3294 Brincar

admin37109
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O artigo proposto apresenta a discussão dos resultados adquiridos em uma pesquisa realizada com docentes atuantes na Educação Infantil, tendo como objetivo investigar a importância das brincadeiras cooperativas no processo de desenvolvimento da criança.

Resumo

O artigo proposto apresenta a discussão dos resultados adquiridos em uma pesquisa realizada com docentes atuantes na Educação Infantil, tendo como objetivo investigar a importância das brincadeiras cooperativas no processo de desenvolvimento da criança. Verificando o processo e suas dificuldades ao utilizá-lo. Aplicou-se um questionário de 10 questões, as quais foram respondidas por 16 professores. Os resultados mostraram que 7 das 10 questões obtiveram 100% de resultados positivos com relação a temática. Nas outras 3 questões que se tratavam de autonomia, identidade e do desenvolvimento ético, moral, psíquico, social e emocionais os resultados, atingiram outras totalidades. Sendo que 94% que melhora os aspectos psicológicos, de valores morais e emocionais contra 6% que se colocam contra. Para 94% dos participantes a autonomia pode ser estimulada pelo brincar cooperativo e somente 6%  discordam. E que 87% dizem que o brincar de forma cooperativa influencia na formação da identidade, quanto que 13% dizem que talvez possa influenciar. Durante as etapas desse artigo foram abordados vários pontos importantes relacionados ao uso do brincar de forma cooperativa no processo de formação da criança. Esse estudo permitiu ter uma visão de que o professor mesmo com formação inicial ou permanente sobre as brincadeiras cooperativas precisa verificar a importância de trabalhar nesse aspecto, quais são suas contribuições na aquisição do desenvolvimento ético, social, moral, psicológico e emocional da criança e acima de tudo ter interesse e disponibilidade para utilizá-lo como instrumento colaborativo no processo de aprendizado.

Palavras- chave: Educação Infantil, Brincadeiras, Cooperativas, formação, ético- social.

Abstract

The proposed article presents the discussion of the results obtained in a survey of teachers working in Early Childhood Education, and to investigate the importance of cooperatives play in child development. Checking the process and its difficulties to use it. Applied a questionnaire of 10 questions, which were answered by 16 teachers. The results showed that 7 of the 10 questions had 100% positive about the topic. In the other 3 issues that they were autonomy, identity and the ethical, moral, psychological, social and emotional outcomes reached other wholes. And 94% which improves the psychological, moral and emotional values ​​against 6% who stand against. For 94% of participants autonomy can be encouraged by the cooperative play and only 6% disagree. And 87% say that playing cooperatively influence the formation of identity, as 13% say they might influence. During the steps in this article we discussed several important issues related to the use of play cooperatively in the child’s educational process. This study allowed us to have a vision that the teacher even with initial or ongoing training on cooperative play need to check the importance of work in this regard, what are their contributions to the acquisition of ethical, social, moral, psychological and emotional child and above all have an interest and willingness to use it as a collaborative tool in the learning process.

Key words: Early Childhood Education, Play, cooperatives, training, social ethico.

1. Introdução

Ao pensar sobre esta temática, primeiramente  temos como ponto de partida a importância que o brincar tem para a criança desde a sua mais tenra infância, em outras palavras, em suas descobertas ao longo do seu percurso de adequações entre a infância e a fase adulta,  que  é o que podemos nos referir como desenvolvimento para a vida, que pode ser incentivado desde a educação infantil nas escolas, propiciando para o desenvolvimento da identidade e da autonomia, como podemos constatar no documento de Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil,(RCNEI) que os diz:

“O desenvolvimento da identidade e da autonomia estão intimamente relacionados com os processos de socialização. Nas interações sociais se dá a ampliação dos laços afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com os adultos, contribuindo para que o reconhecimento do outro e a constatação das diferenças entre as pessoas. Isso pode ocorrer nas instituições de educação infantil que se constituem por excelência, em espaços de socialização, pois propiciam o contato e o confronto com adultos e crianças de várias origens socioculturais, de diferentes religiões, etnias, costumes, hábitos e valores”. (BRASIL, 1998,p.11)

A infância muitas vezes é visto como a fase de desenvolvimento da criança é colocada de forma enfática e a priori seu desenvolvimento motor como o principal aspecto dessa fase, sendo muitas vezes ,sua autonomia e identidade deixadas em segundo plano. Mas como poderíamos definir um conceito de criança considerando que o desenvolvimento humano em seu todo é fundamental para sua formação? Com base no (RCNEI) temos uma pincelada do que vem a ser uma criança:

“A criança é um ser social que nasce com a capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. Tem desejo de estar próxima as pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente. Ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças sentem-se  cada vez mais seguras para se expressar”.( BRASIL, 1998 p.21)

De certa forma todos, direta ou indiretamente, compreendemos que a criança obtém seu aprendizado por meio do brincar, seja ele no brincar pedagógico ou simplesmente no brincar por brincar, sem nenhum significado aparente, somente para seu deleite ou satisfação própria. Compreendemos também que toda criança apesar de características de personalidade ou aspectos físicos diferentes, possuem necessidades básicas para que o seu desenvolvimento seja sadio, tais como se alimentar, ter um lar, uma família que a acolha, acompanhamento médico adequado durante seu desenvolvimento, tudo isso é previsto pela Constituição vigente e pelo ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), considerando os aspectos emocionais, físicos e porque não falar dos aspectos morais da criança, que no brincar se torna visível e essencial dentro de uma magnitude  significativa no que colocamos como desenvolvimento. Chateau mostra  que é na infância que a criança  através do lúdico, que esta reflete, descobre e interage com o mundo, assim como podemos visualizar na citação abaixo:

”A infância é, portanto a aprendizagem necessária à idade adulta. Estudar na infância somente o crescimento, o desenvolvimento das funções, sem considerar o brinquedo, seria  negligenciar esse impulso irresistível pelo qual a criança modela sua própria estátua”.(CHATEAU, 1954, p.14)

Considerando os aspectos éticos, sociais, psicológicos, emocionais e morais  em relação a criança e ao brincar,  podemos perceber no âmbito pedagógico duas formulações com relação ao brincar, o brincar de forma competitiva e o brincar de forma cooperativa, que apesar terem semelhanças como a conceituação de regras e desenvolvimento grupal, tem seus objetivos muito distintos, já que as competições promovem a interação em grupos, porém somente um do grupo é considerado vencedor, enquanto que em brincadeiras cooperativas o grupo vence com a atuação e interação de todos os componentes.

Focando então no brincar de forma cooperativa não tão falada, nos coloca em uma posição muito promissora desse desenvolvimento que apesar de não ser uma metodologia muito recente e também não muito citada dentro do meio acadêmico, se mostra em referencias de renome, que já se apropriavam dessa metodologia dentro de suas linhas de pensamento, entre outros podemos achar grande contribuição desse pensamento em Piaget, Vigotiski, White, Carvalho, Freire. Isso nos mostra que podemos abrir nossa visão para novos horizontes, no que diz respeito a uma formação e desenvolvimento ético, social, moral, emocional e psíquico da criança desde o alvorecer de sua razão.

Porém como se apropriar de uma concepção tão producente, se vivemos em uma sociedade capitalista, que apesar de apresentar uma bela fala sobre inclusão, não nos mostra muito mais do que uma sociedade competitiva, egoísta, exclusivista e cheia de exclusões? 

Quando nos deparamos com a condição da sociedade no âmbito escolar, nos são apresentados muitos conflitos e que se formos analisar, são em sua grande maioria de cunho relacional, conflitos estes que englobam, alunos, professores, direção e família, já que todos vivem e se socializam entre si. Tendo essa visão, de que forma o brincar cooperativo contribuiria para um convívio mais bem estruturado dentro da sociedade escolar? 

Dessa forma podemos situar alguns objetivos para este artigo de forma que se tornem claro durante seu desenvolvimento, sendo eles colocados de forma simples, porém de suma importância quando o assunto é o desenvolvimento ético, social, moral, emocional e psíquico da criança.

Entretanto a forma cooperativa estruturada desde a infância se mostra muito plausível em relação não somente a uma boa convivência grupal de nossas crianças, isso seria muita mesquinhez, se fossemos tão cegos ao ponto de não enxergar os benefícios que um processo contínuo de aprendizagem dessa magnitude, nos proporcionaria, já que uma convivência cooperativa grupal não só faz com que a criança se desenvolva, mas aprenda desde pequena a compreender e respeitar as regras, primeiramente das brincadeiras, posteriormente de suas vivencias em sociedade, podemos assim nos resalvar das palavras de Miranda, quando nos é colocado que não extrairíamos vantagens de um convívio grupal se o pensamento é individual, como nos resalva:

“Desde o princípio viemos num processo contínuo de aprendizagem da boa convivência em grupos… Devemos nos obrigar a buscar uma relação profícua no binômio ação/interação a fim de extrairmos daí vantagens coletivas (que acabarão por simbolizar benefícios individuais, pois se o grupo vai bem, é porque pessoalmente estamos bem)”. (Miranda p. 14)

Como então poder-se-ia introduzir uma abertura de pensamento para o brincar de forma cooperativa dentro de nossas rotinas escolares visando a inserção, inclusão, autonomia, atitudes de respeito? Ou seja, o que podemos fazer para que nossas crianças aprendam desde a mais tenra idade que o aprender a viver junto de forma harmônica é essencial dentro da sociedade? 

Seria possível essa metodologia auxiliar nossas crianças a formarem uma sociedade, isso a longo prazo, menos competitiva, mais altruísta, com uma concepção menos exclusivista e mais inclusiva, como nos discursos lindos que ouvimos? 

Ao pensarmos assim nos colocamos em uma encruzilhada de escolhas a seguir, que nos propiciarão o que já temos, uma sociedade competitiva, ou então uma nova tentativa de mudança de pensamento em relação ao que pode se tornar a sociedadfe. White nos dá um encorajamento a nos apropriarmos de tal metodologia ao falar da seguinte maneira:

“A cooperação deve ser o espírito da sala de aulas, a lei de sua vida. O professor que adquire a cooperação de seus discípulos consegue um auxílio inapreciável na manutenção da ordem. Nos serviços da sala de aula muitos…, cujo estado irrequieto acarreta desordem e insubordinação, encorajariam vazão à sua energia supérflua. Que os mais velhos ajudem aos mais novos, os fortes aos fracos; e, quanto possível, seja cada um chamado a fazer algo em que se distinga. Isso fomentará respeito próprio e o desejo de ser útil.” (WHITE, 2010, p.285)

Essas palavras nos trazem encorajamento e esperança de uma formação mais adequada aos nossos pequenos, mas estudar não é o bastante, como vemos nas palavras de visionários como Madaleine Freire que nos dá contribuições de pensamentos tão abrangentes e incentivadoras em relação a tal metodologia, nos fazendo visualizar uma forma de aprendizado tão ampla e significativa, para a atualidade e porque não dizer para as gerações futuras, se somente compreendermos o que quer dizer com a fala:

“Estudar, estudamos, conversando sozinho com o nosso outro, mas construir conhecimento é no grupo que se dá. Aprende-se em grupo porque nele se exercita nossa energia vital que nos faz amar, odiar, destruir e construir.” (CARVALHO, 2001, p. iv)  

E mesmo Zielack, citando Piaget, nos leva apensar em situações dentro e fora da sala de aula em brincadeiras ou em atividades comuns da vida cotidiana quando resalta que:

“A cooperação: na interação situacional entre alunos, professor e sala de aula, assume importância atividades e dinâmicas que ampliem as chances de sucesso dos alunos de auxiliarem-se mutuamente, isto é, cooperativamente e assim desenvolver aspectos atinentes ao conhecimento social-arbitrário. Aspectos esses sumariamente relevantes para a socialização, preparando o aluno para viver em sociedade.” (ZIELACK, 1993, p. 12)

Foi analisando esse modo de pensar que usamos como base para um trabalho diferenciado em relação a maneira que podemos vivenciar as atividades de construção e interação, desses pequenos seres humanos, que estão em formação, e oferecido a nós em confiança pelas famílias para uma continuidade na formação de seu caráter. “O espírito de cooperação, desenvolvido demonstrar-se-á uma benção por toda vida.” (White, 2010, p. 212)

Com esse intuito foram realizadas entrevistas com 16 professoras de Educação Infantil da rede municipal de ensino da zona metropolitana Oeste da grande São Paulo, com o objetivo de analisar as concepções e orientações em relação as crenças e valores no brincar de forma cooperativa e suas contribuições em relação a socialização e desenvolvimento ético social da criança desde a educação infantil.

Mostrando assim como o brincar de forma cooperativas pode influenciar na formação ético social da criança, tornando-a mais acessível para o trabalho em grupo, seja nas formações acadêmicas ou futuramente no mercado de trabalho.

2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Investigar qual a opinião docente, em relação as atividades cooperativas, e se no seu modo de pensar, elas podem influenciar na formação ético social da criança, tornando-a mais acessível para o trabalho em grupo, seja nas formações acadêmicas ou futuramente no mercado de trabalho.

2.2 Objetivos específicos

Averiguar se existem diferença entre as atividades cooperativas e atividades competitivas, na visão dos docentes, de forma a se obter uma clareza de pensamento em relação ao tema.

Analisar de que maneira as atividades cooperativas exercem influência nas escolhas das crianças durante seu desenvolvimento como ser ético social na opinião dos professores.

Indagar se as atividades de cooperação poderiam trazer mudanças significativas a sociedade, na opinião dos docentes, ao correlacionarmos essas atividades com a ética social esperada nos relacionamentos humanos.

3. Metodologia

A abordagem metodológica é do tipo exploratório, abrangendo aspectos qualitativos e quantitativos, com a intenção de coletar e discutir informações sobre a atuação de educadores no processo de aprendizagem do sujeito da educação infantil, concentrando seu foco na utilização e na importância do brincar de forma cooperativa nessa fase da vida, tendo como ponto de partida a opinião dos mesmos. Os sujeitos foram selecionados a partir da disponibilidade de tempo e aceitação da participação na pesquisa, respondendo com clareza e atenção ao questionário.

Foram escolhidos, numa amostra de conveniência, 16 professoras de Educação Infantil que atuam em escolas da rede municipal da Zona Metropolitana Oeste da grande São Paulo, que como dito anteriormente aceitaram a participação espontânea para a elaboração deste projeto de pesquisa, validando assim de forma satisfatória este projeto.

Para coleta de dados foi utilizado o questionário com 10 questões sendo 9  abertas e 1 fechada, que foram entregues  aos educadores. O primeiro contato com os participantes foi o preenchimento do Termo de Consentimento Livre Esclarecimento e a elucidação da importância da participação opinativa dos mesmos a esta pesquisa.

Os resultados foram analisados e organizados de acordo com as informações obtidas através da bibliografia consultada e da análise estatística das questões dos questionários. A interpretação final desses dados empíricos ocorreu combinando a consulta à literatura especializada com as percepções e ideias inferidas pelos pesquisadores no estudo do material coletado.

4. Análise e discussão dos resultados

Ao realizar a análise da pesquisa a primeira questão que trazia uma reflexão sobre a importância do brincar na educação infantil, se mostrou muito promissora, já que entre os professores pesquisados obtivemos 100% de aceitação dessa prática.

O brincar na rotina de aprendizagem dos educandos tem em suas concepções o valor essencial ao desenvolvimento da criança não somente em sua concepção física, mas também em aspectos mentais. O que de acordo com Rosamilha é colocar os instintos naturais das crianças como nossos aliados:

” A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo (o brincar), eis aí um artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais esse artifício, coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendo de seus instintos naturais, aliados e não inimigos”.(Rosamilha, 1979, p.77)

Verifica-se nessa segunda questão que todas as professoras, ou seja, 100% delas, saberiam diferenciar facilmente atividades de cooperação e atividades competitivas. Mas o que vem a ser cada uma delas? Para isso teríamos que conceituar cada uma delas, nos certificando se temos realmente uma concepção conceitual correta, dessas maneiras de desenvolvimento do aprendizado através do brincar.

O brincar de forma competitiva de acordo Orlick (1989) se define em que: “Em nossa própria cultura somos sitiados pela competição. Recompensando os perdedores e rejeitando os perdedores”. (p.19). Dessa forma Orlick  coloca que:

“A principal diferença entre cooperação e competição é que no primeiro todos cooperam e ganham, eliminando-se o medo do fracasso e aumentando-se a autoestima e a confiança em si mesmo. Ao passo que, no segundo, a valorização e o reforço são deixados ao acaso ou concedidos apenas ao vencedor, o que gera frustração, medo e insegurança.” (ORLICK.  1989, p.118)

Analisando outros pensamentos, podemos visualizar o brincar de forma cooperativa de forma mais clara e assim ter um esclarecimento um pouco mais abrangente do assunto, assim temos o pensamento de Falcão, que nos coloca desta forma:

 “Ao contrário da maioria dos jogos mais conhecidos, os Jogos (Brincadeiras) Cooperativos propõem a participação de todos, sem que ninguém fique excluído. Propõem que o objetivo e a diversão sejam coletivos, não individuais. Libertam os indivíduos da pressão da competição, do medo de ser eliminado e da agressão física. Possibilitam o desenvolvimento da criatividade, da empatia, da cooperação, da autoestima e de relacionamentos interpessoais saudáveis e realizadores”. (FALCÃO. 2003, p.4)

Nós utilizando ainda de um outro autor para validar o a nossa linha de pensamento, tendo assim bem definidas pela estrutura social, pois como Soler coloca tanto a competição e a cooperação não são algo natural do ser humano, mas um aprendizado:

“Competição e cooperação são definidas pela estrutura social, não nascemos competindo ou cooperando, mas sim, aprendemos a agir destas duas formas. Podemos dizer que nascemos com as duas formas, e dependendo das interações que temos durante nossa vida, potencializamos uma forma ou outra”. (SOLER, 2008 p. 47)

Com essas concepções podemos então ter uma base formada para a diferenciação dessas duas formas de desenvolvimento do aprendizado através do brincar, diversificando bem tento o que são, ou como se dá o surgimento desses dois aspectos na vivencia do ser humano.

Observa-se na terceira questão ainda, que 100% das professoras dizem compreender o que é o brincar de forma cooperativa, dando a alusão de que elas realmente se utilizam ou já se utilizaram dessa prática no decorrer de sua docência. Sendo assim, essas professoras podem se apropriar da fala de Zabalza quando ele afirma que:

Na educação infantil, o jogo (brincar) constitui a ocasião propícia para a socialização e a aprendizagem, capaz de fornecer a criança os componentes (simbólicos e materiais) necessários para conhecer, adquirir intimidade e dominar a futura cultura…”(ZABALZA. 1998, p.82)

O professor que compreende que o brincar de forma cooperativa é um aliado pedagógico e valoriza se apropriando desta metodologia de ensino, coloca as palavras de Piletti  como um referencial, já que:

“A cooperação é um processo fundamental na educação e na sala de aula, o trabalho cooperativo pode contribuir para que os alunos aprendam a conviver com outros, valorizando mais o bem estar de todos e o bem da coletividade do que o interesse individual.”(PILETTI.2002, p.83)

Observamos que na quarta questão, todas as pesquisadas ainda, se colocam como sendo a prática de brincadeiras cooperativas, algo que em algum momento de sua carreira docente fora utilizado, dando um percentual de 100%. O que se adéqua de forma harmônica com a citação de White com o que se diz respeito ao encontrar oportunidades na direção das crianças, como podemos ver abaixo:

“O vigilante professor encontrará muitas oportunidades de dirigir os discípulos a atos de prestatividade. Especialmente pelas criancinhas, o professor é olhado com quase ilimitada confiança e respeito. O que quer que ele possa sugerir como meio de auxílio … nas ocupações diárias…, dificilmente perderá de produzir frutos”. (EDUCAÇÃO. 2010, p.213)

Analisando os resultados da quinta questão, podemos visualizar que todos as professoras que se submeteram a essa pesquisa, ou seja o total de 100%, acreditam que a criança pode se beneficiar, tirando algum proveito dessa forma de brincar. Sabendo-se que o Brincar de forma cooperativa é algo oferecido a criança em forma grupal, pode-se então compreender as palavras de Galvão (apud Walon) quando ele fala que:

“Ao participar de grupos variados a criança assume papéis diferenciados e obtém uma noção mais objetiva de si própria. Quanto maior a diversidade de grupos de que participar, mais numerosos serão seus parâmetros de relações sociais, o que tende a enriquecer sua personalidade.”(GALVÃO. 1998,p.102)

Citando outros benefícios que podem ser extraídos do brincar de forma cooperativa, podemos destacar a questão da percepção do outro, ou dos outros sujeitos, percebendo-se não como um ser isolado, mas como gente, como é descrito por Brotto na citação abaixo:

“Aprendendo a jogar dentro do estilo cooperativo desfazemos a ilusão de sermos separados e isolados uns dos outros e percebemos o quanto é bom e importante ser gente mesmo, respeitar a singularidade do outro e compartilhar caminhos para o bem-estar comum.”(BROTTO, 2001p.60)

Verificando ainda a sexta questão, podemos observar que 100% das professoras que aceitaram fazer parte desta pesquisa se colocam de maneira efetiva com relação a essa questão de que a criança tem aprendizado de forma grupal, se mostrando muito similar ao que Piletti coloca em uma de suas colocações:

“Cooperação, palavra originada do latim, que quer dizer, trabalho em conjunto. Pode existir tanto em pequenos grupos, como o menor de todos que é a díade (grupo de pessoas), quanto em grandes organizações mundiais, como as Organizações das Nações Unidas (ONU). Pode ser ou não deliberada.” (PILETTI. 2002,p.83)

Assim sendo o grupo pode ser considerada uma premissa de condições para que a criança possa se desenvolver e se envolver em vários aspectos da vida cotidiana se resignificando como alguém importante dentro do grupo, como podemos observar no comentário de Sobel:

“O Jogo cooperativo consiste em jogos e atividades onde os participantes jogam juntos, ao invés de contra os outros, apenas pela diversão. Através deste tipo de jogo, nós aprendemos a trabalhar em grupo, confiança e coesão grupal. A ênfase está na participação total, espontaneidade, partilha, prazer em jogar, aceitação de todos os jogadores, dar o melhor, mudar regras e limites que restringem os jogadores, e no reconhecimento que todo jogador é importante. Nós não comparamos nossas diferentes habilidades nem performances anteriores, nós não enfatizamos a vitória e a derrota, resultados ou marca”. (SOBEL .1983, p.1)

 

 

Percebe-se no gráfico acima, que está relacionado com a questão sétima, que tinha como indagação se as brincadeiras cooperativas tinham influencia na vida da criança em relação a aspectos de convívio social, psicológico, valores morais, valores éticos e emocionais.

Ao analisarmos o gráfico constata-se que 100% das professoras acreditam que há  melhora nos aspectos de convívio social e de valores éticos das crianças de forma significativa, o que Zabalza coloca como terreno fértil de cultivo, como podemos ver na citação abaixo:

“O jogo (brincar seja em qualquer aspecto apresentado) é oferecido como terreno fértil para cultivar os processos cognitivos, estéticos, ético-sociais e existenciais do sujeito em idade evolutiva.” (ZABALZA 1998. p.82)

Enquanto 94% acreditam que melhora os aspectos psicológicos, de valores morais e emocionais, contra 6% que acreditam que as brincadeiras de cunho cooperativo não proporcionam melhoras. Porém o que podemos constatar é que a maioria entre todas as modalidades perguntadas concordam que há uma melhora com relação ao convívio social, psicológico, valores éticos e morais e no emocional dos pequenos. Nesses termos conseguimos visualizar esses resultados nas falas de estudiosos como Rego citando Vigotsky, Antunes e Orlick como podemos visualizar nas citações colocadas abaixo:

“O Brinquedo não só possibilita o desenvolvimento de processos psíquicos por parte da criança como, também, serve como instrumento para conhecer o mundo físicos e seus fenômenos, os objetos e modos de comportamento humano.” (REGO. 1999,p. 114)

“Um verdadeiro educador não entende as regras de um jogo apenas como elemento que o torna possível, mas como verdadeira lição de ética e moral que, se bem trabalhados, ensinarão a viver, a promover e, portanto efetivamente educarão.” (ANTUNES 2003 ,p. 13)

“Os jogos cooperativos podem ter um significado especial, para os alunos encabulados ou reservados, que não confiam em si mesmas e se sentem inseguras, que não se sentem amadas, que têm habilidades sociais inadequadas, que não sabem reagir de uma maneira amistosa ou que relutam em abordar problemas ou pessoas […].”(ORLICK 1989, p. 1)

 

Atentando ao gráfico, que se refere a oitava questão apresentada aos docentes, que tinha como indagação se as brincadeiras cooperativas poderiam trazer ás crianças algum ganho significativo, em relação a aquisição de autonomia.

Ao analisarmos os dados do gráfico podemos notar que 94% dos participantes concordam que a autonomia pode ser estimulada pelo brincar cooperativo e somente 6% discordam, dessa forma a maioria dos participantes da pesquisa se colocam em concordância afirmativa com relação a formação da autonomia da criança quando esta está envolvida em jogos e brincadeiras de cunho cooperativo.

Para afirmar essa concepção de que a criança é estimulada na formação da autonomia podemos nos utilizar da fala de Le Bouch, que se coloca dessa forma:

… “A criança vai adquirir pouco a pouco confiança nela, e melhor conhecimento de suas possibilidades limite, com frequência impostas pela  presença da outra criança com quem ela deverá aprender a cooperar durante o jogo. Resumindo, a atividade lúdica incide na autonomia e na socialização, condição de uma boa relação com o mundo.” (LE BOUCH. 1982,p. 140)

 

 

Examinando o último gráfico apresentado nesta pesquisa, que foi elaborado a partir da nona pergunta inquirida aos docentes, que tinha como objetivo averiguar a opinião dos mesmos, se o brincar de forma cooperativa tinha alguma influência na formação da identidade da criança.

Ao observarmos podemos visualizar, que 87% dos pesquisados disseram que sim, o brincar de forma cooperativa influência na formação da identidade da criança, quanto que 13% dizem que talvez essa prática possa influenciar na formação da identidade. Brown (1995 apud SOLER) conclui que:

“A interação cooperativa com os outros é necessária para o desenvolvimento da autoestima, da confiança e da identidade pessoal, que são elementos para o bem-estar psicológico. Se o jogo tem presentes os valores de solidariedade e cooperação, começamos a descobrir a capacidade que cada um de nós tem para sugerir ideias.” (SOLER. 2003, p.24)

Com esse pensamento podemos começar a ter uma ideia de como nossa formação pessoal é intrinsecamente vinculada a maneira que nos é colocado, através do brincar, desde a infância por meio da aquisição de elementos que contenham valores de solidariedade e cooperação como vimos na fala de Soler.

Contemplando o resultado podemos examinar na questão décima, que 100% dos pesquisados concordam que a criança que é estimulada desde a infância a trabalhar em grupo poderá se tornar um adulto mais responsável e respeitador das leis. O que é muito bem dito por Orlick (1987, p.107) com relação a essa premissa é o seguinte…”o mesmo poder que têm os jogos de impedir que as pessoas sejam honestas e amorosas pode ser invertido para estimular esses comportamentos”.

Em outras palavras, disposição para o aprendizado cooperativo toda criança tem, disposição para essa prática também, esse fato pôde ser visualizado durante essa pesquisa como algo que o ser humano adquire no decorrer de suas vivencias, mas quem vai ensinar a criança o caminho que ela deve trilhar? Existe um poema que diz o seguinte:

“Aluno é argila; e professor o oleiro” Um pedaço de argila em minhas mãos tomei – E, negligente, uma forma lhe dei; Porém, não me satisfez o modelo que fiz – E a argila se prestou a mudança que eu fiz.

Passaram longos dias e, afinal voltei; A obra que fizera endurecida achei. Ainda persistia a forma dada então; Seria vão tentar qualquer transformação. Mais tarde foi me dado uma vida a formar – E, carinhosamente, comecei a trabalhar – O terno coração de um pequenino ser, Usando para tal: vontade, arte e poder. O tempo foi rápido e veloz ao passar; E do pequenino ser, forte e viril, surgiu

Alma nobre e perfeito varão, Conservando no peito o tenro coração. (SUAREZ, 2007, p. 70)

Toda a criança é como um barro de oleiro e o professor como educador, deve se conscientizar de que somos parte perspicaz nesse processo e que a escola, a partir da Educação Infantil não está somente para alfabetizar, mas para que a criança obtenha também seu convívio social, ético, moral, psíquico, encontrando assim seu lugar dentro da sociedade; e o professor é o mediador desse processo.

5. Considerações finais

Durante as etapas deste artigo abordamos vários pontos importantes relacionados à concepção da importância do brincar de forma cooperativa, sua relevância e contribuições para o desenvolvimento psicológico, ético social, moral e emocional da criança, que levaram professores, a uma reflexão sobre sua postura, conhecimento e estratégias utilizadas para que essa premissa seja alcançada dentro do seu contexto educacional.

Diante do que observamos com a pesquisa podemos concluir que o a brincadeira cooperativa tem um lugar de vital importância para a formação integral da criança de educação infantil sendo um importante instrumento de contribuição no processo de desenvolvimento.

Os professores que se apropriam dessa prática necessitam de um mínimo de conhecimento para colocá-la em prática dentro de sua rotina docente no que diz respeito a satisfazer a necessidade que a criança tem em relação ao aprendizado através das brincadeiras e jogos sejam eles cooperativos, competitivos, de inteiração ou cognitivos.

Conforme observamos nas respostas da pesquisa os professores de educação infantil reconhecem a importância do brincar cooperativo na prática docente. Tendo ciência, então do que Maluf descreve sobre a responsabilidade de renovação do professor:

“Todo educador tem ampla responsabilidade na renovação das práticas educativas, pois ela, na medida do possível, faz surgir novas práticas educativas propondo novas intenções educativas de desenvolvimento, só alcançáveis por meio dele mesmo.”(MALUF. 2008, p.41)

Concentrando-se assim na concepção de que as crianças são o futuro da sociedade e para que a sociedade prossiga com qualidade de vida, nós, primeiramente, devemos considerar essas concepções dentro da pratica docente, para assim podermos instruí-las em todas as faculdades de intelecto, temos que cooperar nos afastando da competição cruel e nos preocuparmos uns com os outros, assim como veremos na fala de Orlick: 

“se nossa qualidade de vida futura, e talvez até nossa sobrevivência, depender da cooperação, todos pereceremos se não estivermos aptos a cooperar, a ajudar uns aos outros, a sermos abertos e honestos, a nos preocuparmos com os outros, com as nossas gerações futuras. (…) devemos nos afastar da competição cruel e começarmos a enfatizar a cooperação e a preocupação com os outros.” (ORLICK, 1978, p. 182)

Tendo enfaticamente a noção de que o futuro da sociedade, as crianças estão nas mãos dos educadores e são eles que juntamente com a família, Estado e sociedade de modo geral, são os responsáveis pela questão da formação de melhores cidadãos, tendo a preocupação, não só com o outro, mas tendo em mente que como Burkhalquer coloca eles são os futuros administradores da nação e deles depende toda a reputação docente, pois:

“Os meninos e as meninas são o único material que Deus nos deu, com o qual poderemos fazer homens e mulheres. São eles e elas que ocuparão nossa cadeira no Senado e o nosso lugar no Banco da Corte Suprema. Eles e elas assumirão o governo das Cidades, dos Estados e do País. Dirigirão nossos presídios, Igrejas, Escolas, Universidades, Corporações, e Empresas. Tudo o que fizermos será louvado ou condenado por eles; nossa reputação e nosso futuro estão em suas mãos. Toda a nossa obra será deles e delas e o destino da nação e da humanidade dependerá de nossos meninos e meninas. (BURKHALTER, 1967, p. 11)

Existem várias maneiras de encarar essa realidade, porém o profissional de educação tem que ter em mente que ele tem como sua responsabilidade, a de formar cidadãos, como afirma White (2000, p. 76) criar homens e mulheres de sólidos princípios, habilitados para qualquer posição na vida, esse é o dever do educador, pois é isso que o professor passou a ser, um educador.

O futuro de nossa sociedade é e será determinado de acordo com a formação e a maneira que nossa juventude é moldada (WHITE, 1996, p. 90). Para isso é essencial que haja preparo, para isso o educador deve ter em mente de acordo com Soárez (2007, p. 43) que o processo ensino-aprendizagem requer mais do que apenas transmitir informações, é necessário que o professor tenha mente equilibrada e caráter simétrico a fim de impactar a vida dos estudantes.

Ele tem que aceitar o desafio e vestir a camisa da educação, de forma que possa mudar a realidade, conduzindo esses meninos e meninas a uma nova visão de mundo, dando-lhes esperança, fazendo com que eles sonhem e acima de tudo realizem-se nessa sociedade tão desigual que vivemos, pois se dá pra imaginar, também dá pra fazer. E os sonhos existem para serem realizados.

O peso da responsabilidade é grande, mas como diz Pessoa na segunda estrofe de seu poema “Mar Português” tudo vale a pena, se tivermos a coragem de vivenciar essa realidade dentro de nossas escolas, ou fechando um pouquinho mais o espaço, dentro de nossas salas de aula, poderemos no final de cada ano letivo repetir essas palavras que nos são colocadas:

“Valeu a pena? Tudo vale a pena –  Se a alma não é pequena – Quem quere passar além do Bojador

Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nelle é que espelhou o céu”. (PESSOA, 1981, p. 42)

Tudo vale à pena se acreditarmos que valerá, não importa o desafio, não importa as dificuldades que essa modalidade de ensino possa trazer a vida do educador, só de olhar para o futuro e conseguir visualizar uma sociedade melhor já é uma grande recompensa.

Referências

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Autores

Tatiana Fernandes Vieira, Discente do Curso de Pós Graduação em Gestão Escolar, Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Eunice Barros Ferreira Bertoso, Pedagoga, psicóloga, psicopedagoga, mestre, docente, orientadora, UNASP/SP.  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.