A importância do desenho para criança com deficiência intelectual
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O desenho é uma forma de linguagem não escrita utilizada por crianças de todas as idades como um meio experimental de ver o ambiente que a rodeia. Essa expressão do lúdico leva a ações psíquicas e reflexivas.
Resumo
O desenho é uma forma de linguagem não escrita utilizada por crianças de todas as idades como um meio experimental de ver o ambiente que a rodeia. Essa expressão do lúdico leva a ações psíquicas e reflexivas. Muitas vezes esses desenhos podem representar a realidade, onde a criança reúne diversos elementos de suas experiências para construir algo significativo para ela. Compreender a psicologia dos desenhos é importantíssimo para alcançar alunos que por algum motivo apresentam dificuldade em aprender com métodos abstratos. Através desta pesquisa pretende-se entender o significado do desenho e qual a importância que se dá a eles em relação às crianças com dificuldades Intelectual. Os sujeitos da pesquisa foram selecionados a partir da disponibilidade de tempo e aceitação da participação na pesquisa respondendo com clareza e atenção ao questionário. Foram escolhidos numa amostra de conveniência 28 profissionais da área educacional entre 23 e 53 anos de idade e de 0 à 21 anos de profissão atuantes em escolas particulares confessionais da zona sul da cidade de São Paulo. Quando os entrevistados são questionados sobre o preparo, sobre sua busca por formação ou sobre a visão que tem sobre os desenhos é possível notar resultados estatísticos distinto. Com a realização desta pesquisa podemos concluir que o pedagogo carrega consigo a enorme responsabilidade de facilitar o caminho rumo ao aprendizado cognitivo de todos os alunos. Os dados mostram que ainda temos um longo caminho para a busca de novos recursos, cada vez mais lúdicos e dinâmicos que atendam às necessidades de todos os alunos.
Palavra Chave: Dificuldade intelectual, Desenho, Educação Especial, Lúdico, Aprendizado.
Summary
The design is a form of written language not used by children of all ages as an experimental means to see the environment that surrounds it. This expression of playful psychic and reflex actions. Often these drawings can represent reality, where the child gathers various elements of their experiences to build something meaningful to her. Understanding the psychology of drawings is very important to reach students who for some reason have difficulty in learning to abstract methods. Through this research aims to understand the significance of design and the importance that is given to them in relation to children with intellectual difficulties. The subjects were selected from the availability of time and acceptance of participation in the survey answered with clarity and attention to the questionnaire. They were chosen in a convenience sample of 28 professionals in the education area between 23 and 53 years old and from 0 to 21 years of active work in denominational private schools in the southern city of São Paulo. For data collection the questionnaire with open and closed questions was chosen. When respondents are asked about the preparation, on their quest for formation or the vision q it has on the drawings is possible to note different statistical results. With this research we concluded that the teacher carries a huge responsibility to facilitate the path to cognitive learning of all students. The data show that we still have a long way to search for new resources, more playful and dynamic to meet the needs of all students.
Keyword: Intellectual difficulty , Drawing, Special Education , Playful , Learning .
Introdução
O desenho é uma forma de comunicação humana existente desde antes da invenção da escrita. MÉREDIEU (1974) nos conta que o interesse pelo desenho para feitos experimentais data dos fins do século passado primeiramente relacionados com o trabalho da psicologia experimental, rapidamente as pesquisas em relação a esta ferramenta foram se diversificando trazendo benefícios científicos para diversas áreas de estudo como a pedagogia, a sociologia e a estética.
Desde então notamos cientistas e estudiosos de linhas distintas levantando o interesse por um estudo cada vez mais profundo que nos deram influencias e ideias relevantes, como as etapas no desenvolvimento gráfico da criança por Rousseau; o tratamento psicanalítico com o primeiro caso observado por Cognet em 2013, os estudos do sentido estético do desenho da criança onde se levantou o interesse em entender a escolha das cores e ao repertório gráfico, ou ainda o interesse de como esses desenhos se comportam em culturas diferente, com propostas levantadas e criticadas por pesquisadores diversos em vários países ao redor do globo. Entre muitas outras pesquisas, foram traçando um caminho rumo ao uso do desenho infantil como metodologia clínica e educacional.
Sem dúvida um dos grandes estudiosos do tema veio na figura de Piaget, em seus diversos trabalhos e observações trouxe grande relevância para a linha de pesquisa da psicologia infantil trabalhando temas como a expressão infantil dentro deste grafismo e o ampliando para o âmbito gestual.
Levantaram-se desde então cada vez mais pesquisas com o interesse de entender o desenho dentro do contexto infantil e de como contribuir com a infância utilizando uma ferramenta tão própria delas.
MOREIRA (2005) professora de educação artística, identificou nos desenhos dos seus alunos a necessidade de uma observação mais reflexiva e psicológica. A mesma defende o desenho como uma das formas de linguagem para a criança.
Mesmo com os diversos meios de comunicações atuais o desenho ainda se encontra presente em várias fazes do desenvolvimento humano. LUQUET desabafou em seu livro “A descoberta de seu filho pelo desenho” dizendo:
“…será imperdoável ignorar os desenhos das crianças, pois eles representam um meio privilegiado de aproximação para o conhecimento de sua personalidade”
MÉREDIEU (1974) afirma que “o desenho infantil está na moda, a tal ponto que indústrias e publicitários já se dispõem a recupera-lo”.
Durante anos vimos diversos estudos voltados para a observação dos traços infantis e como estes se comportam para revelar o indivíduo.
O presente trabalho de pesquisa tem o objetivo de buscar novas reflexões sobre o uso do desenho por crianças com Deficiência Intelectual na visão dos profissionais que trabalham diretamente com as mesmas e apontar os estudos feitos com relevância científica trazendo o desenho como recurso de trabalho diário com esses indivíduos.
MÉREDIEU (1974) em “O desenho infantil” critica a perseguição em tentar usa-los como método profundo para revelar a criança e seus interesses. Porém mais a frente explica que usados como um dos métodos de análise, e deixando que a criança a faça de forma espontânea sem impor traços e trajetos, pode ser sim um recurso importante.
O tema escolhido visa um estudo de interesse de todos os envolvidos na área da educação e também os profissionais especializados que servirá como ferramenta para ampliar a visão para novos estudos que buscam uma inclusão social mais significativa para o indivíduo incluído.
Esta pesquisa busca entender melhor o desenho e suas utilizações no dia a dia da vida da criança com DI (Deficiência Intelectual). Algumas crianças têm limitações reais, o que pode fazer com que seu processo de aprendizagem torna-se mais demorado, com pouco desenvolvimento, mas o desenho traz consigo o prazer dos traços, do imprimir-se, o espelhar-se no universo adulto, sabendo que esse desenhar traz a reflexão sobre se mesmo como já falava DAVIDO (1972), portanto temos a intenção de entender se os professores entendem que podemos ajudar esse processo de aprendizagem fazendo uso do desenho como metodologia em sala de aula.
O atraso mental ou Deficiência intelectual é um termo usado quando uma pessoa apresenta algumas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de algumas atividades. Ou seja, o funcionamento global é inferior à média, junto com limitações associadas em duas ou mais habilidades adaptativas tais como: Comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento / habilidades sociais.
Estas limitações provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento dessas pessoas. As crianças com atraso cognitivo podem precisar de mais tempo para aprender a falar, a caminhar e a aprender as competências necessárias para cuidar de si, tal como vestir-se, ou comer com autonomia. É natural que enfrentem dificuldades na escola. No entanto aprenderão, mas necessitarão de mais tempo. É possível que algumas crianças não consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também não consegue aprender tudo. Os estudiosos e investigadores encontraram muitas causas da deficiência intelectual, as mais comuns são:
As Condições genéticas são por vezes causa do atraso mental. Que são genes anormais herdados dos pais, por erros ou acidentes produzidos na altura em que os genes se combinam uns com os outros, ou ainda por outras razões de natureza genética. Alguns exemplos de condições genéticas propiciadoras do desenvolvimento de uma deficiência intelectual incluem a síndrome de Down ou a fenilcetonúria.
Os problemas durante a gravidez podem resultar em um desenvolvimento inapropriado do embrião ou do feto. Por exemplo, pode acontecer que, quando acontece a divisão das células, surjam problemas que afetem o desenvolvimento da criança. Uma mulher alcoólatra ou que contraia uma infecção durante a gestação, como a rubéola, por exemplo, pode também ter uma criança com problemas de desenvolvimento mental.
Se o bebê tem problemas durante o parto, como, por exemplo, se não recebe oxigênio suficiente, pode também acontecer que venha a ter problemas de desenvolvimento mental.
Algumas doenças, como o sarampo ou a meningite podem estar na origem de uma deficiência mental, sobretudo se não forem tomados todos os cuidados de saúde necessários. A má nutrição extrema ou a exposição a venenos como o mercúrio ou o chumbo podem também originar problemas graves para o desenvolvimento mental das crianças. (dados acima retirados da pagina http://www.psicopedagogavaleria.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=43:deficiencia-intelectual-ou-atraso-cognitivo&catid=1:artigos&Itemid=11
Nenhuma destas causas produz, por si só, uma deficiência intelectual. No entanto, constituem riscos, uns mais sérios outros menos, que convém evitar tanto quanto possível.
A deficiência intelectual não é uma doença. Não pode ser contraída a partir do contágio com outras pessoas, nem o convívio com um deficiente intelectual provoca qualquer prejuízo. O atraso cognitivo não é uma doença mental (sofrimento psíquico), como a depressão, esquizofrenia, por exemplo. Não sendo uma doença, também não faz sentido procurar ou esperar uma cura para a deficiência intelectual.
A grande maioria das crianças com deficiência intelectual consegue aprender a fazer muitas coisas úteis para a sua família, escola, sociedade e todas elas aprendem algo para sua utilidade e bem-estar da comunidade em que vivem. Para isso precisam de mais tempo e de apoio para lograrem êxito.
O desenvolvimento motor das crianças segue algumas etapas. E essas etapas foram observadas e definidas a partir de estudos feitos na área da psicologia e pedagogia infantil e através de pesquisas, observações e teorias traçadas por especialistas que se pode compreender a percepção do eu, do outro e também do mundo através das representações simbólicas que as crianças expressam através dos desenhos infantis.
A criança consegue criar e recriar formas expressivas onde integra a imaginação e a realidade fazendo com que seu desenho seja uma forma de comunicação entre ela e o mundo exterior sem normas, obstáculos, regras e noções estéticas sociais. Alguns estudiosos em várias épocas dedicaram tempo especial em suas pesquisas com observações, registros e organizações de dados sobre as fases do desenho infantil.
Segundo F. MEREDIEU, o interesse pelo desenho infantil data dos fins do século passado. A princípio relacionado com os primeiros trabalhos da psicologia experimental, os estudos sobre o desenho diversificaram-se rapidamente, e disciplinas tão diferentes como a psicologia, pedagogia, sociologia e a estética beneficiaram-se com essa contribuição. Primeiro, de 1880 a 1900, descobre-se a originalidade da infância, depois a influência das ideias de Rousseau em pedagogia leva a distinguir diferentes etapas do desenvolvimento gráfico da criança.
Em seguida, o desenho é introduzido no tratamento psicanalítico: em 2013, Cognet trata desse modo um caso de mutismo numa criança de 9 anos. Paralelamente, prosseguem estudos sobre o “sentido estético“ da criança; estabelecem-se comparações sobre o estilo infantil e os quadros dos mestres, submetem-se as produções infantis aos cânones da beleza; consagrem-se estudos à escolha da cor e ao repertório gráfico da criança. É de se notar que as pesquisas raramente renunciaram a um academismo de valor, visando incluir a criança na esteira da tradição e dos que se chamam grandes mestres. Quanto aos sociólogos, inclinaram-se desde logo pela comparação entre os desenhos infantis oriundos de diversos países.
A maneira de encarar o desenho evoluiu paralelamente, antes considerados unicamente em relação com a arte adulta, os desenhos infantis apareciam como malogros ou fracassos, quando muito com exercícios destinados a preparar o futuro artista. Não existe visão verdadeira, e a visão adulta não pode de modo algum representar a medida padrão. Portanto, não se deve reduzir os processos infantis qualificando-os de “infantis”. As crianças estão tão “perto das coisas” quanto o adulto, o pintor chamado realista, o primitivo ou o abstrato. O meio em que a criança se desenvolve e o universo adulto, e esse universo age sobre ela da mesma maneira que todo contexto social, condicionando-a ou alienando-a. O estudo desses desenhos torna-se falsos quando o fazemos fora das influencias da sociedade ou de sua realidade de vida.
Segundo G. H. Luquet (1876 – 1965): filósofo e etnógrafo francês conhecido como o pioneiro no estudo do desenho infantil, ele partiu da observação dos desenhos que sua filha Simone fazia, para fundamentar suas pesquisas sobre o tema para sua tese de doutorado. Seu método de estudo partia de uma análise “monográfica” onde ele acompanhava e registrava todas as ações e verbalizações da filha antes, durante e depois do ato dela desenhar. Segundo ele toda criança desenha para se divertir e afirma em sua teoria que o repertório gráfico infantil está condicionado pelo meio onde a criança vive e que a intenção de desenhar está diretamente ligada a objetos reais e a associação de ideias. Luquet distingue quatro estágios para o desenho infantil. São eles:
Realismo Fortuito: (inicia por volta dos 2 anos de idade) a criança verifica os seus traços, estes produziram acidentalmente uma semelhança não procurada, isto é, a partir das tentativas favorecidas pela tendência ao automatismo gráfico imediato que a habilidade gráfica melhora e a criança adquire êxito em seus desenhos através da grafia total pondo fim ao período chamado rabisco e passando a nomear os seus desenhos.
Realismo Falhado: (normalmente entre 3 e 4 anos de idade) nessa fase a criança tem a intenção de desenhar algo com determinado aspecto, mas não consegue devido a dois obstáculos: o de ordem motora (quando não têm o controle total de seus movimentos) e o de ordem psíquica (referente ao caráter de tempo limitado e descontínuo da atenção infantil).
Realismo Intelectual: (estende-se dos 4 aos 10 e/ou 12 anos de idade) a criança incluí em seus desenhos elementos que só existiam em sua mente e faz uso de transparências, planificação, rebatimento e mistura variados pontos de vista. Realismo Visual: (geralmente por volta dos 12 anos de idade) nessa fase a criança substitui a transparência pela opacidade o rebatimento e a mudança de ponto de vista pela perspectiva.
Luquet (1965) ressalta que a mudança do realismo intelectual para o visual; que caracteriza o desenho do adulto; dá-se geralmente entre os 8 e 9 anos de idade, mas explica que em alguns casos quando se manifesta bem mais cedo, algumas pessoas adultas ainda podem permanecer na fase do realismo intelectual. Segundo Luquet há outro aspecto do desenho infantil que deve ser levado em consideração além dos quatro estágios citados acima que é a “narração gráfica”. Como a criança; ao desenhar uma história; escolhe naturalmente a melhor maneira de traduzi-la para o papel, ele apresenta três características para esse processo que são classificadas em forma de solução. São elas:
Narração Gráfica do tipo Simbólica: (usada por crianças ou adultos) onde é escolhido o momento mais marcante da história para ilustrá-la. A narração Gráfica do tipo Epinal: (usada por crianças ou adultos) onde a história é ilustrada em várias imagens, como nas histórias em quadrinho.
E narração Gráfica do tipo Sucessiva: (usada apenas por crianças) onde são reunidos elementos pertencentes a diversos momentos da história em um único momento ilustrado.
Segundo Jean Piaget (1896 – 1980): psicólogo e filósofo suíço, foi um grande estudioso do campo da inteligência infantil que observou seus filhos e desenvolveu estudos sobre a aprendizagem como um processo de reorganização cognitiva. Com relação ao desenho infantil a análise piagetiana apresenta algumas fases. São ela:
Garatuja: (estágio Sensório Motor) ao completar um ano de idade, a criança passa pelo estágio da garatuja onde ela sente prazer em traçar linhas em todos os sentidos sem levantar o lápis do papel como se esse fosse o prolongamento de sua mão. Como nessa fase os desenhos estão em relação direta com o “eu” (ego), eles refletem momentos distintos na criança que podem representar felicidade (através de traços fortes que ocupam em sua maioria um grande espaço do papel), comportamentos instáveis (através de quedas constantes dos lápis das mãos) e quando não estão se desenvolvendo bem (visualmente percebido quando não sabem segurar o lápis). Lowenfld (1977) também cita as garatujas e suas etapas importantes no desenvolvimento infantil. Nessa fase à figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária e o uso das cores tem um papel secundário o que faz com que apareça o interesse pelo contraste. Até os dois anos de idade a criança desenha sem intenção consciente o que divide a garatuja em dois momentos. São eles:
Garatuja Desordenada: percebida através dos movimentos amplos e desordenados onde o desenho ainda é um exercício, pois não há preocupação com a preservação dos traços uma vez que eles são cobertos com novos rabiscos várias vezes.
Garatuja Ordenada: percebida através do uso de movimentos longitudinais e circulares nos desenhos o que caracteriza o início do interesse pelas formas através de uma exploração maior do traçado no papel.
Pré-Esquematismo: (estágio Pré-Operacional) com três anos de idade a criança já atribui significado ao que desenha fazendo riscos na horizontal, vertical, espiral e círculos apesar de não nominar o que faz. Com relação ao uso das cores em suas produções, ela ás vezes pode usar, mas não há uma relação forte com a realidade, pois depende do interesse emocional já que os elementos são dispersos e não relacionados entre si. Como aos quatro anos ela já é capaz de projetar no papel o que ela sente mesmo sendo incapaz de aceitar o ponto de vista de outra pessoa diferente do dela, até os seis anos o grafismo irá representar uma fase mais criativa e diversificada nas produções proporcionando uma descoberta maior nas relações entre desenho, pensamento e realidade.
Esquematismo: (estágio Operações Concretas) a partir dos sete anos de idade as operações mentais da criança ocorrem em resposta a objetos e situações reais e com isso ela compreende termos de relações como: maior, menor, direita, esquerda, mais alto, mais largo, etc. Apesar de apresentar dificuldade com os problemas verbais, ela ainda traça a chamada “linha de base” como aos seis anos apesar de representar a figura humana com alguns desvios como: exageros, negligências e omissão ou mudança de símbolos. Nessa fase a criança descobre as relações de cor, cor-objeto e progressivamente começa a desenvolver a capacidade de se colocar no ponto de vista do outro. Ao final do estágio das Operações Concretas, o desenho infantil apresenta a fase do Realismo onde a criança utiliza bastante as formas geométricas em seus desenhos com maior rigidez e formalismo e acentuam-se os usos das representações de roupas para distinguir os sexos.
Pseudo Naturalismo: (estágio Operações Formais e/ou Abstratas) a partir dos doze anos de idade o pensamento formal da criança é hipotético-dedutivo, isto é, ela é capaz de deduzir as conclusões de puras hipóteses e não somente através de observação real. Diante disso, essa fase do desenho infantil é marcada pelo fim da arte como atividade espontânea e passa a ser uma investigação de sua própria personalidade buscando profundidade e uso consciente da cor. Na figura humana as características sexuais são exageradas existindo a presença detalhada das articulações e das proporções.
Através do desenho que as crianças fazem podemos perceber seu desenvolvimento, somando suas representações a partir de sua realidade, meio em que vive e seu meio social. Lembrando que todo ser humano sofre a interferência individual do seu contexto cultural.
Objetivo geral
Entender o significado do desenho e qual a importância que se dá a eles em relação às crianças com deficiência intelectual sob a visão do profissional de educação.
Objetivo específico
Identificar o olhar do profissional de educação para o uso do desenho como recurso em sala para aproximar o DI (Deficiente intelectual) da aprendizagem significativa e analisar o índice de preparo dos profissionais da área da educação.
Métodos
Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória, abrangendo aspectos quantitativos. Com a intenção de coletar e discutir informações sobre a atuação dos profissionais da educação diante do uso dos desenhos em sala de aula para o desenvolvimento dos alunos que apresentam Deficiências intelectuais como ponto de partida as opiniões dos mesmos.
Os sujeitos de pesquisa foram selecionados a partir da disponibilidade de tempo e aceitação da participação na pesquisa respondendo com clareza e atenção ao questionário. Foram escolhidos numa amostra de conveniência 28 profissionais da área educacional como pedagogos e psicopedagogos entre 23 e 53 anos de idade e de 0 à 21 anos de profissão atuantes em escolas particulares confessionais da zona sul da cidade de São Paulo.
Para coleta de dados foi escolhido o questionário com questões abertas e fechadas entregues aos pedagogos. O primeiro contato com os participantes foi o preenchimento do Termo de Consentimento Livre Esclarecido para a participação da pesquisa.
Os resultados foram analisados e organizados de acordo com as informações obtidas através da bibliografia consultada e da análise estatística das questões dos questionários. A interpretação final desses dados ocorreu combinando a consulta à literatura especializada com as percepções e ideias inferidas pelos pesquisadores no estudo do material coletado. Os resultados terão por base as contribuições dos sujeitos em questão.
Análise e discussão dos resultados
Entre as questões apresentadas aos profissionais estava em primeiro lugar o tempo de experiência profissional que poderia nos apontar um parâmetro de tempo e contato com a pratica diária dos sujeitos e com a realidade de diferenças entre os alunos. Pode-se notar que os profissionais com experiência entre 0 a 5 anos e entre 6 a 10 anos tem índice equivalente de sujeitos na amostra da presente pesquisa com uma porcentagem de 28,5%, o menor índice de tempo profissional esteve entre os profissionais de 16 a 20 anos. 14,4% foi o índice dos profissionais mais experientes na amostra da pesquisa com tempo de trabalho acima de 21 anos.
Tabela 1 – Experiência profissional
0 a 5 anos |
6 a 10 anos |
11 a 15 anos |
16 a 20 anos |
Mais de 21anos |
28,5% |
28,5% |
17,9% |
10,7% |
14,4% |
Conforme as respostas, percebemos em sua maioria, que os profissionais estão trabalhando com educação entre 5 e 20 anos, o que pode ser um tempo importante para aquisição de conhecimento e preparo deste profissional, White (2008) no livro “Educação” coloca o indivíduo que educa como a ponte entre o objeto de estudo e a real educação de qualidade, para tanto esses profissionais são os que encaram, para White, a maior responsabilidade nos empreendimentos através da influência que possuem sobre seus educandos.
Para ela o ato de preparar as mentes jovens a serem pensantes, donos de suas próprias decisões, está fundamentada na relação dos alunos com seus mestres que por sua vez precisam se preparar para terem influência positiva sobre essas mentes em desenvolvimento sem esquecer de respeitar o limite de desenvolvimento de cada ser em particular.
Merédieu (2006) sobe seu olhar voltado para a análise do desenho também cita a importância de conhecer detalhadamente a forma completa de entender o desenho para ter propriedade para o uso do mesmo como método de aprendizagem e analise clínica.
Para entender o interesse dos profissionais entrevistados em relação a esta busca de atualização e melhor aperfeiçoamento de suas teorias e técnicas de abordagem no cotidiano de sua função questionamos se os mesmos tinham o habito de participar de eventos de aperfeiçoamento profissional e tivemos os seguintes resultados (gráfico 1).
Gráfico 1 – Índice de participação dos sujeitos a eventos relacionados a inclusão voltados a Deficiência Intelectual
Apesar de termos 37% dos entrevistados participando de eventos como ações costumeiras podem notar uma parcela grande de 63% dos profissionais que revelaram não ter esse aprimoramento como uma prática fundamental e corriqueira para sua colaboração junto aos dissentes no dia-a-dia.
Existem níveis de desenvolvimento para cada etapa do desenho da criança, e a partir destas informações imprimem a necessidade de uma compreensão em cada nível do entender o desenho do aluno e de tudo o que envolve para cada um deles, mas a questão preocupante está em como ter essa sensibilidade, citada acima, para aguçar o olhar em como estes níveis se desenvolvem em cada indivíduo distinto se não é feita a busca constante de uma reciclagem efetiva.
White (2008) afirma que os instrutores não podem apenas ser versados no conteúdo que iram dirigir, precisam ter uma experiência pessoal com os mesmos, só assim então poderiam ter propriedade para trabalha-los independente da dificuldade do receptor.
Mas nos voltemos para os profissionais que estão buscando essa relação próxima com o objeto de estudo. Desses mais de 60% de entrevistados que buscam estar crescendo seus conhecimentos pudemos observar que apesar das palestras estarem com um percentual muito elevado não é o único recurso usado como reciclagem (figura 2).
Gráfico 2 – A Participação dos sujeitos em eventos na área de inclusão
Dos métodos usados são lembrados com relevância numérica os simpósios com aproximadamente 25% de procura para aprimoramento profissional e as oficinas não muito atrás com aproximadamente 18% de assiduidade, mas outros métodos foram lembrados como apresentação de teses e visitas a escolas especializadas ou ONG, com trabalho voltado a atendimentos de DI que foram agrupados nos 61% como outros.
Toda a busca por conhecimento é uma oportunidade de aperfeiçoamento, nos possibilitando ver as diferenças com um olhar mais reflexivo e atento, Damásio (2000) nos leva a entender que a observação do mundo é feita através das modalidades sensoriais entre elas a visão, audição, tato, degustação e cheiros além das percepções somatossensoriais que envolvem os músculos, cartilagens e outros, quanto mais aprimoramos o uso e reconhecimento através destes meios de percepção mais percebemos a nós e aos outros.
Ainda sobe o olhar crítico buscamos entender o que cada profissional pensava em relação ao desenho como objeto usado por crianças, e qual sua relevância acadêmica, pudemos observar respostas diversas, mas que se encaixavam em 4 tipos de respostas em relação ao entender essa metodologia no uso educacional (figura 3).
Gráfico 3 – Opinião dos sujeitos em relação ao desenho e sua importância no desenvolvimento acadêmico
Através desta amostra podemos ver que 11% do grupo de entrevistados ainda veem o desenho como uma ferramenta apenas de interpretação, ainda há um grupo com amostragem de 14% que apontou o desenho como uma expressão do inconsciente, 18% identificou o método como uma estratégia de contribuição para o desenvolvimento geral do indivíduo, mas na amostra podemos observar que 57% dos docentes percebem o desenho como uma forma de expressão e demonstração de sentimentos da criança ao realiza-lo. Esse parecer na visão dos entrevistados nos remete a Davido (2007) que em vários pontos de seu estudo expõe o desenho como uma expressão dos sentimentos das crianças aonde de uma forma divertida podem demostrar seus sonhos futuros, a criança se imprime em seus traços, mostrando suas aceitações, visão sobre o mundo, ou rejeições e traumas.
Moreira (2005) fala sobre essa importância do desenho:
“Bem sabemos que a palavra desenho tem originalmente um compromisso com a palavra desígnio. Ambas se identificam. Na medida em que restabelecemos, efetivamente, os vínculos entre as duas palavras estaremos também recuperando a capacidade de influir no nosso viver. Assim o desenho se aproximará da noção de projeto (pró-jet) de uma espécie de lançar-se para frente.”
Este projetar-se a frente vai além de apenas demonstrar o que já viveu, mas experimentar novos caminhos para o futuro sem propriamente dar os passos de forma física. O desenhar traz de uma forma lúdica o contato físico com os objetos de aprendizagem, Almeida (2000) coloca o lúdico como o ato de brincar dizendo que este “…é uma necessidade e direito de todos…é uma experiência humana, rica e complexa”.
Moreira (2005) afirma que para conhecer a criança é preciso observa-la enquanto se comunica brincando, aprendendo no seu modo gestual a perceber como ela conta sua história. Mesmo que está criança tenha alguma dificuldade intelectual o desenho irá demostrar sua vida revelando seus projetos e feitos como uma bússola apontando como podemos facilitar o processo ensino aprendizagem. Mas quantos profissionais realmente tiveram o contato com esses alunos, ou quantos conseguiram identificar esses alunos presentes em suas salas? Ao perguntarmos aos profissionais observamos (Gráfico 4)
Gráfico 4 – Profissionais que já atenderam crianças com deficiência intelectual
Notamos que 61% destes participantes não tivera contanto com alunos com dificuldades intelectuais ou em uma hipótese mais grave não identificaram nestes alunos os que possuíam uma dificuldade menos acentuada, mas presente, que precisava de um olhar mais atento.
Este gráfico levantou muitas outras curiosidades em relação a percepção do indivíduo que foi confiado aos profissionais para ajudá-lo a caminhar rumo ao seu desenvolvimento acadêmico, White (2008) ainda em seu livro “Educação” cita a vida de grandes docentes destacando os que observavam e se aquietavam antes de tomar grandes decisões ou marcar pessoas com suas experiências, como docentes estes possuíam a responsabilidade de levar o conhecimento a seus discentes de forma que estes fossem capazes de entender e de alcançar os objetivos propostos dentro de suas limitações particulares.
Este ato de “levar a vida” está ligado com o fato de que eles observavam antes de todos seus educandos para poder influencia-los de tal modo que ao entrarem em contato com o objeto de estudo e ao perceberem suas limitações serem respeitadas, por seus mestres, conseguiam ter uma aprendizagem tão profunda que suas vidas se modificavam frente a este conhecimento adquirido tendo a impressão que depois desse aprendizado a finalmente vida.
Muitas vezes recebemos alunos que passam por nossas salas e na vontade de seguir com os conteúdos não notamos todos os pontos de seu modo de aprender e fica a pergunta – realmente notamos que aquele indivíduo que nos apontava um trabalho mais dispendioso não tinha na verdade uma dificuldade distinta que na ansiedade do cotidiano não pude perceber?
Mas para aqueles que perceberam essas dificuldades ou já os receberam cientes de suas limitações cognitivas queríamos entender o que foi usado para atingi-los, e identificar se o desenho foi uma estratégia apontada como recurso para intervenção destas dificuldades acadêmicas e tivemos uma coleta com os seguintes resultados (gráfico 5):
Gráfico 5 – Estratégias e ferramentas citadas como intervenção as dificuldades de aprendizagem
Entre os participantes 68% apontaram o desenho como uma das ferramentas de intervenção utilizadas por eles, mas estes apontaram muitas outas técnicas para alcançar os alunos de forma eficaz. Outros 32% usavam apenas algum método diferenciado para alcançar o desenvolvimento pleno do aluno, mesmo aqueles que demostravam algumas necessidades de melhor entendimento o uso do desenho já o utilizam como método de ponte entre o ensinoaprendizagem dos discentes.
Mario de Andrade poeta brasileiro diz:
“O desenho fala, chega a ser uma espécie de escritura, uma grafia… para melhor conhecermos a criança, podemos sem dúvida consultar os livros ou ouvir conferencias que nos tragam seu retrato objetivo, mas tal modo de proceder é insuficiente e perigoso. Para melhor conhecer a criança é preciso saber ouvi-la e saber falar-lhe”.
Para tanto o uso do desenho como método para chegar ao intimo da criança é mais que uma mera ferramenta é um recurso necessário vendo que esta é usada pela mesma com recurso lúdico para expressar-se e projetar-se.
Piaget (1978), salienta que o desenvolvimento da criança precisa passar pela prática lúdica e seu processo de aprendizagem deve ser harmonioso, pois tal atividade propicia a expressão do imaginário, a aquisição de regras e a apropriação do conhecimento. A brincadeira e o desenho é um processo de relações entre a criança e o brinquedo e das crianças entre si e com os adultos, sendo um dos fatores determinantes para auxiliar o desenvolvimento integral da criança.
Gráfico 6 – Informações dos professores a respeito do desenho e a DI
Quando questionamos sobre as informações em relação ao uso do desenho como recurso para atingir positivamente a aprendizagem de crianças com dificuldades intelectuais 79% dos profissionais consideraram as informações existentes satisfatórias, mas no gráfico 7 ao questionar seu índice de preparo pessoal como educador foi possível notar que estes participantes estão parcialmente preparados para essa atuação direta com o aluno com dificuldades intelectuais diversas.
Mas cabe salientar que ainda nos dias atuais existem muitos educadores e profissionais da área desatualizados e despreparados para lidar com situações desafiadoras, as escolas não tem estrutura para atender essas crianças e os professores não são preparados para essa realidade.
Gráfico 7 – Índice de preparo dos participantes da pesquisa
Onde poderia estar o problema então? Se há informações necessárias para esse aprimoramento podemos apontar a falta de busca a essa informação. White em “Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes” fala que a sabedoria está em saber usar o conhecimento de forma prática e que para ter esse domínio prático sobre o conhecimento e preciso passar tempo dedicado ao estudo do mesmo. Considerando o gráfico acima, percebe-se um baixo conhecimento e preparo dos profissionais para trabalharem com alunos que apresentam Dificuldades Intelectuais ou qualquer outro tipo de inclusão por falta de busca e apoio.
Com a intenção de saber qual o nível de amparo que os profissionais estavam recebendo também foi lançado a estes a pergunta sobre as dificuldades que encontravam para que a inclusão acontecesse, dentre muitos fatores expostos estão; a falta de estrutura física 20%, o pouco ou inexistente apoio institucional 55%, a falta de recursos materiais 10%, e como outros gráficos já haviam revelado, a falta de preparo dos profissionais que atuam em sala 15% foram apontados na amostragem (ver figura 8).
Gráfico 8 – Dificuldades para inclusão no olhar dos docentes
A contínua formação do profissional é muito importante para o desenvolvimento de habilidades que requer muita pesquisa e renovação de conceitos, assim confirma-se:
“O aprender contínuo é essencial … se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente” (NÓVOA, 1997).
White (2008) em um dos seus estudos sobre educação de qualidade, apontou no livro “Conselhos aos pais, aos professores e aos estudantes” a partir do capitulo 9 as qualificações necessárias para um bom mestre, em nenhum desses pontos expostos por ela falou-se sobre os recursos físicos e matérias que estes precisava ter, mas apontou aspectos que fazem o educador ter uma postura de vivenciar uma relação próxima a estes objetos a ponto desta pratica ser tão intima que torna-se corriqueira tal sua apropriação frente a este conhecimento. Paulo Freire, filósofo educacional, tinha como método de partida para seu trabalho o conhecimento dos próprios alunos, conseguindo atingir a alfabetização usando apenas um graveto e a terra.
Considerações finais
Os resultados que permeiam este trabalho de pesquisa, vem nos mostrar a intensa falta de preparo profissional de alguns atuantes na área educacional, o que gera preocupação, pois os alunos portadores de Dificuldades Intelectuais e outros aspectos de inclusão são os que mais precisam de atenção e preparo para lidar com as diversas situações pertinentes ao seu aprendizado.
Ainda é preciso refletir sobre à pouca ou ausência de apoio escolar no processo de inclusão, que por si só não resolvem todos os problemas educacionais, pois o processo de inclusão/exclusão é anterior a escolarização, mas não podemos ser amadores neste assunto visto que temos muitos pesquisadores que lançaram os pensamentos ao redor da educação partindo do indivíduo, como Paulo Freire, fruto das nossas terras, que levou sua teoria ao redor do globo, e ainda estamos tratando a inclusão como um processo que parte do conhecimento e não do indivíduo?
Essa falta de preparo e apoio impossibilita a visualização das diversas possibilidades de intervenção disponíveis para contribuir com o desenvolvimento cognitivo desses alunos. O desenho é realmente visto como um método apto a ser utilizado em sala de aula, mas tratado de forma geral, sem haver estudos concretos em relação a este método o mesmo perde o valor acadêmico. Ainda serão necessários outros estudos para ampliar o olhar dos profissionais da área para esse recurso.
Referências
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https://pensador.uol.com.br/autor/mario_de_andrade/
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Autores
Noélia dos Santos Rosa, discente, Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP/SP. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Eunice Barros Ferreira Bertoso, Pedagoga, psicóloga, psicopedagoga, mestre, docente, orientadora, UNASP/SP. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.