1706 A Relevancia Da Familia No Processo De Hospitalizacao Revisao Integrativa

admin37109
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Caracterizar a produção científica a respeito da família no processo de hospitalização de pacientes adultos e idosos.

Resumo

Objetivo: caracterizar a produção científica a respeito da família no processo de hospitalização de pacientes adultos e idosos. Método: realizou-se busca ativa nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO, seguindo critérios de inclusão e exclusão. Utilizou-se estatística descritiva e análise de conteúdo. Como resultado, foram selecionados 21 artigos para compor a revisão integrativa de literatura, utilizando-se o recorte temporal (2011-15). Resultados: analisou-se artigos que expressaram a necessidade de serem estabelecidos pelas equipes de saúde, um olhar e um cuidado voltado aos familiares e suas necessidades no contexto de internação de um membro familiar. Conclusão: a situação de doença com possibilidade de morte traz à tona no paciente e em sua família sentimentos de fragilidade e impotência os quais podem ser geradores de crise e anseio na estrutura familiar. A família é considerada a base de apoio e suporte do paciente na situação de adoecimento e internação. Descritores: família; hospitalização; paciente.

 

Abstract

Objective: characterize the scientific production about the family in the hospitalization process of adults and elderly patients. Method: the authors conducted active search in the databases MEDLINE, LILACS and SciELO, following inclusion and exclusion criteria. In the analysis, we used descriptive statistics and content analysis. As a result, 21 articles were selected for inclusion in the integrative review of the literature, using the time frame (2011-2015). Results: analyzed articles that expressed the need to be established by health teams, a look and a carefully targeted to families and their needs in the context of hospitalization of a family member. Conclusion: the situation of disease with the possibility of death brings up the patient and his family feelings of fragility and helplessness which can be crisis generators and longing in the family structure. The family is considered the base of support and patient support in the illness and hospitalization situation. Descriptors: family; hospitalization; patient.

 

Introdução

O processo de adoecimento e hospitalização implica na vivência de sentimentos – angústia, medo, apreensão, tristeza – e mudanças no cotidiano daquele que adoece e de sua família. Trata-se de momentos de desorganização e crises para todos os envolvidos1.

Durante a hospitalização, o paciente pode perpassar por algumas etapas que caracterizam esse momento, tais como: cisão do cotidiano, mudanças, problemas de autonomia, impedimento do transcurso normal da vida, situação de agente para paciente.2 Nesse sentido, a partir da vivência da patologia, o sujeito passa a enfrentar uma realidade diferente da usual, podendo desencadear um estado de desamparo3.

Neste estado o paciente necessita acionar recursos internos e externos, para realizar o processo de adaptação e assim, aliviar a tensão provocada pela circunstância4. Deste modo, no decorrer do adoecimento e hospitalização, e exigido tanto do paciente como de seus familiares, recursos para lidar com a situação demandando destes, novos modos de enfrentamento.

Dessa forma, é imprescindível que haja a participação da família no processo de saúde-doença do indivíduo. No que se menciona ao núcleo familiar, é possível conceituar este como um sistema formado por indivíduos que mantém vinculação e relação social dinâmica assumindo características e papéis que são constituídos a partir de um repertório de crenças, valores e normas5.

Em relação ao acometimento de enfermidades e processo de hospitalização, o núcleo familiar designa suas próprias atitudes e modos de cuidado. Usualmente, a família procura se estruturar e adaptar-se a situação para disponibilizar o cuidado ao ente querido6.

No entanto, mesmo buscando a restruturação e equilíbrio para fornecer auxílio e cuidados, a família vivência um cotidiano de incertezas e ameaças provocados pelo adoecimento e internação. É comum que familiares experimentem sentimento de impotência, desapontamento e aflição diante da hospitalização. Urge, portanto, a necessidade estabelecer também o cuidado à família que está sofrendo as implicações da hospitalização7.

Considerando o exposto e a relevância dos cuidados fornecidos pelos familiares nesse contexto, é essencial que equipe se faça presente intervindo através da assistência humanizada à díade paciente-família. Os profissionais de saúde podem ser instrumentos facilitadores do cuidado, estabelecendo uma relação que promova melhores alternativas terapêuticas e conhecimento mais amplo e integrado da dinâmica familiar8.

 

Objetivo

Caracterizar a produção científica, no âmbito nacional a respeito da família no processo de hospitalização de pacientes adultos e idosos.

 

Metodologia

Estudo do tipo revisão integrativa da literatura nacional, com o intuito de buscar, avaliar criticamente e sintetizar evidências disponíveis acerca da temática família versus hospitalização. Os procedimentos metodológicos utilizados foram baseados nas proposições estabelecidas pela literatura científica no que compete realização de uma revisão integrativa9.

Desse modo, inicialmente, definiu-se a questão de pesquisa: qual a produção científica disponível acerca da família no contexto da hospitalização do adulto e/ou idoso? Em seguida, foi realizada uma busca de artigos, no mês de julho de 2015 e revalidada no mês de maio de 2016, no portal de bases de dados eletrônicos Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na qual foram consultadas as bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE).

Utilizou-se como estratégia de busca das produções o cruzamento dos descritores: família e hospitalização no idioma português combinando-se os termos com o operador booleano padrão AND. Estipulou-se que os critérios de inclusão seriam: artigos disponíveis na íntegra e com acesso livre em suporte eletrônico; estudos desenvolvidos no Brasil e disponibilizados nos idiomas inglês e/ou português; publicados de 2011 a julho de 2015; que continham os descritores no título, resumo ou assunto; correspondessem à temática escolhida; e, artigos que estivessem voltados para os públicos adulto e idoso. Como critérios de exclusão, utilizou-se: trabalhos de monografia, dissertação, tese e artigos publicados em eventos científicos, artigos repetidos entre as bases (considerando somente um, no caso de repetições) e os que após a leitura integral não correspondesse à temática escolhida para análise.

A busca pelas publicações foi realizada de maneira independente por dois pesquisadores seguindo-se os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, após essa avaliação, verificou-se consenso nos resultados encontrados. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra organizados e analisados em um quadro sintético no formato de tabela de Excel para Windows, utilizando-se o instrumento de coleta de dados validado10.

Em seguida, foi realizada análise crítica dos artigos incluídos, a partir da avaliação do nível de evidência do estudo, conforme sugerido na literatura11: I – Revisão sistemática ou meta-análise; II – Ensaio controlado aleatório; III – Ensaio controlado sem aleatoriedade; IV – Estudo de caso-controle ou Estudo de coorte; V – Revisão sistemática de estudo qualitativo ou descritivo; VI – Estudo qualitativo ou descritivo; VII – Parecer ou consenso. Por fim, os resultados foram explicitados, utilizando-se de estatística descritiva, sintetizados e discutidos, a partir da interpretação e reflexão acerca dos achados.

 

Resultados

Os resultados descritos a seguir foram obtidos a partir dos critérios metodológicos mencionados anteriormente. O estudo evidenciou inicialmente 457 artigos, após leitura de resumo e considerando os critérios de inclusão contatou-se 28 artigos para leitura. Desses artigos, foram observadas repetições devido a busca por diferentes bases de pesquisa, resultando em 21 artigos. Desse modo, resultou-se em 21 artigos válidos para análise na revisão integrativa de literatura. As publicações versaram sobre as temáticas que envolvesse o familiar no contexto da hospitalização do paciente adulto e/ou idoso.

Desse modo, é possível perceber que os resultados referentes aos artigos que foram utilizados na revisão integrativa são refinados após análise criteriosa. Dos 457 artigos inicialmente encontrados nas bases pesquisadas, foram utilizados 21. Esse percentual refere-se a 4,59% dos artigos encontrados. Uma margem que corresponde a recorte da pesquisa, para que houvesse mais especificidade nas temáticas dos artigos revisados e considerados para discussão.

No que concerne à distribuição dos estudos por bases cientificas, que consta na Tabela 1, obteve-se um maior número de publicações oriundas da base de dados LILACS, com 13 publicações, representando 61,9% da amostra. Esse fator pode ocorrer devido a abrangência da base que está presente como referência em 27 países e que produz em larga escala na área de psicologia, ocasionando em maior número de achados.

 

         Base

Produção

%

SciELO

6

28,57%

LILACS

13

61,91%

MEDLINE

2

9,52%

Total

21

100,00%

 

Tabela 02 – Bases de dados em que os artigos se encontravam

Considerando-se à produção cientifica ao longo dos anos em cada base, elaborou-se a Tabela 2, a qual exibe os dados por ano de publicação. Verificou-se que o maior número de artigos publicados considerando a temática proposta ocorreu nos anos de 2012 e 2013.

 

Ano

Produção

%

2011

4

19,05%

2012

5

23,81%

2013

5

23,81%

2014

3

14,29%

2015

4

19,05%

Total

21

100,00%

 

Tabela 02 – Publicações por ano

A caracterização da produção científica acerca da família no processo de hospitalização de pacientes adultos e idosos, com relação ao código do artigo, título, autor, método e nível de evidência das publicações se encontram na Tabela 3. Verificou-se que 85,7% dos estudos correspondem ao nível de evidência VI.

 

Código

Título

Autores

Método

Nível de Evidência

A1

O estresse do familiar acompanhante de idosos dependentes no processo de hospitalização

Vieira, GB

Alvarez, AM

Girondi, JBR

Estudo qualitativo de abordagem convergente assistencial (PCA). Foram utilizadas as técnicas de observação participante e entrevista semiestruturada. Durante toda pesquisa foi utilizado também o prontuário clínico dos idosos, com dados referentes ao diagnóstico, resultado de exames e evoluções diárias dos profissionais da saúde.

VI

A2

Transplante de medula óssea e a assistência de enfermagem fundamentada no Modelo Calgary

Fráguas, G

Salviano, MEM

Fernandes, MTO

Soares, SM

Bittencourt, HNS

Pesquisa de natureza qualitativa, tipo estudo

de caso fundamentado no Modelo Calgary de

Avaliação e Intervenção da Família. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas.

VI

A3

A família e a internação psiquiátrica em hospital geral

Mello, RM

Schneider, JF

Pesquisa qualitativa na abordagem da sociologia fenomenológica de Alfred Schutz. Para acessar o estoque de conhecimentos dos familiares foi utilizada a entrevista fenomenológica, tendo como questão orientadora: “o que você espera da Internação Psiquiátrica em um Hospital Geral? As entrevistas foram realizadas individualmente.

VI

A4

A importância da Família Participante para acompanhantes e idosos hospitalizados: A atuação do enfermeiro

Souza, MA

Torturella, M

Miranda, M

Pesquisa de campo quantitativa e exploratória. O instrumento utilizado foi um formulário com questões fechadas, que caracterizavam os acompanhantes conforme variáveis como as seguintes: sexo, idade e grau de parentesco com o idoso hospitalizado, período que permaneciam na enfermaria, e perguntas direcionadas ao Programa “Família Participante”.

III

A5

A interferência das relações familiares no processo de envelhecimento: Um enfoque no idoso hospitalizado

Batista, NC

Crispim, NF

Estudo transversal, de caráter exploratório e descritivo, baseado

no método qualitativo de investigação. Utilizaram-se entrevistas semi-estruturadas para traçar o perfil sociodemográfico dos idosos. Outro instrumento utilizado contemplou questões referentes à estrutura da família e à natureza das relações entre seus componentes. Foi aplicado também, com os pacientes idosos, outro instrumento chamado APGAR da Família.

VI

A6

Alterações na dinâmica familiar com a hospitalização em unidade de terapia intensiva

Sell, CT

Sell, BT

Nascimento, ERP

Padilha, MI

Carvalho, JB

Estudo descritivo com abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas aos familiares a respeito das mudanças que ocorreram no seu cotidiano após a internação do seu parente na UTI.

VI

A7

Sentimentos dos cuidadores de usuários de bebidas alcoólicas frente à internação

Antunes, F

Marcon, SS

Oliveira, MLF

Estudo qualitativo. Elaborado um roteiro para entrevista semiestruturada e um diário de campo, que teve a finalidade de registrar informações pertinentes apontadas pela entrevistadora após a realização das entrevistas.

VI

A8

Espiritualidade dos familiares de pacientes internados em unidade de terapia intensiva

SchlederI, LP

ParejoII, LS

PugginaI, AC

Silva, MJP

 

Estudo descritivo com abordagem quantitativa. Foi realizada a aplicação de questionário de dados demográficos,socioeconômicos, religiosos e de saúde com 23 questões que foi desenvolvido e testado na primeira fase do estudo de validação da Escala CRE a fim de caracterizar a população a ser estudada. Em seguida, foi aplicada a Escala de Coping Religioso/Espiritual (Escala CRE) adaptada e validada no Brasil.

VI

A9

Estratégias de educação em saúde direcionadas a cuidadores durante a internação

Carvalho, DP

Rodrigues, RM

Brazil, E

 

Estudo exploratório com abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas aos cuidadores.

 

VI

A10

Estratégia de Enfrentamento (Coping) da Família Ante Um Membro Familiar Hospitalizado: Uma Revisão de Literatura Brasileira

Santos, QN

 

Revisão de Literatura. Esta pesquisa foi elaborada de forma bibliográfico-exploratória sobre o tema: “estratégia de enfrentamento familiar”. Utilizou-se a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) como recurso para coletar as publicações referentes ao tema.

V

A11

A experiência em acompanhar um membro da família internado por câncer

Mistura, C

Schenkel, FW

Rosa, BV

Girardon-Perlini, NMO

Estudo descritivo com abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas abertas, com a pergunta disparadora: “como é para você acompanhar (nome do paciente) durante a internação hospitalar? ”

VI

A12

Perfil de pacientes dependentes hospitalizados e cuidadores familiares: conhecimento e preparo para as práticas do cuidado domiciliar

Souza, IC

Silva, AG

Quirino, ACS

Neves, MS

Moreira, LR

Estudo descritivo com abordagem quantitativa. Foi realizada aplicação de questionário semiestruturado familiares/cuidadores. O questionário possuía perguntas relacionadas a idade, sexo, estado civil e grau de escolaridade. Procurou-se também identificar as principais dúvidas a respeito dos dispositivos de assistência e seu manejo adequado.

VI

A13

Sentidos do cuidado com o idoso hospitalizado na perspectiva dos acompanhantes

Chernicharo, IM

Ferreira, MA

 

Pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva. Foi realizada aplicação de instrumento semiestruturado. Esse instrumento compõe-se de perguntas fechadas e de questões abertas para exploração do objeto da pesquisa. O registro foi feito por equipamento eletrônico, sendo fidedignamente transcritos ao término de cada entrevista.

VI

A14

Familiares na sala de espera de uma unidade de terapia intensiva: sentimentos revelados

Frizon, G

Nascimento, ERP

Bertoncello, KCG

Martins, JJ

Pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva.  Foram realizadas entrevistas semiestruturadas. Os familiares foram questionados, individualmente, sobre quais eram os seus sentimentos, naquele momento, em que aguardavam na sala de espera da UTI, para realizar a visita ao seu familiar.

VI

A15

Sentimentos de familiares acompanhantes de adultos face ao processo de hospitalização

Beuter, M

Brondani, CM

Szareski, C

Cordeiro, FR

Roso, CC

Pesquisa qualitativa realizada com familiares, utilizando-se o Método Criativo e Sensível para produção dos dados através da dinâmica “Almanaque”.

VI

A16

Sentimentos vivenciados por familiares de pacientes internados no centro de terapia intensiva adulto

Vieira, JM

Matos, KAP

Andrade-Barbosa, TL Xavier-Gomes, LM

Pesquisa qualitativa, descritiva, de caráter exploratório. Foram realizadas entrevistas abertas, em que os familiares foram indagados após visitas do ente querido no CTI. A pergunta norteadora: “O que você sentiu ao ver seu parente internado no CTI?”

VI

A17

Participação do familiar nos cuidados paliativos oncológicos no contexto hospitalar: perspectiva de enfermeiros

Silva, MM

Lima, LS

Pesquisa descritiva e qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, de acordo com o seguinte roteiro: como é para você ter o familiar presente no setor e participando, muitas vezes, do cuidado ao paciente? Você busca participar do cuidado que está sendo prestado ao paciente? Se sim, em quais atividades e de que forma? Em quais momentos essa participação pode ser positiva ou negativa? Quais são as estratégias de cuidado implementadas por você para o atendimento das necessidades do familiar?

VI

A18

Uso da narrativa como estratégia de sensibilização para o modelo do cuidado centrado na família

Amador, DD

Marques, FRB

Duarte, AM

Balbino, FS

Ferreira, MM Balieiro, G

Mandetta, MA

Estudo de abordagem qualitativa fundamentado na filosofia do Cuidado Centrado na Família. Os dados foram coletados por meio de um questionário contendo perguntas abertas sobre os pensamentos e sentimentos despertados pela narrativa da família; a percepção do participante em relação ao uso da narrativa para sua sensibilização sobre o cuidado centrado na família e os aspectos significativos da narrativa para seu crescimento pessoal e profissional.

VI

A19

Cotidiano do familiar acompanhante durante a hospitalização de um membro da família

Passos, SSS

Pereira, A

Nitschke, RG

Estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa, compreensiva.  Realizadas entrevistas semiestruturadas gravadas e transcritas.

 

VI

A20

Avaliação das estratégias de acolhimento na Unidade de Terapia Intensiva

Maestri, E

Nascimento, ERP

Bertoncello, KCG

Martins, JJ

Pesquisa qualitativa exploratória descritiva, realizada com os familiares e pacientes. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas que ofereciam como roteiro o tema relacionado, à percepção e avaliação das estratégias de acolhimento adotadas pelos enfermeiros na UTI.

VI

A21

Anxiety, depression, and satisfaction in close relatives of patients in an open visiting policy intensive care unit in Brazil.

Fumis, RRL

Ranzani, OT

Faria, PP

Schettino, G

Estudo clínico prospectivo. Foram realizadas entrevista e aplicação das escalas Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e Critical Care Family Needs Inventory (CCFNI) com familiares.

III

Tabela 3. Código do artigo, título, autor, método, nível de evidência e ano das publicações.

 

Com relação à perspectiva adotada pelos estudos acerca da família no processo de doença e hospitalização de um paciente adulto e/ou idoso, verificou-se que 52,39% das pesquisas se deram a partir da perspectiva da própria família sobre este processo. As demais informações constam na Tabela 03.

 

Artigo

Perspectiva

Produção

%

A1-A2-A4-A9-A12-A17-A18

Equipe

7

33,33%

A3-A6-A7-A8-A11-A13-A14-A15-A16-A19-A21

Família

11

52,39%

A5

Paciente

1

4,76%

A10-A20

Paciente/Família

2

9,52%

 

Total

21

100,00%

 

Tabela 03 – Diferentes perspectivas da relevância da família na hospitalização

 

No que se refere à categorização temática dos estudos, elaborou-se uma tabela com as principais temáticas abordadas nos artigos analisados. A temática com o maior número de menção nos artigos com 16 aparições foi a categoria: A equipe de saúde na complexidade das relações, em segundo lugar com 08 artigos aparece a categoria: A família no cuidado ao paciente. A temática: Hospitalização e os aspectos biopsicossociais foi abordada em 05 artigos e por último, a categoria: O paciente no processo de internação foi mencionado em 03 artigos.

 

Categorização de Temática

Artigos que Comtemplaram

Hospitalização e os aspectos biopsicossociais

A1; A3; A7; A12; A14

O paciente no processo de internação

A6; A11;13

A família no cuidado ao paciente

A1; A2; A7; A8; A11; A14; A15; A19

A equipe de saúde na complexidade das relações

A1; A2; A4; A5; A6; A7; A9; A10; A11; A12; A14; A15; A16; A17; A19; A21

 

Tabela 04 – Diferentes temáticas presentes nos artigos encontrados

 

A partir dos resultados exibidos e considerando a análise dos artigos avaliados, seguirão as discussões. Para melhor organização do material, estas serão dispostas em categorias temáticas conforme exposto abaixo:

No tangente a categoria classificatória – Hospitalização e os aspectos biopsicossociais – incluem-se, a consideração do sujeito hospitalizado em meio a sua subjetividade. A categoria classificatória- O paciente no processo de internação – traz o processo de hospitalização considerando a vivência do paciente. A categoria classificatória – A família no cuidado ao paciente – expõe a relevância da família durante o processo de adoecimento e internação. A última categoria denominada: A equipe de saúde na complexidade das relações – apresenta a consideração dos profissionais como eixo fundamental na prestação de serviços a pacientes e familiares durante o processo de internação.

 

Discussão

 

  1. Hospitalização e os aspectos biopsicossociais

 

A dinâmica demográfica no Brasil segue um ritmo de crescimento populacional e de modificações na sua estrutura etária. O envelhecimento da população brasileira e a consequente elevação do número de doenças crônico-degenerativas têm elevado os índices de internações hospitalares para pacientes adultos e idosos12.

É importante considerar o aumento na expectativa de vida como condicionante para as pessoas a viverem mais, podendo em contrapartida está relacionado ao processo degenerativo e suas condicionantes, tais como o desenvolvimento das doenças crônicas degenerativas e consequentemente a perda de suas capacidades funcionais. Essas perdas ocasionadas durante esse processo, desencadeia em preocupações para os familiares, já que envolve a necessidade de uma reorganização na dinâmica familiar para enfrentar a situação13.

A hospitalização de uma pessoa é um momento geralmente crítico, permeado por preocupações e situações angustiantes no qual, se podem experimentar diferentes sentimentos que envolvem não somente o seu familiar hospitalizado como também as suas perspectivas de vida. No momento, que um indivíduo é acometido por uma doença, todo o contexto familiar sofre diante das possibilidades de perda, medo do desconhecido e pelo momento incerto21.

Considerando a realidade exposta, torna-se fundamental que os profissionais de saúde e a sociedade exerçam sua crítica ao hospital como espaço restrito às doenças, trabalhando também a saúde do indivíduo em sofrimento psíquico e sua de família, tornando esse momento mais humano e aproximando a equipe das necessidades desses envolvidos (possibilitando que sejam agentes do cuidado)15. A presença significativa de um membro familiar acompanhando o paciente no período da hospitalização tende a contribuir para melhora do estado de saúde, a proporcionar segurança e bem-estar ao paciente e ao mesmo tempo, pode auxiliar para qualificar a assistência prestada16.Além disso, o vínculo com a equipe de saúde pode cooperar para o aprendizado sobre a condução do tratamento e o cuidado após a alta hospitalar17.

Ao levar em consideração estes aspectos relativos à inserção da família como participante do processo, o papel da instituição hospitalar não se limitará apenas nas diretrizes políticas de saúde, e sim ampliar-se-á por uma compreensão que exige outra concepção teórica, técnica e social – com foco na necessidade de resgatar a cidadania15.

Refletindo dessa maneira, é necessário pensar em práticas que se voltem para atenção e cuidado integral do usuário, sem se desvincular ao modelo biomédico em seus instrumentais, mas realizar uma reforma nos modos de se operar o sistema de saúde e do cuidado aos sujeitos. Então, é interessante que haja práticas de saúde que permitam compreender o sujeito em meio a sua subjetividade.

  1. O paciente no processo de internação

O diagnóstico de uma patologia, bem como o processo terapêutico de determinado adoecimento, pode ser, muitas vezes, prolongado, implicando em períodos de internação hospitalar. O processo de adoecimento e hospitalização acarreta ao doente e seus familiares a necessidade de se adaptar e se reorganizar a esta situação16.

O evento da hospitalização pode ser desencadeador de situações de ansiedade, angústia e temores, uma vez que essa é uma experiência dolorosa para todos. Para o paciente, o sentimento de vulnerabilidade, desamparo e desproteção são constantes e reativos aos aspectos inerentes aos procedimentos e às condições clínicas16.

O paciente, ao ser retirado de seu contexto social, perde uma parte da sua autonomia, especialmente, em relação a sua rotina de vida, a vivência de seus hábitos e comportamentos pessoais. A alteração destas condutas se dar pelo próprio adoecimento e também por estes serem incompatíveis com a rotina hospitalar18.

A hospitalização representa um momento de instabilidade para o binômio envolvido no processo (paciente e familiar)19. Portanto, o processo de adoecimento e necessidade de internação hospitalar interferem para o paciente como um impedimento na sua vida habitual. Nesse contexto, o sujeito pode sentir-se vulnerável e desamparado diante da situação desconhecida e dos procedimentos invasivos que é necessário submeter-se. A presença um dos familiares acompanhando o paciente nesse período tem uma relação com a melhora do estado de saúde, proporcionar segurança e bem-estar e ao mesmo tempo auxiliando na assistência prestada16.

  1. A família no cuidado ao paciente

A família, enquanto sistema incorpora um conjunto de valores, crenças, conhecimentos e práticas que norteiam as formas de agir na promoção da saúde de seus membros. Dessa forma, esse sistema irá refletir as formas da sociedade em que vivem e a cultura com a qual se identificam. O adoecimento de um dos seus membros compromete os demais integrantes desse núcleo de diversas maneiras – ocasionando até em algumas rupturas dessa rede20.

O adoecimento e a vivência de adversidades são experiências comuns que se colocam como desafios às famílias. Um membro desse núcleo que se encontra doente tende a impactar diretamente na homeostase da dinâmica. Durante o processo de hospitalização ocorre uma intensificação da dependência e da necessidade de apoio e de cuidados13.

Nesse ensejo, é possível perceber que a família exerce papel importante no que se refere às demandas do processo saúde/doença de um familiar21. O familiar acompanhante representa para o paciente, a sensação de segurança e proteção. Na ausência deste cuidado familiar, a pessoa doente pode se sentir abandonada16.

Nesse processo em que se faz necessária a internação de um dos familiares, os integrantes do núcleo vivenciam os sentimentos de medo e a insegurança. A situação de doença com possibilidade de morte iminente do paciente ocasiona em reflexões internas nos familiares, percebendo-se como ser frágil e impotente. Os sentimentos de tristeza, desespero e sofrimento são corriqueiros e desencadeadores da fragilidade humana17. Nesse sentido, esses sentimentos negativos vivenciados e as necessidades dos familiares necessitam de identificação e cuidado pela da equipe de saúde22.

A maneira como a família encara a patologia pode sofrer influências de alguns fatores: o papel que o familiar em processo de adoecimento exercia no lar; as consequências que o choque da doença ocasiona em cada sujeito; o estágio da vida familiar; e o modo como os integrantes do núcleo familiar se organizam durante o período de doença21.Conforme mencionado anteriormente, é importante frisar a contribuição do familiar acompanhante no processo de hospitalização para os pacientes enfermos. Nesse momento, o familiar encontra-se permeado de ambivalências afetivas, ora vivenciando momentos gratificantes, ora angustiantes. Para superar essa condição, é necessário se lançar mão de estratégias. A concretização dessas estratégias compreende fatores subjetivos, que permeiam por decisões e escolhas. Assim, o enfrentamento da hospitalização pelo familiar é composto por iniciativas singulares23.

A prestação de cuidados ao paciente por parte da família faz emergir aspectos positivos e negativos. As experiências positivas se relacionam a satisfação em auxiliar o familiar em um momento de fragilidade, enquanto que os aspectos negativos se voltam as alterações que a hospitalização sobrevém no cotidiano, ao cansaço físico, aos aspectos psicológicos e financeiros24.

Corroborando com a ideia exposta anteriormente, o ato de cuidar de uma pessoa hospitalizada pode ocasionar aos familiares níveis altos de estresse. Mas é necessário considerar os diferentes potenciais dos estressores, bem como as diferentes condições de resistência dos indivíduos, sendo necessário identificar os possíveis estressores para planejar ações que envolva a equipe de saúde de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Colocar-se (ou ser colocado) na posição de “ser cuidador” compromete o bem-estar no âmbito físico e psicológico, e, ocasiona mais exposição a doenças físicas e a estados emocionais negativos13.

Nesse sentido, a organização familiar é definidora de quem deve exercer o papel de cuidador principal na família e que as motivações podem ser distintas em cada uma das organizações. Algumas das influências que podem definir esse papel são: a questão do gênero, afetividade, grau de parentesco, idade, proximidade do domicílio, compromissos com o trabalho e assim sucessivamente13.

  1. A equipe de saúde na complexidade das relações

A experiência dos familiares em possuir um membro internado, constitui-se numa condição que estabelece a necessidade de reorganização da dinâmica familiar. Essa mudança envolve todos os membros da família, apontado deste modo, que o adoecimento é uma condição mobilizadora da unidade familiar e que doente e sua família compõem um binômio fundamental25.

A dinâmica familiar é transformada, e para que o familiar cuidador possa assistir o seu ente querido conseguindo enfrentar as dificuldades inerentes ao processo adoecimento-hospitalização, necessita do apoio de outros membros da família e também da colaboração dos profissionais de saúde principalmente no âmbito da hospitalização16.

A internação e adoecimento de um familiar é considerado um evento estressante para o núcleo familiar. Quando o paciente é classificado como um doente critico, comumente há, na família que o acompanha, a presença de sintomas depressivos e ansiogênicos. Para se minimizar esses sintomas e elevar a satisfação dos familiares é primordial se buscar estratégias de cuidado holísticas, cujo foco seja centrado no paciente e nos membros da família26.

Considerando-se o adoecimento e internação hospitalar como um momento gerador de anseios e angústias tanto para o paciente internado como para seu grupo familiar. A equipe multiprofissional necessita proporcionar uma assistência baseada nos princípios de humanização os quais, além de voltados a compreensão do paciente com seus valores, suas crenças e cultura, tem como finalidade favorecer a interação entre pacientes e familiares compreendo que estes, são essenciais no processo de tratamento17.

A prática assistencial demonstra que é incontestável a necessidade de prover assistência e cuidado também aos familiares, tendo em vista os seus anseios e as suas fragilidades. Deste modo, tem-se como pressuposto que, se a equipe profissional possuir a oportunidade de identificar e acolher os sentimentos dos familiares, suas práticas de cuidado estarão embasadas no respeito das necessidades emocionais de todos os envolvidos no processo de adoecimento e hospitalização21.

No que se mencionam as condições de saúde e ao prognóstico clínico, é fundamental rigor e cautelada da equipe, principalmente ao se propor verbalizar a respeito das condições de saúde do paciente. Os profissionais de saúde necessitam evitar expressar-se de modo que induza a más interpretações. É relevante atenta-se a uma comunicação clara e genuína a qual, não seja reprodutora de preconceitos ou comentários inapropriados que possam afetar a estrutura familiar ou o relacionamento da própria equipe com família27.

O cuidado e apoio psicossocial aos pacientes e suas famílias no momento da internação, deve ser e realizado com objetivo de amenizar as experiências consideradas negativas. Neste processo de crise e readaptação, a unidade familiar necessita de atitudes positivas frente à doença e ao tratamento, sempre que possível essas atitudes devem ser estimuladas pela equipe multiprofissional20. Ressalta-se a importância da equipe em prestar informações adequadas aos familiares, apresentando disponibilidade de escuta e acolhimento destes28.

Na assistência ao familiar, à equipe de saúde necessita atentar para as particularidades de cada familiar/cuidador, ponderando que o cuidado dispensado necessita ser individualizado, mesmo que se baseie em protocolos, deve estar voltado às necessidades e a realidade de cada família. É necessária a consideração de que a família é um núcleo de cuidado carregado de sentimentos e características singulares advindas de seu contexto sociocultural12.

É imprescindível que a equipe de saúde buque formas e estratégias de cuidado, que auxiliem família no encontro de novos caminhos para superar as dificuldades enfrentadas. O atendimento à família precisa basear-se na perspectiva de potencializar suas forças e apoiá-la nas suas fragilidades, embora a família tenha o potencial para desenvolver habilidades e solucionar com êxito os problemas diante da crise estabelecida, é vital que a equipe lhe facilite nessa busca de estratégias e soluções20.Para minimização do sofrimento dos familiares e pacientes é necessário um trabalho multiprofissional, com vistas a um atendimento humanizado e solidário. O Objetivo da equipe precisa incluir a promoção de um acolhimento de qualidade aos familiares, onde se perceba as necessidades destes e quando necessário, se repense as rotinas voltadas às famílias19.

O ambiente hospitalar é regido por normas e rotinas, estabelecidas em horários e dinâmicas especificas que se voltam para atender as necessidades da assistência ao paciente. Esta instituição, não foi planejada ou organizada primariamente para atender as necessidades dos familiares acompanhantes. No entanto, diante da importância destes no cuidado e auxílio ao paciente, é imprescindível que a equipe de saúde busque compreender o sofrimento, ansiedade e as alterações da dinâmica da família e adotar uma conduta profissional que fortaleça a família, melhore a comunicação e o entendimento das relações, e a partir disto conseguir uma elevação da qualidade do cuidado prestado ao binômio família-paciente24.

Neste contexto, os profissionais devem contribuir para oferecer meios de manter o núcleo familiar coeso e saudável, ajudando o paciente e a família na recuperação da fragilidade física e psicológica. A equipe de saúde deve estar atenta para compreender e atender às necessidades dos familiares frente ao processo de adoecimento de seu ente querido, visto que é parte fundamental deste processo de tratamento da doença. Esta prática deve ser vista como parte da política de humanização27.

A eficácia da prestação do cuidado no ambiente hospitalar pela equipe de saúde é garantida não somente pelo conhecimento tecnicista ou científico, é necessário agregar estes a relevância do valor sociocultural na relação entre pacientes, familiares e profissionais27. Quando os familiares recebem adequadamente as informações sobre o estado de saúde do paciente, demonstram-se aliviados e seguros em relação ao cuidado recebido. Neste momento, a família, ao se sentir acolhida, expõe suas dúvidas e preocupações, criando um elo de confiança entre equipe e família28. Assim sendo, a família deve ser considerada e incluída na atenção dos profissionais da saúde, uma vez que eles são importantes aliados no andamento do tratamento do familiar doente29.

É fundamental que as equipes interdisciplinares tenham uma perspectiva de cuidado ampla, abrangendo, além do paciente, o familiar. O respaldo fornecido pela equipe durante todo o período de internação pode minimizar as dificuldades de acompanhantes e pacientes neste momento de fragilidade causados pelo adoecimento e internação29,30.

A família frequentemente é aliada no processo saúde-doença e auxilia o paciente em sua recuperação física e emocional.  A atenção e cuidado aos aspectos vivenciados pela família vem proporcionar uma atmosfera de confiança e tranquilidade aos familiares que assim, podem prestar apoio ao paciente23.

O apoio ao núcleo familiar está ancorado nas relações afetivas e de auxílio mútuo. As principais dimensões deste suporte incluem: demonstração de carinho e afeto; provimento de necessidades financeiras e práticas do cotidiano, no aconselhamento, na disponibilidade para interação e proteção de seus membros31.

Aliados aos aspectos citados, a presença dos familiares e uma adequada interação com a equipe no período de hospitalização, favorece o aprendizado de técnicas de assistência e cuidados que poderão aprendidas e utilizadas no domicílio após a hospitalar32.

No que se refere à alta hospitalar, é necessário planejamento de modo que as informações a respeito da alta e cuidados pós-internação, sejam repassados de forma gradativa desde o início do processo. Quando as informações são repassadas apenas no momento exato da alta, alguns dados importantes podem não serem absorvidos pelo familiar cuidador, uma vez que ele está envolvido emocionalmente com as mudanças geradas pela situação, sobretudo quando a dependência gerada pelo adoecimento do familiar ocorre de maneira súbita na dinâmica familiar13.

 

Considerações finais

Na análise das temáticas relacionadas dos artigos, foi possível observar com frequência considerável nos estudos acerca da importância da família no processo de hospitalização. Diante das teorias sobre as particularidades de cada núcleo familiar, é importante considerar a complexidade das relações estabelecidas entre esses membros. Além da complexidade do sistema familiar, a ressalva na intervenção está exatamente na ruptura e na crise estabelecida nesse sistema durante o processo de internação de um familiar.

Diante das análises e das discussões acerca da temática sobre a relevância da família no processo de hospitalização de um ente querido, é possível perceber esse sistema complexo é tido como fonte de suporte e de relevante consideração aos processos de recuperação ou de desenvolvimento de comportamentos adaptativos a internação. De acordo com o que foi exposto anteriormente, menos de 5% dos artigos totais – dos 457 artigos encontrados inicialmente -, foram possíveis para explanação da temática, sendo necessário ainda que haja um avanço científico importante, principalmente no que compete aos familiares de pacientes adultos, que foram pouco abordados nos estudos encontrados.

 

Referências

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Autores

Karina Danielly Cavalcanti Pinto. Psicóloga graduada pela Universidade Potiguar (2012).  Residente Multiprofissional em Saúde com ênfase em Unidade de Terapia Intensiva Adulto no Hospital Universitário Onofre Lopes UFRN (2016). Mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRN (2016). Natal (RN), Especialista em Psicologia da Saúde: Desenvolvimento e Hospitalização pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRN (2014). Natal (RN), Brasil. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Alessandra do Nascimento Cavalcanti. Psicóloga graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2014). Residente Multiprofissional em Saúde com ênfase em Unidade de Terapia Intensiva Adulto no Hospital Universitário Onofre Lopes UFRN (2016). Mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRN. Natal (RN), Natal (RN), Brasil. E-mail:  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Eulália Maria Chaves Maia. Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo – USP/SP (2000). Professora Titular e bolsista de produtividade (CNPq) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vinculada ao Curso de Graduação em Psicologia e Orientadora credenciada para Mestrado e Doutorado nos Programas de Pós-graduação em Ciências da Saúde e Pós-graduação em Psicologia. Natal (RN), Brasil. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Hedyanne Guerra Pereira Psicóloga graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2014). Mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRN. Natal (RN), Brasil. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Júlia Carmo Bezerra. Psicóloga graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2012). Residente Multiprofissional em Saúde com ênfase em Saúde da Criança no Hospital Universitário Onofre Lopes UFRN (2015). Mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRN. Natal (RN), Brasil. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.