3229 Atencao A Saude Mental Do Trabalhador Revisao Sistematica Da Literatura

O trabalho tem um papel fundamental para o ser humano se manter socialmente produtivo e reconhecido. 

Resumo

O trabalho tem um papel fundamental para o ser humano se manter socialmente produtivo e reconhecido. O contexto de precarização, desvalorização do sujeito, inovações tecnológicas e iminência do desemprego no contexto social atual acarretam impactos negativos na saúde do trabalhador e, consequentemente, um maior índice de afastamentos por doenças psíquicas. Diante do exposto, o objetivo deste estudo é analisar a produção científica sobre a relação de nexo causal existente entre o sofrimento psíquico do trabalhador e seu ambiente de trabalho. Para o alcance dos objetivos propostos foi realizada uma revisão sistemática da literatura. Pesquisaram-se textos no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando os seguintes descritores: “saúde mental” AND “trabalhador”. Foi definido como critérios de inclusão artigos completos disponíveis na língua portuguesa, publicados no intervalo de 2011 a 2016. Foram excluídos textos listados repetidamente e textos que não estavam ligados diretamente à temática abordada em saúde mental do trabalhador. Desse modo, os artigos científicos selecionados resultaram em 43. Destes, 36 foram obtidos na base de dados Lilacs e sete obtidos na base de dados Medline. A partir da análise do conteúdo dos artigos encontrados, emergiram oito categorias: profissionais de saúde, servidores públicos, docentes, policiais, profissionais da indústria, agentes penitenciários/socioeducadores, cortadores de cana-de-açúcar e motoristas. Percebeu-se que o tema de saúde mental e trabalhador é relevante para diversos âmbitos de atuação profissional, porém não ficou explícita a contribuição das políticas públicas no processo de promoção à saúde ou mesmo na assistência ao sofrimento e adoecimento do trabalhador.

Palavras-chave: saúde mental; saúde do trabalhador; assistência.

Introdução

Em 1946, a saúde foi conceituada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Esse conceito posiciona de forma diferenciada o contexto social e mental que, até então, não era entendido como determinante ao se falar em saúde. A saúde era entendida apenas como ausência de doença, em uma visão puramente física.

Em consonância a este conceito, Antunes (1999) aponta que “uma vida desprovida de sentido no trabalho é incompatível com uma vida cheia de sentido fora do trabalho” (p. 175). O trabalho também é situado como importante na determinação do processo saúde-doença, sendo visto como necessário ao homem para manter a vida, uma vez que o trabalho o mantém produtivo e socialmente reconhecido. Desta forma, a saúde mental no trabalho tem recebido uma atenção diferenciada nas últimas décadas.

O contexto de precarização, desvalorização do sujeito, inovações tecnológicas e iminência do desemprego no contexto social atual acarretam impactos negativos na saúde do trabalhador e, consequentemente, um maior índice de afastamentos por doenças psíquicas. Os riscos à integridade física e, principalmente, a forma de gestão imposta por meio de metas de produtividade e organização do tempo desconsideram os limites físicos e psicológicos dos trabalhadores. A literatura destaca que os transtornos mentais atingem 30% dos trabalhadores ocupados. Vale ressaltar que o agravamento desses transtornos é frequente, podendo estar associado ao consumo de drogas, acidentes de trabalho, afastamentos prolongados e até mesmo exclusão do mercado de trabalho (SELIGMANN-SILVA; BERNARDO; MAENO; KATO, 2010).

Neste cenário de valorização da saúde no contexto do trabalho, foi instaurado o conceito de Saúde do Trabalhador que é definido como um conjunto de ações que se destinam à promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores. Esta proposta consiste também em avaliar, por meio de vigilância epidemiológica e sanitária, os riscos e agravos advindos das condições de trabalho (BRASIL, 1990). Vale ressaltar que a Saúde do Trabalhador apresenta uma prática interdisciplinar com gestão participativa. Pressupõe-se tanto um caráter intrassetorial, que abrange todos os níveis de atenção e esferas de governo do Sistema Único de Saúde (SUS), quanto um caráter intersetorial, envolvendo as Previdências Social, do Trabalho e do Meio Ambiente, além da Justiça, da Educação e dos demais setores relacionados às políticas de desenvolvimento (Ministério da Saúde [MS], 2010).

Seguindo as discussões sobre o tema, em 2002, o Ministério da Saúde criou uma portaria que dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST). A Renast tem, como uma de suas estratégias, a organização e implantação de redes sentinelas como a dos Centros de Referências em Saúde do Trabalhador (CRST/CEREST), organizados em âmbito estadual e regional (MS, 2010).

Para melhor registro e controle do nexo causal entre saúde/doença psíquica e trabalho, em 2004, o transtorno mental relacionado ao trabalho foi definido como um dos agravos de notificação compulsória através da Portaria GM/MS nº 777 (revogada pela Portaria GM/ MS nº104, de 2011). Deste modo, quando um trabalhador possui uma queixa de saúde, seja ela física ou mental, deverá ser encaminhado para a Estratégia de Saúde da Família, que é a porta de entrada do serviço do SUS, ou poderá procurar diretamente o CEREST que recebe demanda espontânea. Apesar de toda a rede de assistência à saúde do trabalhador existente no SUS, ainda nota-se que há um despreparo entre os profissionais em lidar com questões de sofrimento mental no trabalho e realizar a relação de nexo causal (SILVA; TOME; COSTA; SANTANA, 2012).

Diante do exposto, o objetivo deste estudo é investigar a produção científica sobre a relação de nexo causal existente entre o sofrimento psíquico do trabalhador e seu ambiente de trabalho, e de que forma a assistência ao trabalhador é realizada na política de saúde do trabalhador, seja com ações de prevenção, assistência ou reabilitação profissional, possibilitando melhores condições de vida aos trabalhadores.

Método

Para o alcance dos objetivos propostos neste estudo, foi realizada uma revisão sistemática da literatura. Foram pesquisados textos no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), por conter maior número de textos relacionados ao tema proposto neste estudo. Para tanto, foram utilizados os seguintes descritores: “saúde mental” AND “trabalhador”.

O Portal foi acessado durante o mês de setembro de 2016, sendo obtidos inicialmente 18.928 textos. A partir de então, foram definidos os seguintes critérios iniciais de inclusão: artigos completos disponíveis na língua portuguesa publicados no intervalo de 2011 a 2016; com restrição de artigos afiliados ao Brasil, visto que a temática deste estudo está relacionada às políticas públicas do país.

Após a utilização destes critérios de inclusão, houve a redução de textos para 123 artigos científicos distribuídos em 97 textos da base de dados Lilacs e 26 textos da base de dados Medline. Nestes 97 textos resultantes, foram definidos critérios de exclusão: textos que foram listados repetidamente e textos que não estavam ligados diretamente à temática abordada em saúde mental do trabalhador.

Desse modo, os artigos científicos selecionados resultaram em 43, sendo 80 artigos excluídos por fugirem à temática central desta pesquisa. Destes, 36 foram obtidos na base de dados Lilacs e 7 foram obtidos na base de dados Medline.

Resultados

Os artigos analisados foram publicados entre os anos de 2011 e 2015: 10 artigos (23,25%) em 2011, 10 artigos (23,25%) em 2012, 7 artigos (16,27%) em 2013, 10 artigos (23,25%) em 2014 e 6 artigos (13,95%) em 2015. Não foram encontradas publicações dentro dos critérios estabelecidos no ano de 2016. Observa-se que as publicações encontram-se bem divididas ao longo dos anos, mas a carência de publicações no ano de 2016 reforça a relevância deste estudo para manter o tema atualizado (ver Tabela 1).

Tabela 1 – Ano de publicação

Ano

f

Porcentagem

2011

10

23,25

2012

10

23,25

2013

07

16,27

2014

10

23,25

2015

06

13,95

2016

00

0,0

Fonte: Lilacs e Medline

Com relação ao tratamento dos dados obtidos, revela-se que a maioria dos artigos (f = 32; 74,42%) utilizou metodologia quantitativa, apenas 10 (23,26%) foram analisados qualitativamente e um (2,32%) apresentou método qualitativo e quantitativo. Além disso, percebeu-se que 22 (51,16%) estudos foram realizados na região Sul/Sudeste, 13 (30,23%) na região Norte/Nordeste, 5 (11,62%) na região Centro-oeste e 3 (6,97%) abrangiam várias regiões do Brasil (ver Tabela 2).

Tabela 2 – Região de Publicação

Região

f

Porcentagem

Sul/Sudeste

22

51,16

Norte/Nordeste

13

30,23

Centro-oeste

5

11,62

Várias regiões

3

6,97

Fonte: Lilacs e Medline

 A partir da análise aprofundada do conteúdo dos artigos encontrados, emergiram oito categorias de análise que representam os trabalhadores contemplados nos artigos analisados, apresentados por ordem decrescente de quantidade de artigos. São elas: 1. Profissionais de Saúde; 2. Servidores públicos; 3. Docentes; 4. Policiais; 5. Profissionais da Indústria; 6. Agentes penitenciários/socioeducadores; 7. Cortadores de cana-de-açúcar e 8. Motoristas.

Além dos artigos elencados em cada categoria descrita, outros 4 artigos subsidiaram a análise e discussão do presente estudo, porém não foram abordados nas categorias por se tratarem de estudos de perfil de agravos notificados em determinadas regiões do país.

Categoria 1 – Profissionais de Saúde

A categoria, ‘Profissionais de Saúde’, aborda artigos (f = 20) que ressaltam as condições de trabalho dos profissionais de saúde e sua relação com o processo de sofrimento psíquico. Nesta categoria, pode-se dividir a análise dos artigos em quatro subcategorias: 1.1 Profissionais da saúde que trabalham na Atenção Básica (f = 08); 1.2 Profissionais da saúde que trabalham em hospitais (f = 06); 1.3 Profissionais da saúde que trabalham com saúde mental (f = 03); e 1.4 Características gerais do trabalho em saúde (f = 03).

1.1 Profissionais da saúde que trabalham na Atenção Básica

Segundo a literatura, os profissionais de saúde estão mais suscetíveis a fatores de risco que desencadeiam a Síndrome de Bournout. Iniciar a carreira com entusiasmo e o cuidado com o outro são fatores de risco para o desenvolvimento desta síndrome que quase sempre estão aliados à inexistência de ações institucionais e de espaços para se repensar a prática profissional (Silveira, Câmara, & Amazarray, 2014).

Os profissionais que trabalham no setor da saúde, mais especificamente os que atuam na Atenção Básica, se deparam com a escassez de recursos e de tecnologias para a resolução dos problemas. Vivenciam também situações de vulnerabilidade nos territórios que atuam, sendo ameaçados por usuários violentos. Tais fatores podem contribuir para um esgotamento profissional (ALVES; PEDROSA; COIMBRA; MIRANZI; HASS, 2015; DILÉLIO et al., 2012; MAISSIAT; LAUTERT; DAL PAI; TAVARES, 2015).

O agente comunitário de saúde (ACS), no contexto da Atenção Básica, é o profissional que atua mais próximo da comunidade, atuando como elo entre as necessidades de saúde das pessoas e o acesso aos serviços da unidade de saúde. Apresentou-se como fator gerador de estresse, para essa categoria de profissionais, a falta de entendimento da população quanto ao seu trabalho, o número elevado de pessoas da comunidade a serem atendidas, as limitações quanto à resolutividade dos problemas da comunidade e a falta de organização, de companheirismo e de coleguismo da equipe multidisciplinar (RESENDE et al., 2011; SANTOS; FEREREIRA; JUNIOR; SOBRINHO, 2012).

Santos e David (2011), em sua pesquisa com ACS, apontam como fonte geradora de tensão e mal-estar, a divergência estabelecida entre o trabalho real e o trabalho prescrito. Em consonância com a pesquisa de Gomes, Neto, Amaral e Silva (2011), que aborda o hiato entre o que se espera da atividade do ACS e o que ele efetivamente consegue realizar em sua prática, visto que lhe é exigido o acompanhamento de um número grande de famílias da comunidade além de atribuições na própria unidade de saúde.

1.2 Profissionais da saúde que trabalham em hospitais

Entre os trabalhadores de hospitais, verificou-se como fatores de risco a pressão imposta sobre a agilidade do trabalho, a eminência de morte dos pacientes e principalmente a imposição do modelo curativo. Além desses fatores, as jornadas excessivas de trabalho, principalmente do público feminino, que associa funções familiares às jornadas de trabalho que muitas vezes já são duplas, também foram citadas como fatores de risco para o adoecimento físico e psíquico (GONÇALVEZ et al., 2014; RODRIGUES; RODRIGUES; OLIVEIRA; LAUDANO; SOBRINHO, 2014; SÁ; SOUZA; LISBOA; TAVARES, 2012; SANTANA et al., 2013).

Em pesquisa realizada por Kestenberg, Felipe, Rossone, Delphim e Teotonio (2015) constatou-se que a maioria dos profissionais de enfermagem (56%) de um hospital universitário apresentava algum nível de estresse. Vale ressaltar que a pesquisa foi realizada apenas com a equipe de enfermagem: enfermeiros, residentes de enfermagem, técnicos e auxiliares de enfermagem que compunham o quadro funcional. Foram apontados como fatores ameaçadores à saúde física e mental a atuação em mais de um local de trabalho e a falta de valorização do profissional de enfermagem.

Oliveira et al. (2013) relata em sua pesquisa o crescente consumo de bebida alcoólica por profissionais de enfermagem. Mais de 25% dos participantes da pesquisa associaram o consumo de bebidas alcoólicas ao trabalho. Admite-se, assim, que existe relação entre o sofrimento mental, as condições de trabalho e o consumo de bebidas alcoólicas. O álcool funciona como um mecanismo de enfrentamento utilizado pelo indivíduo para o alívio da tensão se esquivando do sofrimento mental, da demanda psicológica e das condições de trabalho.

1.3 Profissionais da saúde que trabalham com saúde mental

Com a Lei da Reforma Psiquiátrica de 2001 e com a criação do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em 2002, definiu-se um novo modelo de atenção à saúde mental no Brasil em caráter substitutivo ao hospital psiquiátrico. Tais espaços destinam atender pessoas com transtornos mentais graves e severos contando, para isso, com equipes multiprofissionais.

Os três artigos elegidos para esta categoria apontam que a saúde mental de trabalhadores da saúde mental é um tema pouco abordado ainda. Nota-se que o próprio trabalhador desse serviço passa a demandar cuidado diante das condições de trabalho oferecidas. São citados como fatores que dificultam o exercício da prática profissional: desvalorização da saúde mental enquanto área de trabalho; falta de investimento que impõe limites e sobrecarrega o trabalhador; formações profissionais que ainda seguem o modelo clínico-biológico, confrontando-se com a necessidade da prática na perspectiva da atenção psicossocial (ATHAYDE; HENNINGTON, 2012; GOMES; ARAUJO; SANTOS, 2011; RIBEIRO, 2015).

1.4 Características gerais do trabalho em saúde

Os artigos que retratam as características gerais do trabalho de profissionais da saúde citam como principal efeito nocivo à saúde, as longas jornadas laborais. Tal jornada excessiva de trabalho aumenta a fadiga, riscos cardiovasculares, sintomas psicológicos, lesões e aumenta a probabilidade de acidentes de trabalho (ROBAZZI et al., 2012). Em pesquisa realizada por Ferreira, Griep, Fonseca e Rotenberg (2012), constatou-se que profissionais da saúde que tinham mais de um emprego tinham mais chance de ter mais dias ausentes do trabalho. Fato que pode ser explicado pelo desgaste físico e psíquico gerado pela elevada demanda de trabalho. Esse desgaste físico e psíquico pode direcionar esses profissionais de saúde ao uso de psicotrópicos como aponta a pesquisa de Dias et al. (2011).

Categoria 2 – Servidores públicos

A segunda categoria, ‘Servidores públicos’, engloba artigos (f = 07) que abordam a temática de trabalhadores no serviço público, suas características de trabalho e o processo de adoecimento destes trabalhadores.

Os servidores públicos, mesmo tendo estabilidade no emprego, estão sujeitos às situações que configuram precarização do trabalho tais como acúmulo de funções, privatizações de instituições públicas, degradação das condições de trabalho e deficiência dos serviços prestados. Tais situações podem afetar diretamente a saúde do trabalhador (OLIVEIRA; BALDAÇARA; MAIA, 2015; PALAZZO; CARLOTTO; AERTS, 2012; SILVA; TOMÉ; COSTA; SANTANA, 2012).

“Episódios de depressão” e “transtornos ansiosos” são os casos mais evidenciados nos estudos. Estes transtornos apresentam relação direta com o trabalho. Ao contrário do que o senso comum relaciona de serviço público com trabalho prazeroso, as organizações públicas apresentam características de trabalho desgastantes acrescidas de características que lhe são peculiares como o apego ao poder, à hierarquia e ao paternalismo nas relações (OLIVEIRA et al., 2015).

Tais episódios citados são um dos principais fatores responsáveis pelo crescimento do índice de absenteísmo do serviço público. As mulheres são as mais afastadas por licença saúde, principalmente no período reprodutivo. Os servidores públicos mesmo estando cobertos por um sistema de assistência próprio – Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público Federal (SIASS), também têm direito de acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) (LEÃO; BARBOSA-BRANCO; RASSI NETO; RIBEIRO; TURCHI, 2015; MASCARENHAS; BARBOSA-BRANCO, 2014; RODRIGUES; FREITAS; ASSUNÇÃO; BASSI; MEDEIROS, 2013; SCHLINDWEIN; MORAIS, 2014).

Categoria 3 – Docentes

A terceira categoria, ‘Docentes’, engloba artigos (f = 04) que ressaltam as características de trabalho docente. Nesta categoria, pode-se dividir a análise dos artigos em duas subcategorias: 3.1 Docentes do ensino básico (f = 02); 3.2 Docentes universitários (f = 02).

3.1 Docentes do ensino básico

Os docentes, principalmente no ensino público, vivenciam condições de trabalho precárias, experiências de insegurança e violência. Percebe-se também que a dedicação exaustiva, habilidades e competências individuais dos professores encobrem as condições de trabalho existentes à medida que esse esforço se concretiza em bons resultados. Tais características do trabalho favorecem o aparecimento de doenças físicas e psíquicas, surgem sentimentos de frustração e subordinação ao contexto de trabalho (GIANNINI; FERREIRA, 2012).

Cardoso, Araújo, Carvalho, Oliveira, e Reis (2011) apontam em sua pesquisa a relação entre aspectos psicossociais do trabalho e a dor muscoesquelética nos professores. Membros superiores e dorso foram os mais afetados entre professores da rede municipal investigada. Acredita-se que as características de alta exigência e estresse no trabalho seja um efeito potencializador do desgaste físico.

3.2 Docentes universitários

O trabalho docente resulta em um produto imaterial, o conhecimento. Essa dimensão de não palpável é invisível e gera um sentimento de falta de reconhecimento do trabalho dos professores. A jornada de trabalho e a produtividade desses profissionais deve ser concebida de uma forma diferenciada, pois trata-se de um trabalho criativo, intelectual que muitas vezes se concretiza nos feriados, finais de semana ou horários de “folga” (ARBEX; SOUZA; MENDONÇA, 2013).

No meio acadêmico há uma forte exigência na realização de pesquisas, obtenção de fomentos, crescimento na carreira, orientações de alunos. Esses fatores geram ansiedade, cansaço, competição entre os colegas impactando negativamente na saúde dos professores. Na universidade pública, o professor afastado, na sua reabilitação docente não poderá assumir atividades de sala de aula. O que para alguns intensifica o sentimento de frustração associada a competitividade exacerbada para compensar o declínio na pontuação com essa restrição laboral (ARBEX et al., 2013; CARAN; FREITAS; ALVES; PEDRÃO; ROBAZZI, 2011).

O estresse foi a alteração na saúde mais mencionada pelos docentes na pesquisa de Caran et al. (2011). Agregada a fatores de ansiedade, cefaleia, mau humor, cansaço físico e mental. Neste caso, o local de trabalho é o gerador de tensão e na grande proporção dos casos impacta na ocorrência de agravos à saúde dos professores.

Categoria 4 – Policiais

A quarta categoria, ‘Policiais’, engloba artigos (f = 02) que ressaltam características e fatores de risco para a saúde destes profissionais. Reconhece-se que os policiais são expostos a ambientes conflituosos, situações de pressão e estresse intenso. Lidam com a violência e criminalidade colocando em risco a própria vida. Essas situações de extremo estresse são fatores de risco e repercutem negativamente na vida saúde destes trabalhadores (FERREIRA; BONFIM; AUGUSTO, 2012).

Outra característica importante percebida na literatura sobre o tema foi a presença de relações de trabalho baseadas na hierarquia, autoritarismo e subordinação. Os policiais percebem um companheirismo entre os pares, porém os superiores mantêm relações ríspidas e autoritárias (FERREIRA et al., 2012).

Além destes fatores, a jornada de trabalho também foi citada na literatura como fator desgastante acarretando irritabilidade, insônia e envelhecimento precoce. Alguns profissionais possuem jornadas duplas de trabalho para complementar a renda da família. As poucas horas de descanso acarretam fadiga sendo potencial fator de enfermidades (MINAYO; ASSIS; OLIVEIRA, 2011).

A partir da análise dos artigos desta temática, destaca-se a carência de abordagem sobre o acompanhamento à saúde do trabalhador. Minayo et al. (2011) ressaltaram que há preconceito com relação ao atendimento psicológico, assim, os policiais não procuram atendimento por receio da avaliação dos colegas.

Categoria 5 – Profissionais da indústria

A quinta categoria, ‘Indústria’, engloba artigos (f = 02) que ressaltam as características das ocupações e sua relação com o processo de sofrimento psíquico. O modelo de gestão adotado nas indústrias, que é baseado na produtividade e qualidade, vem transformando ao longo dos anos as relações de trabalho no contexto fabril. A visão exacerbada de competitividade nas organizações reduz a subjetividade nas relações, acarretando impactos negativos para a saúde dos trabalhadores. As longas jornadas, o trabalho intensificado e a pressão por metas são fatores estressores podendo levar ao esgotamento físico e psíquico (STENGER; MONTEIRO; SABINO; MIQUILIN; CORRÊA FILHO, 2014).

A expansão industrial do Brasil nos últimos 20 anos e as novas modalidades de gestão despertou interesse na realização de pesquisas principalmente sobre o tema de saúde. Estas pesquisas buscam relacionar o perfil de saúde-doença e as características das principais ocupações, destacando-se estudos em ergonomia. Porém, para o setor industrial as pesquisas relacionadas à saúde mental do trabalhador precisam ser intensificadas. Ainda há deficiência no reconhecimento das situações em que o trabalho contribui para o adoecimento mental (FONSECA; ARAÚJO, 2014; SILVESTRE; SABINO, 2011).

Segundo pesquisa realizada por Silvestre e Sabino (2011) os agravos à saúde física representam cerca de 85% dos diagnósticos feitos nos atendimentos ambulatoriais do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST). Maior parte destes pacientes também se queixa de sintomas de ordem psíquica, porém nem todos os casos são diagnosticados. O que se percebe é uma insegurança gerada a partir de um quadro de adoecimento físico, medo de perder o emprego após o diagnóstico de LER (lesão por esforço repetitivo). O autor sugere que em todos os casos em que o sofrimento mental associado à portadores de LER for identificado por um profissional de saúde, seja notificado. O vínculo com o trabalho (nexo causal) será investigado. Para tanto, é necessário que ocorra sensibilização e capacitação dos profissionais de saúde.

Categoria 6 – Agentes penitenciários/socioeducadores

A sexta categoria, ‘ Agentes penitenciários/socioeducadores’, aborda (f = 02) artigos que trazem as condições de trabalho destes profissionais.

Agentes penitenciários ou agentes socioeducadores desempenham função de alto risco, estando expostos a situações geradoras de estresse e ansiedade. Estes profissionais além de manterem contato direto com aprisionados estão expostos às péssimas condições oferecidas pelo sistema prisional. A superlotação prisional e a carência de funcionários do setor de segurança intensificam este desgaste (BONEZ; MORO; SEHNEM, 2013).

Além de prezarem pela segurança da população, esses profissionais têm a tarefa árdua de garantir um processo de ressocialização dos detentos, sejam eles adolescentes ou maiores de idade. Se o tratamento penal for adequado, aumenta-se a possibilidade de o indivíduo sob custódia não reincidir. No entanto, as condições e realidade do sistema carcerário não proporcionam ambiente propício à uma reeducação. Os agentes se deparam com uma ambivalência de culturas e valores completamente distintos nos ambientes em que frequentam em sua vida profissional e pessoal (GRECO; MAGNAGO; BECK; URBANETTO; PROCHNOW, 2013).

Categoria 7 – Cortadores de cana-de-açúcar

A sétima categoria, ‘Cortadores de cana-de-açúcar’, aborda um artigo que ressalta as condições de trabalho destes profissionais. Os cortadores de cana-de-açúcar convivem com condições precárias de trabalho, condições semelhantes a situações de escravidão em que lhe são violados os direitos trabalhistas. A participação desse trabalhador no setor é sazonal, o mesmo costuma deixar sua cidade de origem apenas no período da colheita de cana e se depara com situações degradantes como alojamentos precários e alimentação insuficiente.

A falta de equipamentos de proteção, jornadas de trabalho exaustivas para atender à demanda da safra e a sazonalidade das safras são fatores que impactam no desgaste desses profissionais que migram de regiões em busca de emprego e são expostos a condições desgastantes de trabalho por longos períodos (PRIULLI; MORAES; CHIARAVALLOTI, 2014).

Embora existam no mercado equipamentos de colheita automáticos, algumas regiões produtoras de cana-de-açúcar são montanhosas e dificultam o acesso de tais máquinas, sendo necessária a exploração da mão de obra destes profissionais. De forma geral, esses trabalhadores possuem baixa escolaridade e não têm acesso às informações de cuidado e prevenção à ergonomia ou saúde mental.

Categoria 8 – Motoristas

A oitava categoria, ‘Motoristas’, engloba um artigo sobre os motoristas expostos a fatores de riscos à saúde mental relacionada ao trabalho. Ressalta-se que nesta categoria, foi abordado exclusivamente motorista de ônibus.

Motoristas de ônibus estão expostos a condições precárias nos equipamentos de trabalho, ônibus sem conforto e ergonomicamente inadequados. Transportam vidas e lidam com diferentes perfis de passageiros, muitas vezes, agressivos e descontentes. Além disso, são expostos a condições de estresse diário no trânsito, mudança climática, acidentes de trânsito e violência. Sem falar que as empresas de transporte impõem horários rígidos de rota (ASSUNÇÃO; SILVA, 2013).

Percebeu-se, nesta categoria, carência de estudos sobre outras modalidades de trabalho de motoristas, como por exemplo, motoristas de táxi e caminhoneiros. Há diversas possibilidades de atuação com pesquisas sobre o tema.

Considerações finais

O levantamento de publicações sobre saúde mental e trabalhador foi importante para revitalizar as discussões sobre o tema, principalmente no âmbito da saúde do trabalhador. A partir dos resultados do presente estudo, percebeu-se que as publicações relacionadas ao tema, nas bases de dados Lilacs e Medline, apesar de manterem certa constância nos últimos quatro anos, não apresentou publicações no ano de 2016 (até o mês de setembro).

Outro aspecto relevante, identificado com esta pesquisa, foi a carência de artigos que citassem a rede de assistência à saúde do trabalhador. Percebeu-se que o tema de saúde mental do trabalhador é relevante para diversos âmbitos de atuação profissional, porém não ficou explícito a contribuição das políticas públicas no processo de promoção à saúde ou mesmo na assistência ao sofrimento e adoecimento do trabalhador. Neste aspecto, o presente estudo reforça como oportunidade a divulgação de informações sobre a rede de assistência à saúde do trabalhador de modo a contribuir com discussões sobre o tema e levar informações aos trabalhadores usuários das políticas públicas de saúde.

Foi possível observar que o setor mais estudado foi o setor de saúde. Enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde foram os profissionais mais citados como impactados no processo de adoecimento. Em segundo lugar, o setor de serviço público. As relações hierárquicas conflitantes e abuso de poder foram citados como fatores mais impactantes principalmente para o público feminino. Em terceiro lugar foi o setor de educação. Tanto para professores de educação básica quanto para professores universitários, entregar um trabalho com qualidade diante de um cenário limitador foi citado como fator de adoecimento.

Sentiu-se carência de uma maior quantidade de artigos sobre o setor industrial. O setor industrial e seus sistemas de produção historicamente são mencionados como adoecedores, porém não foram identificados muitos artigos com essa temática central. Além disso, nenhum artigo trouxe como contribuição o trabalho autônomo ou trabalho informal.

Por tudo isso, conclui-se que é imprescindível conhecer as condições de trabalho, delimitar as situações de exposição para, então, entender os efeitos específicos que tais situações produzem na saúde e na vida dos trabalhadores. Somente assim, as ações de intervenção e as medidas de proteção à saúde poderão ser adequadamente planejadas e executadas possibilitando o alcance de resultados desejados.

Referências

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Autores

Ana Karine Sousa Cavalcante – Psicóloga. Mestranda em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. Email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Cynthia de Freitas Melo – Psicóloga. Doutora em Psicologia. Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza. Coordenadora do Laboratório de Estudos e Práticas em Psicologia e Saúde (LEPP-Saúde). Email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Darli Chahine Baião – Psicóloga. Doutoranda em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. Email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.