando confiante em si mesma. Para que a criança desenvolva o hábito da leitura é necessário utilização de recursos que facilitem o processo ensino / aprendizagem, mesmo que não saiba ler, sua imaginação entra em contato com esse mundo maravilhoso que são os contos.  A criança que escuta a história ou está lendo, desenvolve a compreensão das ideias percebidas durante a leitura do texto, incentivando aspectos que dizem respeito ao seu potencial criativo. A leitura dos contos de fadas estimula suas fantasias, satisfazendo seus desejos internos, contribui para sua formação, e desenvolvimento infantil saudável, também concede ao leitor a possibilidade de desabrochar suas capacidades intelectuais, a imaginação e questionar o mundo em sua volta.

    O psicopedagogo deve analisar a fase da criança para iniciar os contos de fadas como estratégia de desenvolvimento da aprendizagem, estimulando assim sua imaginação e compreensão. Assim ocorrerá a contribuição dos contos de fadas para o processo do desenvolvimento infantil. Aplicando os contos de fadas no espaço psicopedagogico para desenvolvimento cognitivo e emocional. O habito da leitura vai despertar na criança a curiosidade e estimular o gosto da leitura, quanto mais cedo a criança tiver contato com os livros e perceber o prazer que a leitura produz

Os contos de fada

    A pesquisa apresenta como trabalhar dificuldades da aprendizagem, utilizando os contos de fadas por meio psicopedagógico. Os contos fazem com que os alunos expressem seus sentimentos, traumas e sofrimentos que refletem na sua historia de vida. A escola é espaço social, onde o estudante adquirir conhecimento, e modelar sua personalidade. Antes de entrar na escola, a criança traz consigo uma bagagem emocional.

    Segundo Bettlheim (1980, p.11) “[…] tem que estimular a sua imaginação; tem que ajuda- la a desenvolver o seu intelecto e esclarecer as suas emoções …”. Para que a criança desenvolva o hábito da leitura é necessário utilização de recursos que facilitem o processo ensino/ aprendizagem , mesmo que não tenha habilidade de leitura, sua imaginação entra em contato com esse mundo dos são os contos de fadas, a criança escuta a historia ou esta lendo, e isto promove o  desenvolvimento, de sua compreensão da ideias percebidas durante  a leitura do texto, fazendo com que a criança compreenda o que esta lendo e simultaneamente incentiva os aspectos que dizem respeito ao seu potencial criativo.

    Estimulando suas fantasias, satisfazendo seus desejos internos, ambiente agradável para contribuir para sua formação, desenvolvimento infantil saudável. Essa experiência de vida, vivenciada em seu lar, experiências positivas ou negativas, onde vai ser modelando sua personalidade seu caráter na infância, refletindo no ambiente escolar. O conto de fada concede ao leitor a possibilidade desabrochar suas capacidades intelectuais, a imaginação e questionar o mundo em sua volta. 

    A autora Lima (2000, p.03) “… os contos de fadas, ao permitirem à criança apropriar-se de seus conteúdos internos, ainda que inconscientemente, permitem também a resolução de questões cognitivas… ’’. A criança quando houve interioriza mesmo que inconscientemente, ouve varias vezes historia a mesma e vivencia junto com os personagens, vivendo a emoção comparando com ela, portanto contribui para a imaginação , a historia é transmitida de maneira pela qual a criança guarda apenas o que deseja, formando sua personalidade, marcada pelo encantamento, desenvolvendo suas emoções através da leitura onde vai entrar no mundo encantado dos contos de fadas, buscando resolver seus conflitos. 

     BETTELHEIM (1980, p.56) menciona que “Como toda grande arte, os contos de fadas tanto agradam como instruem; sua genialidade especial é que eles o fazem em termos que falam diretamente às crianças”. Nesse sentido, o valor dos contos de fadas, na construção aprendizagem em crianças com dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita, construindo o conhecimento, na escolha dos contos de fadas. Na construção do conhecimento e no desenvolvimento afetivo levam construção do caráter e o cognitivo diz respeito inteligência. Fazendo com que a criança desenvolva leitura e o interesse maior no contato com livros. Ler e contar histórias são forma de incentivar aspectos que dizem respeito ao potencial criativo. Os contos mostram a criança o caminho para sua própria identidade e desenvolve ainda sua imaginação. Bettelheim (1980, p.03) afirma que: “O valor do conto de fadas para a criança é destruído se alguém retalha… Todos os bons contos de fadas têm significados em muitos níveis; só a criança pode saber quais significados são importantes para ela no momento.”

            Nos contos, as experiências emocionais da infância são marcadas pelo simbolismo, refletindo nas habilidades da leitura e escrita na fase da alfabetização, o psicopedagogo deve focar no lúdico, onde o simbólico vai construir habilidades do aluno.

 A origem dos contos

    A origem dos contos data século 4000ac no Egito era conhecida forma popular e oralmente. Os romanos levaram para a Europa esses contos maravilhosos no século VII. As fadas surgiram apenas no século IX, somente no século XIX surge na Europa, escrito em latim conto As Mil e Uma Noites do mundo árabe.

    Dificilmente um conto surge do nada, influenciado por outras culturas e tradições vai modificando e introduzindo novos elementos no conto, novos valores na sociedade da época.

Von-Franz (1985, p.18) afirma que:

Antigamente, até mais ou menos o século XVII, os contos de fadas não eram destinados apenas às crianças, mas também aos adultos das classes mais baixas da população como lenhadores e camponeses, divertindo-se suas mulheres a ouvi-los enquanto fiavam.

 

          Os contos não eram historias infantis, nas gerações antigas a criança era vista como um mini adulto, não tinha importância, valor próprio na cultura, a infância não importância.  Eram contos cruéis que tinham o poder de estimular o inconsciente dos jovens e adultos, quem contava sempre era pessoa mais sábia, para passar os valores morais, os contos ensinavam ter cuidado com estranhos, passavam medo e se impunham.

           Alguns autores que recontaram os contos acabaram tirando a magia original dos contos, portanto devemos resgatar o valor nas escolas e na família através estimulo da leitura. Os contos vão prevenir as crianças dos perigos, vem tradição camponesa. Os irmãos Grimm (Alemanha século XIX), suavizam os contos de Perrault, criando novas histórias para o publico infantil e foram eles que introduziram frase “foram felizes para sempre” já Andersen incluiu contos populares.

           Assim os contos de fadas educam deste a sua origem, sempre influenciando na infância atualmente. Conforme o tempo passou os contos sofreram adaptações culturais dos povos. Distinguem-se das demais historias pela magia, pelo herói, onde os personagens enfrentam grandes desafios, com seu surgimento na França e Alemanha no final do século XVII, escritores como Perrault e os irmãos Grimm.  Perraut mostra mais o lobo e a bruxa enquanto os irmãos Grimm, seus contos tem madrastas malvadas, bruxas, e feras entre outros. Estes registraram as historias no original com lições de moral no final.

        O pai da literatura infantil Hans Christian Andersen (1805-1875), personagens como crianças com brinquedos que ganham vida. A educação moral sutilmente era introduzida no lar e conduzia o comportamento dos jovens e adultos. Os contos modernos já não trazem problemas existenciais, que devem ser trabalhado na infância, o conto deve divertir a criança  regatar a infância , prender a atenção  dela e despertar a sua curiosidade ,mas para enriquecer sua vida , estimular a imaginação .  O habito da leitura começa em casa, aperfeiçoa-se na escola, ouvindo, desde cedo a criança desenvolve melhor o seu vocabulário e sua leitura.

A infância

         Nos contos, as experiências emocionais da infância são marcadas pelo simbolismo, refletindo nas habilidades da leitura e escrita na fase da alfabetização, o psicopedagogo deve focar no lúdico, onde o simbólico vai construir habilidades do aluno. Lima, (2003) afirma que: “As histórias infantis como referências simbólicas a essas questões inconscientes constituem um importante instrumento psicopedagógico, uma vez que remetem ao sonho, à fantasia e iluminam o ser humano no que lhe é próprio: a capacidade de sonhar e simbolizar.”

        Crianças com dificuldade de aprendizagem, onde envolve seu desenvolvimento mental, vida afetiva, relações sociais, como explica Chamt (2006, p.15) “O aspecto afetivo, apesar de amplo, dificulta muitas vezes o crescimento do pensamento por causa do conflito oriundo do desejo de liberdade e de ser aceito pelo adulto.” Sendo influenciando por  sua realidade , afetividade, cognição e o social.

             O desenvolvimento saudável da criança no meio em que vivem, em seu cotidiano, os sentimentos faz parte da vida, é bom que elas aprendam a lidar com eles o quanto antes. Os contos ensinam também como enfrentar a perda e a angustia, sempre a uma fada para ajudar, alguém com bom coração, onde vão aprender a cultivar a esperança e o amor.

A simbologia nos contos de fadas 

    O conto dos Três Porquinhos simboliza o progresso do homem na historia, os três são apenas uma só pessoa. Já em Chapeuzinho Vermelho trata angustia e dificuldade precisa libertar fase amamentação, ir além do lar, a cor vermelha do capuz simboliza as emoções violentas e sexuais, ela encontra em si própria os perigos, domina o lobo, todo o elemento do conto tem um significado bem pessoal, trabalha transição da infância para pré – adolescência, ela precisa aprender lidar consigo mesma.

     Segundo Von Franz (1985, p. 40) “A criança é isso, essa capacidade absolutamente espontânea, que há na pessoa, de salvar uma situação.” O conto é o guia das crianças, ela endente o que passa no conto, não precisamos dizer, ela conquista sozinha, seus desejos rumo a dependência emocional, claro como dizia Bettelheim (1980, p.11 ) “ Hoje as crianças não crescem mais dentro da segurança de uma família numerosa , ou integra .” 

    No conto branca de neve, ajuda criança separar a primeira fase da infância, portanto não menciona nada nos contos, mas inconscientemente a criança passa por conflitos entre mãe e filha, apenas com a adolescência, onde ela vai desenvolver, criança foca no herói, identifica com ele, vivencia seus problemas.

    O conto ensina que ser adolescente, não quer dizer amadurecimento emocional para vida adulta, a moral da historia que a paixão descontrolada deve ser cortada, que a paz interior deve ser construída aos poucos, seguindo o curso normal da vida.

     Kast (2006, p.52) afirma que: “Para uma garota se tornar autônoma, ela precisa se separar da mãe e encontrar sua própria relação com o masculino interno e externo.” Em João e o pé de feijão (Fase Fálica), mais voltada para meninos, pois trata de transformar um menino em um homem adulto, para enfrentar a realidade da sua idade.

     Lima (2003) ressalta que:

“Simbolizar é sentir a perda. É olhar e substituir o objeto perdido por outro. Daí a importância do estudo da função simbólica na psicopedagogia, uma vez que, para que ocorra a aprendizagem é necessário perder um objeto para então ganhar e apropriar-se de outro. A vida também é uma troca. Quando substituímos, simbolizamos e então amadurecemos.”

    Devemos saber escolher o conto de acordo com faixa etária, esses são elementos que fazem parte para saber qual o tipo de conto devemos usar , quando contamos, historias para as crianças mexemos no interior delas. Compreender o processo de aprendizagem dela, no cotidiano escolar¸ escolar integrando valores, pois será benéfico para ela, transformando de forma saudável, e ensinando limite, através da moral e ética, o conto regata isso, envolvem o desenvolvimento da cognição.

    Segundo Chamat (p.15, 2006) “No final dessa fase há um aumento gradual cognitivo que influencia sua leitura do real, os conteúdos afetivos, sociais e sua foram de agir no mundo.” A disciplina e a moral regulam conduta, crianças precisam de limites, receberem uma responsabilidade, portanto vai fazer com que conheça porque a criança não aprende, o que impede seu desenvolvimento cognitivo, utilizando os contos de fadas como instrumento nesse processo psicopedagogico.

 A visão são psicanalítica dos contos de fadas

    Os contos trazem conflitos relacionados com o cotidiano do ser humano. O herói passa por diversas provas e essas devem ser realizadas por eles mesmos.

     Segundo Bettelheim (1980: 173) “a única foram de nos tornamos nos mesmos é através de nossas próprias realizações ’’.O resgate da magia nos contos de fadas deve acontecer, nos dias atuais buscando a infância perdida .Contudo a importância dos contos de fadas para os sentimentos infantis para encontrarem e formarem  sua identidade .

    Bonaventure afirma que (1992, p.41) “Essa atividade de retomar as imagens dos contos, dos sonhos, das fantasias, sem duvida não traz um rendimento imediato. Parece até uma atividade ridícula, meio infantil e repetitiva…” O importante e despertar o desejo a curiosidade pela riqueza de conteúdo dos contos de fadas. Mais do que isso, mostrar que não precisa de nenhuma capacidade especial. Além do encantamento, influenciando as crianças a encontrar com seu ser psicológico e emocional, por meio da imaginação e do simbólico.

    Para Von Franz, (1990, p. 9) nos mitos, nas lendas ou em qualquer outro material mitológico mais elaborado, atingimos as estruturas básicas da psique humana através de uma exposição do material cultural. Mas, nos contos de fadas, existe um material cultural consciente muito menos específico e, conseqüentemente, eles espelham mais claramente as estruturas básicas da psique.

Estruturas da personalidade

    Os três componentes que constituem a personalidade: Id, Ego, Superego. A psicanálise é um campo clinico e de investigação teórica desenvolvido pelo Sigmund Freud, que propõe à compreensão e analise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente. A maioria dos contos e de expressão simbólica, ora retrata figura do pai ou da mãe, quanto familiarizam com o conto compreende, que são na vida real.  Freud  (1925, p.355)  reconhece que :

    Não é surpreendente descobrir que a psicanálise confirma nosso reconhecimento do lugar importante que os contos de fadas populares alcançaram na vida mental de nossos filhos. Em algumas pessoas, a rememoração de seus contos de fadas favoritos ocupa o lugar das lembranças de sua própria infância; elas transformaram esses contos em lembranças encobridoras .

     Sendo assim, visão psicanalítica dos contos de fadas e capaz de revelar uma nova idéia sobre algo que já nos parece tão familiar, a psicanálise contextualiza melhor cada conto e nos ajuda a entender por que razão os símbolos auxiliam as crianças nos conflitos, por que passa no inicio de sua vida escolar, com o processo aprendizagem. O mundo imaginário da criança estrutura tudo que a vida cotidiana não pode lhe dar.

     Segundo Carvalho (1987, p. 11) “Tirar da criança o encanto da fantasia (…) é sufocar e suprimir toda a riqueza do seu mundo interior”.  Toda criança tem direito de ser feliz, realizar seus sonhos, brincar e ouvir historia, pois sua imaginação e um campo fértil a ser cultivado com valores da realidade.

Conflitos e sentimentos

            O conto de fadas trata de uma realidade coletiva e individual que faz parte de nossa vida inteira. Uma realidade mágica mostra situações fantásticas, vai construindo a estrutura e a identidade da criança a partir de suas experiências com os contos de fadas. Conforme Bonaventure (1992, p. 37) “Depois de ler o conto a primeira vez, sentimos necessidade de a relê-lo para penetrar melhor em sua riqueza.” Assim a criança envolve totalmente e sua imaginação capta as mensagens. Ela aprende a desenvolver sua segurança pessoal e aprende lidar com conflitos externos e internos.

        Portanto Kast (2006, p.10) “A utilização ativa, da pintura, do desenho, ou reflexão sobre os contos são métodos igualmente importantes para permitir que eles estimulem nosso crescimento emocional.”

            O conto possibilita a entrada no universo lúdico, infantil por um caminho natural , que constrói , tendo oportunidade de lidar com sentimentos e emoções, que tranqüiliza estar em harmonia consigo mesmo na escola onde vai refletir na dificuldade da aprendizagem. Deve estimular o cognitivo, tornando crianças mais felizes com suas emoções.

            Von Franz (1985 p. 73) enfatiza que “pois ele afetivamente busca algo que é simbólico, e sua busca esta somente na projeção exterior.” e tornar clara suas emoções, sentimentos.

        Os contos tradicionais continuam a oferecer um riquíssimo cenário, conflitos entre mãe e filha, ao longo do tempo, pois expressam os sentimentos, e reúnem as principais necessidades humanas, individuais de cada pessoa, integrando com seu mundo emocional.  O medo faz parte de nossa vida, e o equilíbrio para desenvolvimento humano, possibilitando construção de limites, permitindo imaginar caminhos para sairmos dele.

Traumas e dificuldade

            Bonaventure ( 1992, p. 123) reconhece que “ crescer é viver seu destino , nos dizem os contos , passar por momentos de conflitos externos e internos, perdas e confrontos difíceis; mas no fim acaba-se encontrando o tesouro que enriquece o resto da vida .”

            Os contos de fadas aproximam do cotidiano das crianças, dos seus problemas ,estes se colocam no lugar das personagens da historia ao qual se identificam , mostrando suas dificuldades e traumas. A partir dai fornecer respostas aos problemas que a criança com dificuldade esta passando no momento, as ansiedades infantis e visões do mundo vão refletir na aprendizagem escolar.

        Bettelhein, (1980, p. 18) afirma que: a criança está sujeita a sentimentos desesperados de solidão e isolamento, e com freqüência experimenta uma ansiedade mortal. Na maioria das vezes, ela é incapaz de expressar estes sentimentos em palavras, ou só pode fazê-lo indiretamente: medo do escuro, de algum            animal, ansiedade acerca de seu corpo “

      A formação humana e psíquica esta relacionada com desenvolvimento infantil. Oferecendo criança abertura para conviver e lidar com traumas e dificuldades para que sinta segura par enfrentar as dificuldades na sua família ,na escola depois de resolvidos os conflitos possa através da leitura ampliar  seu conhecimento, assim comunicando com mais facilidade através do pensamento mágico da criança.

      Segundo Coelho  (1987, p.13) “Ou melhor, trata-se sempre do desejo de auto-realização do herói (ou anti-herói) no material âmbito socioeconômico, através da conquista de bens, riquezas, poder etc. Geralmente, a miséria ou a necessidade de sobrevivência física é o ponto de partida para as aventuras da busca. …”

       Através dos mais diversos sentimentos a criança constrói seu pensamento tornando o aprendizado possível, uma vez que os contos são mais eficientes com acompanhamento. Pode assim superar o trauma que dificulta a aprendizagem. Os contos ensinam construir a personalidade da criança desenvolvendo na sua vida escolar e social. Beneficiando na aprendizagem, através dos contos encontram os problemas onde a criança identifica com eles. Assim descobrem seus conflitos internos a partir dos personagens que no desenrolar da historia vão sendo resolvidos. O psicopedagogo é um canal entre o conto e a criança no trabalho afetivo, ajudando superar seus problemas interiores possibilitando que o cognitivo possa desenvolver.

  A contribuição da psicopedagogia na aplicação dos contos de fadas

      E uma atividade prazerosa , envolve o aluno , que as historias são assuntos que muitas vezes tornam real .Utilizar deste material para auxiliar a criança  , sendo único ,  cada conto tem um valor pessoal .

       Jung ressalta (1987, p. 61) que:’’ O sentimento de acordo com esta definição não é uma emoção.O  sentir, na significação que dou a palavra (como pensar), é uma função racional (isto é, organizadora) …”

        A psicopedagogia tem como foco problema de aprendizagem. A linguagem do simbólico, a leitura que se faz desses conteúdos contribuem para o diagnostico como tratamento psicopedagogico, condições afetivo emocional e intelectuais da criança. A presente pesquisa visa explicar importância dos contos de fadas no espaço psicopedagogico para o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança visando seu aprendizado na leitura na escrita.  Introduzir como instrumento aprendizagem no espaço clinico e institucional. Para orientar a criança no seu amadurecimento interior, através imaginação, acreditando que os contos de fadas influenciam na sua aprendizagem.

  Aprendizagem

        O hábito da leitura vai despertar na criança a curiosidade e exemplo pelo gosto da leitura, quanto mais cedo a criança tiver contato com os livros e perceber o prazer que a leitura produz culturalmente e pessoalmente em sua vida, mais será a probabilidade dela tornar-se um adulto leitor alem de adquirir uma postura critico-reflexiva, e dos benefícios que terá na sua vida estudantil, será capaz de comentar, pensar e construir seu próprio pensamento,  seu diálogo será mais amplo socialmente.

        O conto de fada desenvolve a fantasia, favorecendo a aprendizagem ,seu desenvolvimento , o final feliz realmente pode contribuir para formação de uma criança saudável , estabelecendo diálogo após o conto , criando assim um vinculo entre o aluno.Ao se falar sobre o herói, seus problemas, a criança consegue entender e visualizar melhor seus próprios problemas. As imagens vivenciadas vão amadurecer em seu interior, tronado mais claras para serem trabalhadas.

            Machado esclarece que (1978, p.55) “mais do que qualquer outra história cujo entendimento esteja ao alcance das crianças, eles podem ajudar na compreensão dos problemas íntimos de um ser humano e em sua resolução em qualquer sociedade”.

Desenvolvimento infantil

            O desenvolvimento infantil deve papel importante dos contos de fadas que garante trabalhar o afetivo e o intelectual das crianças essas relações vão ser desenvolvidas em um processo simples de contar historias, atividade prazerosa que envolve o aluno.

Utilizando desse material  para auxilia as crianças , cada conto tem um valor conforme

            Bergmann e Bonfadini (2007): “…, acreditamos que as histórias dirigidas às crianças, incluindo os Contos de Fadas, podem proporcionar uma infância marcada pelo encantamento. Encantamento esse que comove e estimula os sentimentos.”  Oferece as crianças estimulo par pensar sobre suas dificuldades  , esperança pois o sofrimento e passageiro , produzindo reflexões e alegria. A moral nos contos , e um campo desenvolvimento no qual as relações , das crianças ,pois antigamente e atualmente continuamos , transmitindo as historias.

            Von Franz (1985 , p. 12 ) “ a sombra é tudo aquilo que faz parte da pessoa, mas que ela desconhece “ Os contos são um mistério que sempre vai haver algo par descobrir,pois é a própria identidade humana a ser desvendada . 

Considerações finais

            O conto de fadas vem contribuindo imensamente através das gerações, para o desenvolvimento infantil, cognitivo e emocional, auxiliando na aprendizagem. Oferecendo possibilidade de ter contato com suas feridas seus próprios sentimentos, trabalhando seus traumas e dificuldades. Exercendo uma influencia boa na formação da personalidade. Resgatando a vida infantil, mostrando as crianças que a vida e par ser vivida, que as dificuldades existem, e podem ser enfrentadas.

            O sonho encantado existe, no coração da criança, como o amor e a esperança, sonhando esse sonho encantado que os contos mostram o caminho para direção da fantasia, brincando de ser adulto, sempre procurando fada madrinha, para ajudar a superar os perigos, onde a fantasia existe para sempre, ensinando a ser simplesmente criança.

 Referências

BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.

BONAVENTURA, J. O que conta o conto. São Paulo: Paulus, 1992.

CARVALHO, B. V. de. A literatura infantil: visão histórica e crítica. 5ª. ed., São Paulo, Global, pág. 11, 1987.

CORSO, D. & CORSO, M. Fadas no Divã, Psicanálise nas Histórias Infantis. Porto, 2006.

COELHO, N. N. O conto de fadas. São Paulo: Ática, 1987.

FREUD, Sigmund. Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago, 1925.

CHAMAT, L.S,J.  Material psicopedagigico de Avaliação :aprendizagem e nível de operatoriedade : estudo da causalidade e cotradiçao no conto  Os três Porquinhos – São Paulo: Vetor , 2006.

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LIMA, Tais. “A aplicação do Conto de Fadas Branca de Neve no espaço psicopedagógico”. São Paulo, Vetor, 2000.

MACHADO, A. M. “O labo mal vai ao analista. Aprovado.” Psicologia Atual. São Paulo, GrupoEditorial Spagat Ltda, n. 06, pág. 55, 1978.

VON FRANZ, Marie-Louise – A Individuação nos Contos de Fadas. Edit. Paulus, São Paulo, 1984.

VON FRANZ, Marie L. A Interpretação dos Contos de Fadas. São Paulo: Paulinas, 1980.

Lopes, E.R.C.C. A Importância dos Contos de Fadas na Educação… Anais do I Encontro do Núcleo de Ensino UNESP Botucatu, Nov/2010 .Disponível em : http://www.ibb.unesp.br/eventos/dialogando_sobre_educacao/artigos/A%20importancia%20dos%20contos%20de%20fadas%20na%20educacao%20infantil.pdf. Acesso em : 10/10/2017

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Flávia Aparecida Diniz Cogo, Pedagoga, pós graduação em Psicopedagogia, Universidade Estadual de Minas Gerais,.

Franciane Diniz Cogo, Licenciada em Biologia, pós graduação em Ensino de Biologia, Doutorado em Ciência do Solo, Universidade Estadual de Minas Gerais