Adaptação transcultural de instrumentos para crianças e adolescentes no Brasil
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Objetivo: caracterizar os instrumentos para crianças e adolescentes que passaram pelo processo de adaptação transcultural para o português (Brasil).
Resumo
Objetivo: caracterizar os instrumentos para crianças e adolescentes que passaram pelo processo de adaptação transcultural para o português (Brasil). Método: revisão integrativa, partindo da questão de pesquisa << Quais são as características dos instrumentos oriundos de estudos que realizaram adaptação transcultural para a população infanto-juvenil no contexto brasileiro? >>. Realizou-se busca nas bases de dados Scopus, Web of Science, LILACS e SciELO, empregando os termos “adaptação transcultural”, “criança” e “adolescente”, no idioma inglês, com o operador booleano AND. Utilizou-se de critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Os dados foram tabulados e analisados através de estatística descritiva e foram agrupados tematicamente. Resultados: a busca resultou em 24 artigos, os quais realizaram a adaptação transcultural de 25 instrumentos, para crianças, adolescentes e/ou seus responsáveis. Os achados foram divididos em quatro categorias temáticas pelos juízes. Verificou-se que 41,7% dos estudos investigam a qualidade de vida geral e/ou relacionada à saúde; e que 37,5% mensuram aspectos psicossociais, como psicopatologias na infância e adolescência. Conclusão: enfatiza-se a importância da realização das etapas de adaptação transcultural quando se objetiva utilizar um instrumento oriundo de outro contexto cultural, como também a relevância destes instrumentos que permitem que os infantes forneçam dados sobre si mesmos. Ademais, ressalta-se a necessidade de se considerar que a infância e adolescência são fases distintas, com diversas peculiaridades e que é preciso ter cautela quanto ao uso de instrumentos quando este é dirigido para ambos os públicos.
Palavras-chave: Adaptação Transcultural; Instrumentação; Criança; Adolescente; Revisão Integrativa.
Introdução
A adaptação transcultural (ATC), do inglês cross-cultural adaptation, é um procedimento metodológico que promove o intercâmbio cultural de instrumentos e/ou métodos de uma realidade cultural para outra. Este processo procura seguir uma série de cuidados e severidades metodológicas, com a finalidade de garantir que os aspectos de mensuração do instrumento sejam fidedignos e que não se tornem distorcidos para a realidade para a qual ele será adaptado (Almeida, 2005).
Existem diferentes abordagens teóricas e métodos para a realização da adaptação transcultural (Reichenheim & Moraes, 2007). No contexto internacional, Herdman, Fox- Rushby e Badia (1998), por exemplo, propuseram um roteiro básico que envolve a apreciação de equivalência conceitual, de item, semântica, operacional, de mensuração e funcional entre o instrumento original e a versão que será traduzida e adaptada.
No Brasil, Reichenheim e Moraes (2007) sugeriram uma sistemática operacional para a realização da adaptação transcultural de instrumentos desenvolvidos em outros contextos linguísticos, sociais e culturais. Borsa, Damásio e Bandeira (2012) também criaram uma sistematização para adaptação de instrumentos para o Brasil, considerando as idiossincrasias da população, enfocando a importância da pertinência e manutenção do sentido dos itens do instrumento no processo de tradução e retrotradução.
A literatura aponta a importância da realização das etapas de avaliação das equivalências supracitadas quando se objetiva adaptar instrumento oriundo de outro contexto cultural (Sampaio, Moraes, & Reichenheim, 2014). Esta importância é dada em função de cada sociedade possuir comportamentos, crenças, atitudes, costumes e hábitos sociais próprios que precisam ser considerados em um processo de tradução e adaptação transcultural (Leite, Ferreira, Prado, Prado, & Carvalho, 2014; Mathias, Tannuri, Ferreira, Santos, & Tannuri, 2016).
A decisão de realizar este tipo de estudo, em geral, pode estar relacionada com a inexistência ou insuficiência de questionários multitemáticos nacionais que objetivem mensurar um determinado constructo (Reichenheim & Moraes, 2007). No Brasil, esse tipo de estudo é uma tendência cada vez mais presente em pesquisas na área da Psicologia, Saúde Coletiva, Enfermagem, Fisioterapia e Odontologia, por exemplo (Maia, Torres, Oliveira, & Maia, 2014).
Esta inexistência ou insuficiência de instrumentos sugere ser ainda maior no contexto de pesquisa em que os sujeitos são crianças e adolescentes. Entretanto, atualmente, observa-se um número crescente de estudos realizados considerando a perspectiva da própria criança. Considera-se que é cada vez mais contundente a necessidade de captar a voz das crianças em estudos científicos, visto que estas podem fornecer dados sobre si a partir de sua fala (Oliveira, Sparapani, Scochi, Nascimento, & Lima, 2010).
Diante disso, objetiva-se caracterizar os instrumentos oriundos de estudos que realizaram uma adaptação transcultural para a população infanto-juvenil no contexto brasileiro.
Método
Trata-se de revisão integrativa da literatura, realizada conforme os procedimentos metodológicos sintetizados por Souza, Silva e Carvalho (2010), apresentados em seis fases, conforme fluxograma 01. Trata-se de um método de pesquisa que tem como objetivo reunir e resumir dados de publicações sobre um determinado tema ou questão, de maneira sistemática e ordenada, aprofundando o conhecimento da temática investigada (Mendes, Silveira & Galvão, 2008).
Fluxograma 01.
1ª fase – Definiu-se a pergunta de pesquisa: Quais são as características dos instrumentos oriundos de estudos que realizaram uma adaptação transcultural para a população infanto-juvenil no contexto brasileiro? |
2ª fase – Buscou-se a evidência: foram definidas as palavras-chave, as estratégias de busca e as bases de dados a serem pesquisadas, bem como os critérios de inclusão e exclusão.
|
3ª fase – Realizou-se a coleta de dados. |
4ª fase – Foi realizada análise crítica dos artigos incluídos, a partir da avaliação do nível de evidência do estudo. |
5ª fase – Os resultados foram discutidos, a partir da interpretação e síntese dos resultados. |
6ª fase – Apresentação da revisão integrativa. |
Após a definição da pergunta de pesquisa, realizou-se uma busca de artigos nas bases de dados Scopus, ISI Web of Science (Thompson Reuters), Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Esta aconteceu durante o período de março de 2016, utilizando conjuntamente os termos “adaptação transcultural” e “criança” e “adaptação transcultural” e “adolescente”, no idioma inglês, com o operador booleano AND.
Estabeleceu-se como critérios de inclusão artigos disponíveis integralmente, publicados de janeiro de 2010 a fevereiro de 2016, nos idiomas português, inglês ou espanhol, desenvolvidos exclusivamente no Brasil, tendo crianças e/ou adolescentes como respondentes, que pretendiam traduzir e adaptar culturalmente um instrumento multimatemático oriundo do exterior. Foram excluídos artigos duplicatas; estudos de revisões das propriedades psicométricas de instrumentos já adaptados para a população brasileira; estudos que realizaram a adaptação cultural de uma intervenção; bem como teses, dissertações e monografias, estudos de caso, editoriais, artigos de revisão e notas técnicas; estudos incluindo apenas pais, cuidadores e/ou profissionais de saúde como respondentes no contexto infantil. Pesquisas com população mista (crianças e/ou adolescentes e familiares/cuidadores/profissionais de saúde), que atenderam aos critérios de inclusão, também foram incluídas, mas foram considerados apenas os dados referentes à população infanto-juvenil.
Com as buscas, conforme fluxograma 02, foram encontradas 2389 referências potencialmente relevantes, distribuídas nas quatro bases de dados pesquisadas. Utilizou-se como filtro os critérios inclusão referentes ao corte temporal, idiomas, tipo de documento e estudos realizados no Brasil, resultando em 225 referências. As informações referentes a estas bibliografias foram tabuladas para fins de facilitação da análise das publicações. Em seguida, dois avaliadores, de forma independente, realizaram a revisão e seleção dos estudos, a partir dos demais critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos, e por meio da análise dos títulos e resumos dos artigos (ou do texto completo, em caso de dúvida).
Os estudos aprovados por ambos foram incluídos nesta pesquisa. Por outro lado, aqueles que apresentaram discordância precisaram ser submetidos à análise de um terceiro avaliador. Após a exclusão dos artigos que não respondiam à questão de pesquisa e a retirada dos artigos repetidos, obteve-se um banco de dados de 24 artigos, que foram lidos integralmente.
Fluxograma 02.
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|
SCOPUS |
LILACS |
SCIELO |
WEB OF SCIENCE |
Cross cultural adaptation and child |
|
780 |
21 |
9 |
418 |
Cross cultural adaptation and adolescent |
|
891 |
27 |
5 |
238 |
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2389 artigos encontrados nas bases de dados |
24 artigos selecionados e lidos integralmente |
Leitura e avaliação de 225 resumos títulos e resumos |
Na sequência, após a leitura do texto completo, utilizou-se o instrumento de coleta de dados validado por Ursi (2005), que inclui dados de identificação dos artigos, instituição onde o estudo foi realizado, área da publicação, características metodológicas do estudo e avaliação do rigor metodológico da pesquisa. A análise do nível de evidência foi realizada conforme sugerido por Melnyk e Fineout-Overholt (2005): I – Revisão sistemática ou meta-análise; II – Ensaio controlado aleatório; III – Ensaio controlado sem aleatoriedade; IV – Estudo de caso-controle ou Estudo de coorte; V – Revisão sistemática de estudo qualitativo ou descritivo; VI – Estudo qualitativo ou descritivo; VII – Parecer ou consenso de expertises.
Com a finalidade de atender ao objetivo do estudo, de caracterizar os instrumentos traduzidos e adaptados, os dados coletados a partir do instrumento de Ursi (2005) foram reunidos em uma tabela contendo: (a) Nome do Instrumento; (b) Autores do estudo no Brasil; (c) Modelo teórico utilizado na adaptação transcultural; (d) Objetivo do instrumento; (e) Faixa etária a que se destina; (f) Quantidade de Itens; (g) Número de Participantes; (h) País de origem da Escala em Adaptação; (i) Categoria do Estudo segundo Juízes. Ademais, avaliaram-se as medidas de frequência dos dados encontrados, através de um software de análise de dados.
Por fim, realizou-se um agrupamento das temáticas abordadas pelos estudos. Este foi realizado através de uma análise qualitativa, realizada por dois juízes, delimitando-se a existência de quatro categorias temáticas, a saber: artigos referentes à adaptação de instrumentos que inquerem a prática de atividade física (Categoria A), instrumentos que averiguam aspectos relativos à avaliação de prejuízos clínicos, em especial, disfunções orofaciais e miccionais (Categoria B), que investigam aspectos psicossociais, como psicopatologias na infância e adolescência, apoio social percebido e/ou recebido (Categoria C), por exemplo; e, por fim, que mensuram a qualidade de vida geral e/ou relacionada à saúde, tanto de crianças saudáveis quanto com condições crônico-degenerativas (Categoria D).
Resultados
Foram incluídos 24 artigos, oriundos das quatro bases de dados pesquisadas. No que se refere ao idioma dos estudos, 12 (50%) foram publicados em português; 8 (33,3%), em inglês; e 4 (16,7%) nos dois idiomas. As informações acerca do ano, assim como sua frequência e porcentagem, constam na Tabela 1.
Tabela 1: Distribuição dos artigos por ano, frequência e porcentagem (n=24).
Ano |
Frequência |
Porcentagem |
2010 |
2 |
8,3% |
2011 |
7 |
29,2% |
2012 |
2 |
8,3% |
2013 |
5 |
20,8% |
2014 |
4 |
16,7% |
2015 |
4 |
16,7% |
Fonte: elaborada pelos autores.
A Categoria A é formada por três artigos, representando 12,5% da amostra; a B, dois artigos (8,3% dos estudos incluídos); a C, nove artigos (37,5%); e, a D, dez estudos (41,7%). Quanto aos dados sobre a análise do nível de evidência, destaca-se que 18 artigos (75%) apresentam nível de evidência VI; e os demais, nível VI (25%). As informações referentes à caracterização dos instrumentos traduzidos e adaptados estão explicitadas na Tabela 2.
Tabela 2: Características dos estudos
INSTRUMENTO |
AUTORES |
MODELO TEÓRICO DA ATC |
OBJETIVO DO INSTRUMENTO |
FAIXA ETÁRIA |
Nº DE ITENS |
Nº DE PARTICIPANTES |
PAÍS DE ORIGEM DA ESCALA |
CATEGORIA |
Physical Activity Questionnaire for Children (PAQ-C) e Adolescents (PAQ-A) |
Guedes e Guedes (2015) |
Hambleton (2005) |
Oferecer medidas da prática de atividade física |
8-13 (PAQ-C) 14-18 (PAQ-A) |
9 (PAQ-C) 8 (PAQ-A) |
47 crianças (PAQ-C) e 51 adolescentes (PAQ-A); 528 jovens (285 moças e 243 rapazes) com idades entre oito e 18 anos. |
Canadá |
A |
Trauma Symptom Checklist for Children (TSCC) |
Lobo et al. (2015) |
Beaton et al., 2000; International Test Commission, 2010; Hernández-Nieto, 2002 |
Avalia sintomas psicológicos pós-traumáticos em sujeitos que viveram eventos traumáticos |
8 a 16 |
54 |
124 crianças e adolescentes com idades entre 8-16 anos. |
EUA |
C |
Celiac Disease DUX (CDDUX) |
Lins, Tassitano, Brandt, Antunes e Silva (2015) |
Reichenheim e Moraes (2007) |
Avaliar a qualidade de vida de celíacos |
8 a 18 |
12 |
5 crianças e seus pais/responsáveis; 33 pacientes, entre oito e 18 anos, e 33 pais/responsáveis |
Holanda |
D |
Social Support Appraisals (SSA) |
Squassoni e Matsukura (2014) |
Herdman, Fox-Rushby e Badia (1998) |
Avaliar o apoio social percebido e/ou recebido |
9 a 18 |
30 |
218 crianças de 9 a 18 anos (8 pré-teste + 210 versão final) |
EUA |
C |
Short-Egna Minnen Beträffande Uppfostran (s-EMBU) |
Sampaio et al. (2014) |
Herdman Fox-Rushby e Badia (1998); Reichenheim & Moraes (2007) |
Aferir as práticas educativas parentais |
Não informado |
23 |
10 adolescentes de 15 e 16 anos (pré-teste) |
Suécia |
C |
Cystic Fibrosis Module (DISABKIDS® – CFM) |
Santos et al. (2013) |
Fayers e Machin (2002); Beaton, Bombardier, Guillemin e Ferraz (2000) |
Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde em infantes com Fibrose Cística e seus cuidadores |
8 a 18 |
10 |
24 participantes, sendo 12 crianças ou adolescentes e 12 cuidadores (Pré-teste); e 102 participantes na versão final (51 crianças ou adolescentes e seus pais ou cuidadores) |
Multicêntrico (países europeus) |
D |
Neighborhood Environment Walkability Scale for Youth (NEWS-Y). |
Lima, Rech e Reis (2013) |
Guillemin, Bomabardier e Beaton (1993) |
Obter informações sobre as características do ambiente comunitário que podem contribuir para a atividade física |
Não informado |
67 |
8 adolescentes de 12-18 anos (estudo piloto) |
EUA |
A |
Canadian Haemophilia Outcomes – Kids Life Assessment Tool (CHO-KLAT) |
Villaça et al. (2013) |
Beaton, Bombardier, Guillemin e Ferraz (2000) |
Avaliar a qualidade de vida de pacientes com hemofilia e seus pais |
Não informado |
35 |
9 crianças de 6,5 a 17 anos e seus pais |
Canadá |
D |
Affective Reactivity Index (ARI) |
DeSousa et al. (2013) |
Gjersing, Caplehorn e Clausen (2010) |
Medir o grau de irritabilidade |
Não informado |
6 |
133 escolares com idade entre 8 e 17 anos |
Não informado |
C |
Scale of oral health outcomes for 5-year-old children (SOHO-5) |
Abanto et al. (2013) |
Guillemin, Bombardier e Beaton (1993); Van Widenfelt, Treffers, Beurs, Siebelink e Koudijs (2005) |
Investigar a história da saúde bucal |
5 |
7 |
40 crianças de 5 e 6 anos e seus pais (estudo piloto); 193 crianças entre 5-6 anos e seus pais |
Não informado |
D |
Vécu et Santé Perçue de l’Adolescent (VSP-A) |
Aires e Werneck (2012) |
Não informado |
Investigar qualidade de vida relacionada à saúde |
10 a 18 |
36 |
14 adolescentes de 13 a 17 anos (pré-teste) |
França |
D |
Spence Children’s Anxiety Scale (SCAS) |
DeSousa, Petersen, Behs, Manfro e Koller (2012) |
Gjersing, Caplehorn e Clausen (2010); Reichenheim e Moraes (2007) |
Avaliar sintomas de ansiedade infantil |
7 a 12 |
44 |
8 crianças e seus pais (pré-teste) |
Austrália |
C |
The Nordic Orofacial Test – Screening (NOT-S) |
Leme, Barbosa e Gavião (2011) |
Falcão (1999); Ciconelli, Ferraz, Santos, Meinão e Quaresma (1999) |
Averiguar disfunções orofaciais |
Não informado |
15 |
20 crianças de 8 a 14 anos |
Suécia |
B |
KIDSCREEN-52 |
Guedes e Guedes (2011) |
Guillemin, Bombardier e Beaton (1993) |
Avaliar o bem-estar e a saúde subjetiva |
8 a 18 |
52 |
77 jovens de dez a 18 anos e 62 pais/tutores; 758 escolares e 653 pais ou responsáveis |
Multicêntrico (países europeus) |
D |
Vécu et Santé Perçue de l’Adolescent (VSP-A) |
Aires, Auquier, Robitail, Werneck e Simeoni (2011) |
Não informado |
Avaliar qualidade de vida |
10 a 18 |
36 |
446 adolescentes entre 14-18 anos |
França |
D |
Child Perceptions Questionnaire (CPQ8-10) |
Barbosa, Vicentin e Gavião (2011) |
Guillemin, Bombardier e Beaton (1993) |
Investigar os impactos das doenças bucais na qualidade de vida |
8 a 10 |
29 |
20 crianças (pré-teste) |
Não informado |
D |
Physical Activity Checklist Interview (PACI) |
Cruciani, Adami, Assunção e Bergamaschi (2011) |
Herdman, Fox-Rushby e Badia (1997); Herdman, Fox-Rushby e Badia (1998); Reichenheim e Moraes (2007). |
Aferir sobre a atividade física do dia anterior |
Não informado |
21 |
24 crianças de 7-10 anos (pré-teste) |
EUA |
A |
Dysfunctional Voiding Score Symptom (DVSS) |
Calado et al. (2010) |
Beaton, Bombardier, Guillemin, Ferraz (2000); Guillemin, Bombardier e Beaton (1993) |
Avaliar o grau de disfunção miccional |
Não informado |
10 |
40 crianças (pré-teste) |
Não informado |
B |
Disabkids Chronic Generic Measure long form 37 (DCGM-37) |
Fegadolli, Reis, Martins, Bullinger e Santos (2010) |
Pasquali (2003); Fayers e Machin (2007) |
Mensurar a qualidade de vida de infantes com condição crônico-degenerativa |
Não informado |
37 |
118 crianças/adolescentes e seus pais (39 na validação semântica; 79 no estudo piloto) |
Multicêntrico (países europeus) |
D |
Preschool Language Assessment Instrument (PLAI-2) |
Lindau, Rossi e Giacheti (2014) |
Guillemin, Bombardier E Beaton (1993), Herdman, Fox-Rushby e Badia (1997), Beaton, Bombardier, Guillemin e Ferraz (2000), Wang, Lee e Fetzer (2006), Reichenheim e Moraes (2007), Gjersing, Caplehorn e Clausen (2010) |
Investiga os componentes cognitivos, linguísticos e a pragmática na troca discursiva entre adulto-criança em termos de linguagem receptiva (resposta não verbal) e expressiva (resposta verbal) |
3 a 5 |
70 |
30 crianças de 3 a 5 anos (estudo piloto) |
Não informado |
C |
Multidimensional Students Life Satisfaction Scale (MSLSS) |
Barros, Petribú, Sougey e Huebner (2014) |
Guillemin, Bombardier e Beaton (1993) |
Avaliar a satisfação com a vida |
Não informado |
40 |
15 adolecentes (grupo focal); 49 alunos com idade entre 12 a 18 anos (estudo-piloto) |
Não informado |
C |
Child Perceptions Questionnaire (CPQ11-14) |
Barbosa e Gavião (2011) |
Guillemin, Bombardier e Beaton (1993) |
Avaliar as percepções sobre os impactos das doenças bucais na qualidade de vida |
11 a 14 |
41 |
60 crianças (pré-teste) |
Canadá |
D |
Questionnaire of Eating and Weight Patterns – Adolescent (QEWP-A) |
Siqueira, Colares e Ximenes (2015) |
Ferreira e Veiga (2008); Leal, Philippi, Matsudo e Toassa (2010) |
Identificar as manifestações iniciais do Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica |
Não informado |
13 |
30 adolescentes (Validação de Face) e 105 adolescentes entre 10-19 anos (aplicabilidade e reprodutibilidade) |
Não informado |
C |
Bulimic Investigatory Test of Edinburgh – BITE |
Ximenes, Colares, Bertulino, Couto e Sougey (2011) |
Não informado |
Identificar indivíduos com compulsão alimentar e avaliar os aspectos cognitivos e comportamentais relacionados à Bulimia Nervosa |
Não informado |
33 |
30 adolescentes (Validação de Face) e 130 adolescentes de 12 a 16 anos (estudo piloto) |
Escócia |
C |
Fonte: elaborada pelos autores.
Observou-se que 11 publicações não mencionaram a que faixa etária o instrumento se destina. Enquanto sete estudos realizaram adaptação transcultural de escalas destinadas tanto a crianças, quanto a adolescentes (8-16 anos; 8-18 anos; 9-18 anos; 10-18 anos); quatro, para crianças (3-5 anos, 5 anos, 7-12 anos, 8-10 anos); um, para adolescentes (11-14 anos); e apenas um com uma versão infantil e outra juvenil (8-13 anos e 14-18). Dentre eles, sete tem uma versão para a criança e para os pais (Lins et al., 2015; Santos et al., 2013; Villaça et al., 2013; Abanto et al., 2013; DeSousa et al., 2012; Guedes e Guedes, 2011; Fegadolli et al., 2010).
Verificou-se que os 25 instrumentos traduzidos e adaptados possuem uma média de 29,5 (± 18,7) itens. O número mínimo de itens foi 6; e o máximo, 70 itens, ambos provenientes da Categoria C, que averiguam aspectos psicossociais.
Ademais, dentre os 24 estudos, sete adaptaram instrumentos oriundos de países da América do Norte, sendo três do Canadá e quatro dos Estados Unidos. Ademais, nove são instrumentos oriundos do continente europeu; um dos instrumentos foi proveniente da Austrália; e sete estudos não informaram a o local de origem do instrumento.
Discussão
Verificou-se que a maioria dos estudos (41,7%) de adaptação transcultural de instrumentos incluídos nesta pesquisa investiga a qualidade de vida geral e/ou relacionada à saúde, tanto de indivíduos saudáveis quanto com condições crônico-degenerativas (Categoria D). A literatura aponta que há um número crescente de investigações que objetivam investigar a qualidade de vida de crianças (Souza, Pamponet, Souza, Pereira, Souza, Martins, 2014).
Em seguida, há destaque para as produções que adaptaram instrumentos que mensuram aspectos psicossociais (37,5%), como psicopatologias na infância e adolescência (Categoria C). A literatura aponta que distúrbios psiquiátricos na infância e adolescência podem interferir significativamente no funcionamento diário de infantes, podendo se cronificar e implicar em dificuldades na vida adulta, o que torna fundamental que se disponha de instrumentos adequados para a avaliação de sintomas, bem como o rastreio e o diagnóstico de psicopatologias (DeSousa et al., 2012).
Com relação à faixa etária, verificou-se que sete instrumentos são destinados, concomitantemente, a crianças e adolescentes; enquanto apenas um instrumento tinha uma versão indicada para cada grupo. É importante ressaltar que as fases da infância e adolescência são vivências distintas nas quais perpassam diferenças cognitivas, psicomotoras, biológicas e sociais, decorrentes da historicidade de cada indivíduo ou grupos, podendo ser fator crítico a construção de dados baseados em amostras cujos resultados tratem-nos unificados em uma mesma avaliação (Frota, 2007).
Ademais, quanto aos estudos que apresentaram uma versão para a criança e outra para os pais. A literatura refere que instrumentos com essas características permitem a escolha da versão a ser utilizada de acordo com o delineamento da pesquisa e da amostra a ser estudada. Além de possibilitar avaliar a percepção da própria criança sobre si, bem como de outros respondentes sobre o infante (Souza et al., 2014).
Conclusão
Apresentou-se brevemente os instrumentos submetidos ao processo de ATC para o contexto brasileiro. Este estudo pode auxiliar no processo de seleção de instrumentos adequados à realização de pesquisas com o público infanto-juvenil. Os artigos revisados, que tiveram como objetivo traduzir e adaptar instrumentos para crianças e adolescentes, colaboram no processo de dar voz para os sujeitos nestas fases do desenvolvimento. Esta necessidade é apontada como cada vez mais requerida em estudos científicos, visto que as crianças podem fornecer dados sobre si a partir de suas falas.
Entretanto, enfatiza-se a relevância de se considerar que a infância e adolescência são fases distintas, com diversas peculiaridades em cada um desses períodos desenvolvimentais. Faz-se necessário que o uso de instrumentos construído simultaneamente para ambos os públicos seja realizado com cautela e que o investigador utilize o instrumento considerando essas diferenças.
Ademais, enfatiza-se a importância da realização das etapas de ATC quando se objetiva utilizar um instrumento oriundo de outro contexto cultural. Trata-se de uma etapa importante, já que cada sociedade tem suas próprias idiossincrasias que precisam ser consideradas. Quanto às limitações do presente estudo, pode-se citar a delimitação de um corte temporal para os artigos incluídos, bem como o uso de publicações disponíveis online e na íntegra gratuitamente. Estes elementos implicam, pois, na diminuição de estudos revisados.
Financiamento
Bolsa de Estudos em nível de Mestrado financiada pelo CNPq, processo nº 132688/2015-8.
Referências
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Aires, M. T., Auquier, P., Robitail, S., Werneck, G. L., & Simeoni, M. C. (2011). Cross-cultural adaptation and psychometric properties of the Brazilian-Portuguese version of the VSP-A (Vécu et Santé Perçue de l’Adolescent), a health-related quality of life (HRQoL) instrument for adolescents, in a healthy Brazilian population. BMC Pediatrics, 11(8), 1-14.
Aires, M. T., & Werneck, G. L. (2012). Equivalências semântica e de itens da edição em português do Vécu et Santé Perçue de l’Adolescent: questionário de avaliação da qualidade de vida do adolescente. Cadernos de Saúde Pública, 28(10), 1993-2001.
Almeida, L. S. (2005). Avaliação Psicológica – Exigências e desenvolvimento nos seus métodos. In: S. M. Wechsler & R. S. Guzzo (Orgs.). Avaliação psicológica – perspectiva internacional. (2ª ed., pp. 41-55). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Barbosa, T. S., & Gavião, M. B. D. (2011). Quality of life and oral health in children – Part II: Brazilian version of the Child Perceptions Questionnaire (11-14). Ciência & Saúde Coletiva, 16(7), 3267-3276.
Barbosa, T. S., Vicentin, M. D. S., & Gavião, M. B. D. (2011). Qualidade de vida e saúde bucal em crianças – parte I: Versão Brasileira do Child Perceptions Questionnaire 8-10. Ciência & Saúde Coletiva, 16(10), 4077-4085.
Barros, L. P., Petribú, K., Sougey, E., & Huebner, E. S. (2014). Multidimensional Students’ Life Satisfaction Scale: translation into Brazilian Portuguese and cross-cultural adaptation. Revista Brasileira de Psiquiatria, 36(1), 102-103.
Borsa, J. C., Damásio, B. F., & Bandeira, D. R. (2012). Adaptação e validação de instrumentos psicológicos entre culturas: algumas considerações. Paidéia, 22(53), 423-432.
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Autores
Hedyanne Guerra Pereira
Psicóloga (UFRN). Mestranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI/UFRN). Bolsista de Mestrado pelo CNPq. Pesquisadora voluntária do Grupo de Pesquisa (CNPQ): Grupo de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS), Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Campus Universitário, Lagoa Nova, 59.078-970, Natal/RN, Brasil, e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Rodrigo da Silva Maia
Psicólogo (UFRN). Doutorando em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI/UFRN). Pesquisador voluntário do Grupo de Pesquisa (CNPQ): Grupo de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS). Campus Universitário, Lagoa Nova, 59.078-970, Natal/RN, Brasil, e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Marília Menezes de Oliveira Rocha
Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário FACEX (UNIFACEX). Bolsista de Iniciação Científica voluntária do Grupo de Pesquisa (CNPQ): Grupo de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS). Campus Universitário, Lagoa Nova, 59.078-970, Natal/RN, Brasil, e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Izabel Augusta Hazin
Psicóloga. Doutora em Psicologia Cognitiva (UFPE), Professora do Departamento de Psicologia e bolsista de produtividade (CNPq) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Extensão em Neuropsicologia (LAPEN). Campus Universitário, Lagoa Nova, 59.078-970, Natal/RN, Brasil, e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Eulália Maria Chaves Maia
Psicóloga. Doutora em Psicologia Clínica (USP). Professora Titular e bolsista de produtividade (CNPq) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Líder do Grupo de Pesquisa (CNPQ): Grupo de Estudos Psicologia e Saúde. Campus Universitário, Lagoa Nova, 59.078-970, Natal/RN, Brasil, e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.